domingo, 25 de janeiro de 2009

Líderes mas pouco


Diga-se o que se disser, o futebol é, acima de tudo, um jogo. Como tal, está sujeito a imponderáveis de vária ordem, desde falhanços dos actores principais até erros de arbitragem.

A constatação destes factos aparentemente tão óbvias surge-me como necessária numa altura em que muito se fala dos erros de arbitragem que têm (é um facto) ocorrido.

É nestas alturas que mais importância se atribui à ponderação dos responsáveis, principalmente ao nível das suas intervenções públicas.




E é neste contexto que a forma como Paulo Bento analisou o lance que deu a vitória ao Sporting em Vila do Conde ou a esquiva de Jesualdo Ferreira à flash interview após o jogo em Braga, dão que pensar.

O primeiro, confrontado com uma evidência que não poderia negar, recordou incidentes do jogo de 1 de Novembro a contar para o campeonato. O segundo, depois de ter aproveitado uma flash interview para aludir a critérios de arbitragem num jogo em que não participara, vem dizer que não é "analista de arbitragem".

A falta de cultura desportiva é um dos maiores problemas do futebol português e os exemplos, como se vê, vêm bem de cima.

No meio de tudo isto, destaque-se pela positiva, as palavras de Jaime Pacheco, mesmo depois de um jogo em que (também ele) viu a sua equipa ser prejudicada por juízos arbitrais.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Jardim Ronaldo

Alberto João Jardim é um brincalhão e isso não é novidade. Dizer que Cristiano Ronaldo é produto de uma “política desportiva” que começou no Andorinha e passou pelos Juniores do Nacional é das melhores piadas dos últimos tempos. Se dependesse da “política desportiva”, Cristiano Ronaldo seria hoje um dos (poucos) madeirenses que procura um lugar no onze do Marítimo ou do Nacional, clubes que recebem milhões do Governo Regional e que compõem os seus plantéis com jogadores estrangeiros, onde os madeirenses são presenças raras.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Há muitos, seus palermas!


Está quase a completar 30 anos e só agora se estreou no escalão principal. Chama-se Nuno Filipe Rodrigues Silva mas é mais conhecido por REGUILA.

Começou nos Juvenis do Merelinense e fez seis anos como sénior do Sporting de Ucha, dos Distritais de Braga.

Só em 2002/03 se estreou nas competições nacionais, numa época em que ajudou o Trofense a subir à 2ªB com os seus mais de 20 golos.

Desde então só em 2004/05 não representou o clube da Trofa. Esteve no Gondomar mas só fez 4 golos, regressando à Trofa.

Esteve na subida à Liga Vitalis, onde apontou 11 golos na época de estreia trofense (2006/07) e 4 na época passada, quando não foi a opção principal para o ataque de António Conceição.

Esta época também não tem sido primeira opção, pelo que só agora se estreou a marcar, e logo frente ao Benfica, num jogo que fica para a História do Trofense.

Quando muito se fala no reduzido aproveitamento das camadas jovens por parte dos clubes portugueses, é caso para recordar que há muito talento nos escalões secundários que nunca tem uma oportunidade de mostrar serviço noutros palcos.

Há por aí vários “reguilas” que muito jeito dariam no escalão maior, mas parece haver mais interesse na contratação por DVD do que pela observação dos jogos das, por exemplo, 2ª e 3ªs divisões. Porque será ?