sábado, 25 de junho de 2011

Fofó faz a festa. E agora ?





O Record apresenta o Pero Pinheiro como Campeão, enquanto A BOLA dá a mesma notícia mas com o Futebol Benfica como protagonista. O Jogo tem falta de comparência. Nada de nada... A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) disponibilizou esta 6ªFeira o Mapa de Castigos que atribui a derrota à Alta de Lisboa no jogo frente ao Pero Pinheiro. Dito de outra forma, o Pero Pinheiro soma três pontos nesse jogo. Três pontos que o colocam no primeiro lugar e relegam o Futebol Benfica para segundo, devido à derrota no jogo desta 5ªFeira no Ramalhal, frente ao Ponterrolense. Esta questão ainda irá dar muito que falar. No final do processo, talvez ambos subam de divisão. Ver-se-á.




Quanto ao jogo disputado no campo do GD Ramalhal e arbitrado por Miguel Borges, aqui ficam as equipas:






PONTERROLENSE – João Irra; Afonso, Amândio, Ivo e Rodrigo Mateus; Ricardinho, Rodas, Manu (Ricardo Antunes 69’) e Roma; Naco (Hugo Cosme 90’+1) e Mário Rui



Tr. Daniel Miranda




FUTEBOL BENFICA – Formiga; Naia (Lamas 89’), Didi, Alex e Vital; Batista, Mamadu (Braz 89’) e Batalha (Martinho 79’); Pina, Adilson e Frutuoso



Tr. Pedro Barroca




Num campo de dimensões reduzidas, em que o Ponterrolense perdeu apenas uma vez, na 1ªJornada frente à Ass.Charneca, o jogo foi muito intenso. Futebol directo, a bola andava sempre próximo das duas áreas, o que originou diversas chances de golo para as duas equipas. Ainda assim, a primeira situação de algum perigo verificou-se apenas aos 22’. Naco consegue furar a linha de fora-de-jogo da defesa do Fofó, mas não consegue dominar a bola frente a Formiga. Dez minutos depois, Pina ganha a bola frente ao guardião ponterrolense João, passa para Frutuoso mas este remata ao lado. A sete minutos do intervalo, comentava-se que o Pero Pinheiro vencia em A-dos-Cunhados. A ser assim, apenas a vitória interessava ao Futebol Benfica. Em cima do intervalo, Alex desperdiça uma oportunidade de fazer o 0-1.










O intervalo chegava com o marcador a zero. Durante a paragem do jogo, entre adeptos e dirigentes do Fofó comentava-se a decisão da AFL de conceder os três pontos ao Pero Pinheiro no jogo frente à Alta de Lisboa. Aos cinco minutos do segundo tempo, Vital marca um livre que João defende. De imediato, o guardião da casa coloca a bola na frente e Mário Rui chega mesmo a colocar a bola nas redes, num lance anulado por fora-de-jogo. Pouco depois, novamente Mário Rui. Desta vez, a finalizar por cima um lance de contra-ataque do Ponterrolense.
Aos 61’, novo livre de Vital. Alex ganha posição mas cabeceia por cima. Seis minutos depois, Adilson protagoniza um dos melhores lances da partida. Ganha espaço do lado direito frente a Rodrigo Mateus e cruza para a entrada de Frutuoso. O avançado que havia sido decisivo no Domingo frente ao Tires, volta a desperdiçar. Aos 71’, Batalha desmarca Frutuoso mas João faz bem a mancha. A partir daqui, a equipa do Ponterrolense reagiu e teve três oportunidades de golo consecutivas. A primeira foi desperdiçada por Roma.












Sentindo que precisava de refrescar o seu meio-campo, Barroca troca Batalha por Martinho. É verdade que as oportunidades para o Ponterrolense não se repetiriam. Ironicamente, estavam decorridos apenas sete minutos sobre a substituição aquando do único golo da partida. Ricardinho remata a bola num pontapé de rechaça a um alívio da defesa do Fofó. Apesar de estar muito longe da baliza, Ricardinho acertou em cheio na bola e não deu hipótese a Formiga.
A partir daí, o Fofó procurou chegar ao empate nos poucos minutos que restavam, mas o melhor que conseguiu foi mais um falhanço de Frutuoso.









Não era dia de goleadores, pois também do lado do Ponterrolense, Mário Rui e Roma foram perdulários, enquanto que Naco esteve algo ausente da partida. No final de uma partida em que o árbitro arriscou perder o controlo ao optar por não mostrar cartões, o Fofó aguardou notícias de A-dos-Cunhados e de Linda-a-Velha, onde jogava o Loures.




A festa só começou depois de se saber dos empates dos adversários directos. Com o imbróglio que se conhece, veremos se os festejos foram ou não precipitados.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Fofó perto da subida



O último jogo caseiro do Futebol Benfica esta época, passava pela recepção ao “aflito” Tires, equipa que entrou melhor na partida. Inclusivamente, até ao primeiro golo do Futebol Benfica (33’), a equipa do Tires foi mesmo a melhor em campo ou, pelo menos, aquela que mais perigo criou. Mas os jovens jogadores do Tires acusaram muito o golo sofrido e não mais se encontraram. A equipa do Fofó, mais experiente, tomou então conta da partida e acabou por dilatar o marcador aos 68’. O jogo estava ganho. Até ao final, o melhor que o Tires conseguiu foi um remate à figura de Formiga. Terá de decidir a manutenção na recepção ao Ericeirense, seu adversário directo. Após o final da partida, o speaker do Francisco Lázaro anunciava que, a dois minutos do fim, Pero Pinheiro e Vialonga empatavam a uma bola. Acabou por ser o resultado final, o que significa que o Fofó se desloca ao Ramalhal, terreno emprestado do Ponterrolense, dependendo apenas de si para assegurar o primeiro lugar e respectiva subida aos Nacionais.



Equipas:


FUTEBOL BENFICA – Formiga; Naia, Didi, Alex e Vital; Mamadu, Batista (Vitinha 86’) e Batalha (Martinho 80’): Adilson, Pina (Lamas 80’) e Frutuoso (Brás 80’)


Tr. Pedro Barroca



TIRES – André; Conceição, Tomaz, Basílio e Hélder (André Silva 78’); Rigueiro (Roberto Brito 78’), Belo (André Lopes 67’) e Erico; Nildo, Luisinho e Guti (Nélson 78’)


Tr. Rui Sousa



Momentos:


1’ – A defesa do Fofó é surpreendida por uma entrada rápida do Tires. Nildo não consegue desfeitear Formiga;


8’ – Boa jogada de Belo, travada em falta por Didi. Do livre nada resultou;


13’ – O Fofó começa a despertar para a partida. Após passe de Frutuoso, Batista remata ao lado;


22’ – Mais uma aflição na área do Fofó, num lance iniciado por um corte de Belo a meio campo;


24’ – Batista marca o canto. Alex cabeceia mas a bola vai ao poste. Pouco depois, Vital cruza para cabeceamento de Frutuoso ao lado;







33’ – Frutuoso inventa um golo à entrada da área. De costas para a baliza e marcado por Basílio, roda e faz um remate à meia volta. Belo golo. O Fofó estava na frente do marcador;


39’ – Aproveitando algum desnorte da equipa do Tires, Adilson remata à figura após novo cruzamento de Vital;


44’ – Novamente Adilson. Isolado perante André, não evita a intervenção do guardião do Tires;


58’ – Adilson surge isolado mais uma vez. Chega mesmo a driblar o guarda-redes mas Basílio dobra o número 12 do Tires;


61’ – Na sequência de um bom lance individual, o central Didi remata mas a bola embate em Frutuoso e sai pela linha de fundo;


65’ – Alívio defeituoso de André é reflectido por Pina mas a bola sai por cima da barra;


68’ – Após lance algo confuso na área, Frutuoso coloca a bola nas redes, fazendo o resultado final (2-0);


78’ – Nildo remata à figura de Formiga




Notas:


- A equipa liderada pelo árbitro Martinho Rodrigues esteve bem, num jogo de dificuldade reduzida;


- Frutuoso (32 anos) mostrou (mais uma vez) ser goleador. A falta de velocidade é superada por um sentido de baliza apurado (1º golo) e pelo oportunismo evidente (2º golo). Estas características, a par da presença física e experiência (ganha muitas faltas), são fundamentais para um ponta-de-lança, principlmente nos Distritais;


- Vital (33 anos) – há muito que não assistia a uma exibição tão consistente do capitão do Fofó. Nos jogos decisivos, a experiência e a qualidade fazem a diferença;


- Do lado do Tires, destaco os jovens Belo (19 anos) e Hélder (21 anos). Belo jogou a meio-campo, uma espécie de 8. Muito interventivo, tanto a defender como a atacar, demosntrou ter bons pés. Até acabou por ser o primeiro jogador do Tires a saír da partida por opção técnica. Ainda assim, o ex-júnior foi o jogador que mais me surpreendeu. Hélder jogou na lateral esquerda da defesa e foi ele a dar início a algumas das iniciativas mais perigosas no melhor período do Tires. A par dos seus colegas, acabou por reduzir o rendimento ao longo do jogo. Tanto Belo como Hélder parecem merecer (pelo menos) a Divisão de Honra;


- Nas respectivas edições de 2ªFeira, A Bola e RECORD nem sequer publicaram os resultados da 33ªJornada da Divisão de Honra da AF Lisboa. Mesmo O Jogo, que até costuma publicar as fichas dos jogos, deu nota apenas dos três resultados dos jogos das equipas da frente. Muito pouco.

sábado, 18 de junho de 2011

Confusão de Honra






Joga-se este Domingo a penúltima jornada da Divisão de Honra da AF Lisboa (AFL). O campeonato esteve parado devido aos processos relativos aos jogos Linda-a-Velha-Fut.Benfica e Pero Pinheiro-Alta de Lisboa, disputados a 17/4 e 15/5 respectivamente. Após cerca de um mês para deliberar sobre cada uma das partidas, a AFL atribuíu derrotas a ambos os clubes no primeiro caso, mas não fez o mesmo em relação ao segundo, mantendo-se o resultado – 1-1. O site da AFL apresenta uma classificação oficiosa que não contempla a decisão do primeiro e considera um resultado de 0-1 no segundo, o que aumenta a confusão. Assumindo tratar-se de um erro, entramos para as duas últimas jornadas com quatro clubes a disputar uma (ou duas) vagas na 3ªDivisão Nacional. Apesar de só se falar em dois deles, Loures e até mesmo o Vilafranquense, ainda têm chances de lutar pelo primeiro posto. A disputa entre Pero Pinheiro e Futebol Benfica há muito que deixou as quatro linhas e joga-se também em comunicados das respectivas direcções, para além de muito debate na blogosfera. Muito do que aconteceu nestas últimas semanas deixa um sabor amargo nesta prova baptizada em sinal do Centenário da AFL. Ainda assim, e pela positiva, destaco a forma correcta como Américo, atleta do Pero Pinheiro, e o carismático Presidente do Futebol Benfica, Domingos Estanislau, trocaram ideias no blog deste. Falando apenas de futebol, e assumindo apenas uma vaga para a subida, refira-se que o Vilafranquense necessita de vencer os seus dois jogos e esperar que Futebol Benfica e Pero Pinheiro não pontuem em nenhuma das suas partidas. Tarefa quase impossível, digo eu. Quanto ao Loures, a situação é diferente. Para começar, tem vantagem no confronto directo com os dois contendores. Por outro lado, dista apenas três pontos do duo da frente, o que significa que poderá haver esperanças para o clube de amarelo. Ainda assim, o favoritismo vai para os agora rivais Futebol Benfica e Pero Pinheiro. Neste momento, as equipas têm ambas 56 pontos. Em caso de empate pontual no fim da prova, a vantagem resultará da diferença entre golos marcados e sofridos, dado que no confronto directo, o empate foi total, com ambos a vencer o seu adversário em casa pelo mesmo resultado. Neste aspecto, a vantagem vai para a equipa de Pero Pinheiro, mas por apenas dois golos, o que aumenta ainda mais a expectativa para os últimos jogos. Será curioso verificar o papel desempenhado pelas equipas que lutam pela manutenção (Tires, Montelavarenses e Ericeirense) e as restantes que já nada têm a ganhar ou perder, em termos de subidas e descidas, mas que já estariam de Férias, não fôra toda esta confusão. Aqui fica a lista de jogos a não perder. Amanhã: Loures-Montelavarenses, Pero Pinheiro-Vialonga, Futebol Benfica-Tires e Vilafranquense-Alta de Lisboa. Na 5ªFeira é Feriado e jogar-se-á a última jornada: Linda-a-Velha-Loures, Ponterrolense-Futebol Benfica, Lourinhanense-Pero Pinheiro e Lourel-Vilafranquense.


Para terminar, julgo ser pertinente abordar um aspecto que ainda não vi referido. Desde o início da época que está agendada a Final da Super Taça da AFL. A prova mais recente no calendário do futebol lisboeta conta com as presenças do Campeão da Divisão de Honra e o vencedor da Taça da AFL. Ora, o FC Alverca está a aguardar o seu opositor desde dia 29 de Maio, data em que disputou a Final da 1ªDivisão. No caso de não ter vencido a sua Série da 1ªDivisão, os atletas do Alverca estariam sem jogar desde 15 de Maio, data da última jornada da fase regular do Campeonato. Não tenho informação nenhuma sobre a data em que se realizará a Super Taça. Se alguém souber que diga. Imagino que o Alverca agradeça. E eu também.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Amora coloca Almada na 2ª Distrital

As minhas memórias relativas ao Amora Futebol Clube remontam ao início da década de 80. O clube disputava a 1ªDivisão Nacional e as colecções de cromos apresentavam um clube com um nome e um emblema engraçados e um campo pelado, onde jogaram craques como Diamantino, Jaime ou Jorge Plácido. Por este ou aquele motivo, nunca me sentei na bancada da Medideira até Sábado passado. Em dia de reflexão, assisti ao Amora-Almada da última jornada da 1ªDivisão da AF Setúbal. Após um início de época periclitante que o colocou em lugares perigosos, o Amora entrava para o último jogo num tranquilo nono posto. Por outro lado, o Almada precisava de fazer o mesmo resultado do GDR Portugal, para garantir a manutenção. As equipas apresentaram os seguintes onze:


AMORA FC – Fábio; Balela, Tó (cap.), André Freire e Nelsinho; Gomes, Marcos Paulo, Mauro Gonçalves; Lorete, Hugo Graça e David Rodrigues (Média etária – 24 anos)


Tr. Pedro Amora



ALMADA AC – Fábio Carvalho; Rui Mendes, Miguel Serafim, Louro e Bruno Félix (cap.); Ponge, Paulo Vieira e Tralhão; Fábio Nunes, Tiago Pereira e Willians (Média etária – 26,8 anos)


Tr. José Manuel



A primeira parte foi muito fraca de parte a parte. Não sei se havia notícias do jogo Mar.Rosarense-GDR Portugal. O que é certo é que, com boa vontade, registei apenas três lances dignos de nota. A segunda parte foi completamente diferente, principalmente a partir do momento em que o Almada chegou à vantagem. O Amora assumiu definitivamente as despesas do jogo e foi encostando o Almada à sua área, o que acabou por ser decisivo.



Momentos:


9’ – Paulo Vieira marca livre com a bola a saír por cima;


29’ – Fábio Carvalho faz duas defesas consecutivas a evitar o golo do Amora;


31’ – Bruno Félix marca livre para desvio do jovem Fábio;


51’ – Balela remata ao lado;


52’ – Willians imita Balela;


53’ – Lorete remata para boa defesa de Fábio Carvalho;


57’ – Willians cabeceia para as redes na marcação de um canto (0-1);










59’ – André Freire faz as vezes de defesa na área do Almada;










60’ – Pedro Amora faz saír Gomes e Lorete, entrando Pedro Martins e Edimir;


63’ – No Almada, sai Tiago Pereira e entra Bruno Pais;


74’ - André Freire desvia ao lado um livre do Amora;


76’ – Mauro Gonçalves fura entre os defesas mas remata por cima;


78’ - No Almada, sai Fábio Nunes e entra Joel;


79’ – Miguel Serafim surge solto na área mas não consegue controlar a bola;







80’ – Livre do lado direito. Balela cabeceia para o empate (1-1);


81’ – David Rodrigues isola-se mas permite a macha a Pedro Carvalho;


84’ – No Amora, sai Marcos Paulo e entra David Pequeno. No Almada, José Manuel assume a defesa do empate, fazendo saír Willians para entrar o defesa Fernando Gonçalves. Solto na área, Edimir remata por cima;


88’ – Menos de meia hora depois de entrar em campo, Pedro Martins é expulso por acumulação de amarelos, após lance em que cai na área do Almada;










90’ + 5 – À terceira é de vez. André Freire faz o golo da vitória ao desviar ao segundo poste para as redes (2-1).










Destaques:


O Amora apresentou na baliza o jovem Fábio, titular da equipa de Juniores que disputou a 2ªDivisão Nacional da categoria esta época. Não teve muito trabalho. Ainda assim, foi notória a sua dificuldade em impor-se na área nos lances de bola parada, nomeadamente nos cantos. Não ficava entre os postes mas saía-se sistematicamente fora de tempo. A rever.







O capitão e central Tó (jogou no Almada e no Fabril) demonstrou sempre muita segurança, apesar de ter pela frente Willians. Falhou apenas no lance do golo do Almada. David Rodrigues, antigo avançado do Marítimo Rosarense impressiona pela sua estatura mas surpreende pelo toque de bola. Mostrou pormenores bem interessantes. Aos 27 anos, talvez ainda vá a tempo de disputar uma 2ª ou 3ª Divisão Nacional. Do lado do Almada, destaco pela positiva o jovem central Miguel Serafim. Apesar da evidente desvantagem de estatura face a David Rodrigues, disputou todos os lances com avançado do Amora e venceu vários. Outro jogador a rever. O jovem brasileiro Willians (jogou no Cova da Piedade) mostrou ter bons pés e ser oportunista como se viu no golo. Jogador mais velho em campo, o médio Paulo Vieira continua a mostrar saber bem o que faz com a bola, embora se perceba que a idade já pesa, após uma carreira de bom nível, em que passou por clubes como Fanhões, Sintrense, Estoril, Odivelas, Sintrense, Barreirense e Real SC, entre outros. Já acumulava funções de técnico adjunto, por que não assumir a equipa ?




A arbitragem de Mauro Santos foi muito contestada pelos adeptos do Amora. Diria que os jogadores complicaram a tarefa do árbitro, que também não fez o que se esperaria. Ainda assim, não teve influência no resultado e isso já não é dizer pouco. Uma nota final para o que se viu entre o segundo golo do Amora e o apito final de Mauro Santos. Os festejos no lance do golo pareciam ser de um lance decisivo de uma época e não apenas de um jogo. No final, misturaram-se com a despedida (?) de David Pequeno, mas ficou a clara impressão de que a equipa do Amora tinha contas a ajustar com o Almada. Pelo que já li, parece que algo se terá passado no jogo da primeira volta no Pragal. Não sei. O que sei é que cabia ao Amora lutar pelos três pontos em disputa e isso foi conseguido. A forma como se festeja já depende de cada um e de aspectos que escapam mesmo a quem procura acompanhar de perto os Distritais do futebol português.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Final Histórica na Libertadores






Real Madrid, Benfica, Peñarol e Santos. O que estes quatro clubes têm em comum é o facto de terem dominado os primeiros anos das respectivas provas continentais de clubes. Aos cinco títulos inaugurais do Real Madrid na então Taça dos Campeões Europeus, seguiram-se dois títulos do Benfica. Na América do Sul, os uruguaios do Peñarol venceram as duas primeiras edições da Libertadores, sendo sucedidos pelo Santos de Pelé. Os dias 15 e 22 verão novamente Santos e Peñarol lutar pela mais importante prova sul-americana de clubes. A História diz-nos que uma Final da Liga dos Campeões entre Benfica e Real Madrid seria o seu equivalente. Não se prevê para breve mas serve para ilustrar o carácter histórico da Final deste ano da Libertadores das Américas.

Honra para o Atlético


No Domingo, o Atlético entrou em campo para defrontar o Padroense com oito jogadores com passagens pela Liga de Honra. Apenas João Meira e os gémeros Aires e Rudi nunca alinharam na prova que o Atlético disputará na próxima época. Ao contrário do seu opositor, o Padroense apresentava apenas um jogador com esse tipo de experiência no onze inicial. Refiro-me a Mariano, médio de 35 anos formado no FC Porto e com experiência de 1ªDivisão, ao serviço de Salgueiros, Varzim, Marítimo e Penafiel, totalizando quase 200 jogos. Cumpre a terceira época no Padroense. Infelizmente para o clube matosinhense, Mariano foi o autor do golo da vitória do Atlético, num desvio infeliz na marcação de um canto.




Curiosamente, ao longo da época, o Padroense já beneficiara de três auto-golos sem que um seu atleta tivesse passado por essa experiência. Do lado do Atlético, o lance infeliz de Mariano foi mesmo o primeiro auto-golo da época, tanto a favor como contra. Antes desse lance, Ailton havia permitido a defesa de Marco na marcação de um pontapé da marca de grande penalidade bem assinalada pelo aveirense António Costa.






A defesa do Padroense parecia acusar a responsabilidade da partida, nomeadamente os centrais Vila e Armando que cometeram diversos erros não aproveitados pelos avançados do Atlético. Do outro lado, e apesar da maior experiência da defesa alcantarense, foi Botelho que teve de se aplicar por duas vezes antes do intervalo.






Para a segunda metade, Augusto Mata retirou do jogo o jovem Mário Costa e colocou em campo o ponta-de-lança Marcão, brasileiro de 37 anos que chegou a alinhar pelo Est.Amadora na Liga de Honra em 2001/02. A toada do jogo passou a ser outra. O Padroense colocava bolas na área procurando a cabeça de Marcão, enquanto o Atlético ía criando perigo em contra-ataque, onde Laurindo se mostraria perdulário aos 74’.





Parecia que o jogo não iria terminar sem que mais golos se registassem mas isso não viria a acontecer, pelo que o Atlético garantia um lugar na Liga de Honra 2011/12, onde defrontará o vizinho e rival Belenenses. A subida do Atlético marca o regresso de um clube histórico às provas profissionais. Refira-se que, para além dos chamados três grandes, apenas oito clubes têm mais presenças na 1ªDivisão do que o clube de Alcântara, apesar da última presença ter sido em 1976/77. A experiência recente de clubes como Barreirense ou Olivais e Moscavide deverão servir de alerta para os responsáveis do Atlético. Caso contrário, a festa de Domingo passado poderia transformar-se em pesadelo dentro de dois ou três anos.