terça-feira, 30 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os Deuses da bola não deixaram

14/10/2012
REAL SC-FC BARREIRENSE 2-2
Arb:João Roque (AF Portalegre)
Real-André Martins; David Rosa (cap.), Jibril, Araújo e Liangxuan; Miguel Santos, Paulinho e Ladeiras; Miguel Cardoso, Tino e Kifuta
Tr.João Silva
Barreirense-José Carlos; Miguel Gomes, Valter, Bruno Costa e Miguel Lampreia; Monzelo, David Martins (cap.) e David Pinto; Nuno Dias, Bailão e Vasco Firmino
Tr.Duka

Pela forma como o jogo decorreu, parece que estava escrito algures que o Real não sairia vencedor. Apesar do jogo ter sido equilibrado, os melhores períodos foram protagonizados pelo Real que teve as melhores oportunidades de golo. Logo aos 7', de fora da área, Ladeiras remata para boa defesa de José Carlos. O Real estava por cima e o Barreirense só chegou à baliza adversária aos 16', num cruzamento perigoso de Vasco Firmino para a pequena área com Paulinho a tirar.
Remate de Ladeiras com a bola a passar ligeiramente ao lado do poste direito da baliza à guarda de José Carlos.
Remate cruzado de Nuno Dias com a bola a passar muito perto do poste esquerdo da baliza do Real. Até ao intervalo, não se verificaram lances de perigo, apesar da qualidade técnica dos jovens jogadores do Real ter ficado bem patente, num lance em que a bola passou por Ladeiras, Miguel Santos e Miguel Cardoso e terminou com um cruzamento de Miguel Santos sobre a barra.


O início do segundo tempo acentuou o domínio da equipa da casa. Aos 50', recuperação de Paulinho que remata forte mas ao lado. Três minutos depois, livre marcado por Ladeiras com a bola a sobrar para Araújo que fuzila José Carlos. O Real adiantava-se no marcador. A experiente equipa do Barreirense respondeu de imediato. Aos 55', Nuno Dias roda sobre Jibril na área mas remata ao lado. Dois minutos depois, remate forte de Nuno Dias mas muito ao lado da baliza. Aos 57', bom lance de Nuno Dias pela esquerda, resulta num cruzamento para a área, onde Bailão cabeceia à figura de André Martins. Seis minutos depois, Duka arrisca chegar ao empate, trocando Miguel Lampreia pelo gigante cabo-verdiano Amadeu Delgado. Apenas três minutos depois, cruzamento largo para a área onde Amadeu Delgado salta mais alto que André Martins e cabeceia para o empate. O Real sentiu muito o golo e passou por alguns momentos de intraquilidade. Aos 75', João Silva troca Miguel Santos e Tino por Tomás e Caramelo. Quatro minutos depois, remate de Miguel Cardoso com a bola a passar junto ao poste, mas o guardião José Carlos tinha o lance controlado. No minuto seguinte, o técnico do Real troca Ladeiras por Ventura. Aos 82', o Barreirense está perto de chegar à vantagem. José Carlos repõe a bola na frente e Amadeu ganha de cabeça, ficando a bola à mercê de Nuno Dias que falha o desvio. A bola ainda sobra para David Pinto que remata ao lado. Pouco depois, Duka volta a mexer na equipa, trocando David Pinto por João Nuno. Aos 85', excelente lance entre Ventura e Miguel Cardoso que termina com o cruzamento do primeiro para a finalização de Caramelo. Estava feito o 2-1. O Real passava a controlar o jogo mantendo a posse de bola. Aos 89', Duka faz a última alteração, colocando Márcio Dieb no lugar de Nuno Dias. O árbitro João Roque dá três minutos de compensação e o golo empate surgiria pouco depois. João Nuno coloca mais uma bola na área. Amadeu salta com Liagnxuan Gong e acaba por cabecear no sentido contrário à baliza. Mas os Deuses do Futebol não queriam que o Real vencesse a partida e fizeram a bola embater em Araújo e entrar na baliza, no mesmo local onde entrara a bola no lance do golo de Amadeu. No reatamento, a desmoralizada equipa do Real perde a bola rapidamente e ainda haveria tempo para um remate cruzado de Vasco Firmino ao lado.

+
A jovem equipa do Real transborda talento. Desta vez, destaco individualmente Ladeiras (20 anos) e Miguel Cardoso (18). Estes dois meninos têm magia nos pés. Há dias, ao ver Diogo Salomão partilhar o relvado com Messi, Iniesta e companhia, lembrei-me que estes meninos poderão estar, dentro de alguns anos, num patamar muito elevado. Assim haja juízo, trabalho e alguma sorte.

domingo, 14 de outubro de 2012

Real passa com distinção pelo Cartaxo

7/10/2012
SL CARTAXO-REAL SC 0-4
Arb:André Moreira (AF Leiria)
Cartaxo-Travessa; Kiko, Bernardo (cap.), Semeano e Serginho; Sequeira, D.Costa e Ricardo; Sá, Tiago Montez e Sacramento
Tr.Paulo Mendonça
Real-André Martins; David Rosa (cap.), Jibril, Araújo e Liangxuan; Miguel Snatos, Paulinho e Ladeiras; Miguel Cardoso, Tino e Kifuta
Tr.João Silva

O resultado do jogo não espelha as dificuldades sentidas pelo Real. É verdade que as dificuldades surgiram mais das falhas na finalização do que à réplica da equipa ribatejana. No entanto, a incerteza no marcador durou até ao segundo golo do Real, marcado apenas aos 82'.

O primeiro lance de algum perigo ocorreu ao terceiro minuto, num cruzamento remate de Ladeiras que obrigou Travessa à primeira defesa do jogo. Aos 13', Ladeiras assiste Tino de cabeça mas o avançado remata por cima. Doze minutos depois, bom lance do Real começa com uma triangulação entre Tino e David Rosa, com o avançado a cruzar para o remate de Miguel Cardoso ir parar a Ladeiras cujo remate sai a rasar o poste direito à guarda de Travessa. Pouco depois, num canto, Araújo salta sem oposição na área mas a cabeçada sai por cima. Ao minuto 28, livre apontado por Ladeiras, com Liangxuan Gong a surgir de rompante e a cabecear para a barra, no que teria sido um grande golo. Três minutos depois, um cruzamento largo de Tino obriga Travessa a colocar a bola sobre a barra. Do canto surgiu o golo que o Real já justificava. Ladeiras aponta o canto, Araújo falha o primeiro remate de pé direito mas fica sem a marcação de Diogo Costa, desferirindo remate certeiro de pé esquerdo. Cinco minutos depois, o Real esteve novamente perto do golo. Kifuta ganha no ombro-a-ombro com Bernardo e coloca a bola em Miguel Cardoso que, frente a Travessa, remata à figura. Até ao intervalo, o Cartaxo ainda procurou reagir mas sem criar perigo.


Para a segunda parte, o técnico da casa trocou Sá e Tiago Montez por Morgadinho e Toscano, mas a toada do jogo manteve-se. Logo no primeiro minuto, em mais um livre de Ladeiras, Kifuta cabeceia ao lado. Aos 51', Miguel Santos (de regresso ao miolo após ter rendido Araújo como central frente ao Lourinhanense) remata para defesa de Travessa. Dois minutos depois, Kifuta, com um toque de cabeça, coloca Miguel Cardoso na cara de Travessa mas o remate do ainda júnior sai por cima. Aceita-se o remate apesar de Tino surgir numa posição mais frontal. No minuto 57, um passe longo de Araújo isola Ladeira mas Travessa volta a fazer bem a mancha, evitando o segundo golo visitante. Cinco minutos depois, João Silva troca Miguel Cardoso por Ventura. O Real não marcava o segundo golo e o Cartaxo ía ganhando confiança de que poderia chegar ao empate. Aos 72', Diogo Costa rematou à trave. O canto que se seguiu foi o primeiro de três consecutivos mas seria o único a criar perigo, com David Rosa a afastar a bola que se dirigia para as redes após saída de André Martins. No minuto 76, João Silva volta a mexer na equipa. A entrada de Tomás para o lugar de Miguel Santos viria a revelar-se extremamente feliz. O jovem de 21 anos estreava-se na equipa do Real e ainda não sabia que se iria tornar no primeiro estreante a bisar pela equipa principal do Real. Dois minutos depois, registar-se-ia a última alteração no Real, com a saída de Tino e a entrada de Bernardo. Aos 81', e no mesmo lance, a bola ronda a baliza do Cartaxo em dois momentos mas a vantagem mínima visitante mantinha-se. No minuto seguinte, seria em contra-ataque que o Real chegaria ao segundo golo. O lance começa e termina em Tomás após assistência de Ventura. A equipa da casa estava finalmente derrotada. A partir daí, a superioridade do Real foi ainda mais evidente. Já em período de compensação, Tomás, na execução perfeita de um livre de pé esquerdo, faria o 0-3. No recomeço, o Cartaxo perde a bola e o Real volta a marcar. Paulinho tabela com Ventura, dribla Travessa e finaliza sem dificuldade. A bola voltou ao grande círculo mas o apito final soaria segundos depois.

+
Apesar de mais uma derrota caseira, destaco as qualidades do capitão do Cartaxo. Joga a central mas sai bem a jogar e coloca a bola à distância com algum rigor. Acabou a jogar na frente, numa opção de procura pelo empate que acabou por se revelar errada.

No Real, boa estreia do lateral esquerdo Liangxuan Gong e do já referido Tomás.

Destaque ainda para a presença, ainda que reduzida, da claque do Real, merecedora de agradecimento especial da equipa no final da partida.

-
A generalidade dos clubes chegou a uma situação financeira tal que recorrem a subterfúgios criativos, como se verificou no domingo.

sábado, 6 de outubro de 2012

Mau resultado, melhor exibição

30/9/2012
REAL SC-SC LOURINHANENSE 0-1
Arb: Frederico Martins (AF Lisboa)
Real-André Martins; David Rosa (cap.), Jibril, Miguel Santos e Rui Loures; Paulinho, Ladeiras, Ventura e Mota; Kifuta e Caramelo
Tr. João Silva
Lourinhanense-Dario; Diogo Bento, Edgar Garcia, Marco Ramos (cap.) e Nélson; Bruno, José Carlos e João Ferreira; Paulinho, Pedro Fonseca e Ricardinho
Tr. Luís Brás

O primeiro lance da partida termina com uma falta assinalada sobre Kifuta. Do livre nada resulta mas a camisola de Kifuta é puxada dentro da área, como é patente nas imagens. Ao 3º minutos, contra ataque do Lourinhanense coloca Ricardinho frente a André Martins mas o guarda-redes do Real leva a melhor, desviando para canto. Dois minutos depois, David Rosa coloca a bola na cabeça de Caramelo mas a bola sai à figura de Dario. Só aos 16’ se voltou a assistir a um lance digno de registo quando um livre de Ladeiras passa perto da baliza mas Dario parecia ter o lance controlado. Pouco depois, Kifuta remata à figura num lance rápido de contra-ataque do Real. Aos 23’, os visitantes estiveram perto do golo. Ricardinho, na área, consegue passar por Jibril e Rui Loures, rematando cruzando para boa intervenção de André Martins. A resposta do Real surgiu quatro minutos depois. Entre os centrais do Lourinhanense, Kifuta cabeceia ao lado. No minuto seguinte, Edgar cabeceia por cima na sequência de um livre apontado por Ricardinho. À meia hora de jogo, lance rápido de ataque do Real com Kifuta a procurar colocar a bola em Caramelo mas esta para nas mãos de Dario. Dois minutos decorridos, Caramelo mostra que a veia goleadora está pouco apurada num lance em que ganha a bola na área mas permite a antecipação de Bruno. Mesmo em cima do intervalo, duas chances de golo, uma para cada equipa. Primeiro foi Ricardinho a cruzar para Pedro Fonseca cabecear ao lado. Depois, em contra ataque, Caramelo não consegue colocar em Ventura que ficaria isolado. O nulo aceitava-se ao intervalo.



O primeiro lance de algum perigo no segundo tempo veio de Paulinho, com um remate que saíu por cima aos 51’. Onze minutos depois, já com Tiago Morgado no lugar de Mota e Paulo Ricardo no lugar de João Ferreira, o Real está muito perto do golo. Caramelo desmarca Kifuta com um passe entre os centrais do Lourinhanense mas, perante a saída de Dario, Kifuta desvia com a bola a sair ao lado. O jogo cairia de qualidade e só voltaria a animar-se aos 81’. Tino, entrado aos 69’ para o lugar de Ventura, remata para defesa de recurso de Dario. No minuto seguinte, numa altura em que o Lourinhanense parecia satisfeito com o empate, surgiu o lance decisivo da partida. O jovem Paulo Ricardo pica a bola para as costas da defesa do Real, onde surge Portela em posição muito duvidosa. O avançado do Lourinhanense coloca a bola em Pedro Fonseca que é derrubado por Miguel Santos. Numa segunda parte em que o Real havia sido a única equipa a criar perigo, os visitantes tinham uma grande penalidade para chegar à vantagem. Na conversão, Pedro Fonseca coloca a bola para o lado direito de André Martins, fazendo aquele que foi o primeiro golo de sempre do Lourinhanense frente ao Real. Pouco depois, o lance mais negativo da partida. Uma troca de palavras entre Jibril e Edgar termina com o central do Real a dar uma cabeçada ao central do Lourinhanense e este a cair em câmera lenta. Lamentável um e outro. No minuto 89’, o Real está perto do empate por duas vezes. Primeiro foi Paulinho a rematar de fora da área para grande defesa de Dario. A bola sobrou para Kifuta que rematou para nova defesa de Dario, ficando a bola a "pingar" na pequena área mas sem que Pratas conseguisse fazer golo. Durante os cinco minutos de compensação concedidos pela equipa de arbitragem, seria o Lourinhanense a estar perto do 0-2 num lance fortuito. Ladeiras vê amarelo por falta sobre Diogo Bento. Na marcação do livre, ainda no meio campo defensivo lourinhanense, Paulo Ricardo coloca a bola na área onde Pedro Fonseca ganha a Miguel Santos e cabeceia à barra. Antes do apito afinal, o Real ainda conquistaria dois cantos consecutivos mas sem criar perigo.


Sinal +
Caramelo e Kifuta - apesar de não terem marcado, a dupla atacante mostrou já algum entendimento, prometendo golos para os próximos jogos.
Ricardinho – o experiente extremo esteve muito activo durante toda a partida, sendo responsável pelos melhores lances da sua equipa.
Paulo Ricardo – aos 17 anos, este jovem ex-Sporting parece ter futuro. A rever.