Já se sabia que é regra num relato radiofónico ou numa transmissão televisiva de jogos de equipas portuguesas. É garantido que é ainda mais vincado quando é a Selecção a jogar. Refiro-me à forma tendenciosa como os “jornalistas” abordam estas partidas. Assume-se que se justifica, porque somos “nós” contra “eles”. Apesar deste tipo de postura ser discutível em termos da ética jornalística, ninguém a questiona. A partir daqui, temos atitudes derivadas que se tornam ainda mais bizarras. Por exemplo, qualquer jogo de um dos chamados “grandes” contra um dos “não grandes”, é relatado na perspectiva do “grande”. Se o resultado está em branco, a questão fulcral é o que o “grande” deve fazer para se colocar na dianteira. Se está a vencer, como consolidar essa vantagem e por aí fora. Mais uma vez, parece tudo “normal”. Mais recente é adoptar esta mesma postura nos jogos em que participam jogadores e/ou técnicos portugueses. O caso do Real Madrid e a histeria mediática em torno de Cristiano Ronaldo é o paradigma desta postura. Este fim-de-semana, a forma como os “jornalistas” da Sporttv relataram o jogo com o Almeria, nomeadamente no período que se seguiu à reviravolta dos andaluzes, foi elucidativa. Aquilo que espero de quem relata é isso mesmo, que relatem. Já agora, gostava de assistir a qualquer jogo sem estar constantemente confrontado com a forma tendenciosa de quem prefere que x ou y vença, porque tem um ou mais jogadores portugueses nas suas fileiras. Se é “pecado mortal” não torcer pela Selecção, não o será não torcer por Real Madrid ou Chelsea. Ou é ?
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Bizarrias
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