Diga-se o que se disser, o futebol é, acima de tudo, um jogo. Como tal, está sujeito a imponderáveis de vária ordem, desde falhanços dos actores principais até erros de arbitragem.
A constatação destes factos aparentemente tão óbvias surge-me como necessária numa altura em que muito se fala dos erros de arbitragem que têm (é um facto) ocorrido.
É nestas alturas que mais importância se atribui à ponderação dos responsáveis, principalmente ao nível das suas intervenções públicas.
E é neste contexto que a forma como Paulo Bento analisou o lance que deu a vitória ao Sporting em Vila do Conde ou a esquiva de Jesualdo Ferreira à flash interview após o jogo em Braga, dão que pensar.
O primeiro, confrontado com uma evidência que não poderia negar, recordou incidentes do jogo de 1 de Novembro a contar para o campeonato. O segundo, depois de ter aproveitado uma flash interview para aludir a critérios de arbitragem num jogo em que não participara, vem dizer que não é "analista de arbitragem".
A falta de cultura desportiva é um dos maiores problemas do futebol português e os exemplos, como se vê, vêm bem de cima.
No meio de tudo isto, destaque-se pela positiva, as palavras de Jaime Pacheco, mesmo depois de um jogo em que (também ele) viu a sua equipa ser prejudicada por juízos arbitrais.
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