domingo, 6 de setembro de 2009

Um dia para recordar




O dia 6 de Setembro de 2009 ficará para a História do Atlético Clube do Tojal. Foi o dia da estreia em competições nacionais. O jogo da primeira jornada da Série E da 3ªDivisão ditava a recepção ao Sport União Sintrense.


O primeiro onze escolhido por Joaquim Oliveira foi composto por Ginja; Flávio, José Carlos (Cap.), Leandro e Luís Dias; Mosca, Hélder e Stanic; Sandro, Tiago Cabral e Maia. Com uma média etária de 22 anos, o Sintrense começou com Rodolfo; César Cabrita, Rui Arroja, Sapo e Russo; Emanuel, Venda, Flávio Casal (Cap.) e Rui Barroso; André Cacito e Tiago Antunes.

Talvez devido à tardia confirmação de subida de divisão, o Tojal reforçou-se com jogadores de equipas que ficaram classificadas abaixo de si na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Lisboa da época passada, o que não é comum acontecer. Curiosamente, a única aquisição proveniente de um clube da 3ªDivisão (Maia) foi o primeiro jogador a destacar-se, ao desviar um livre de canto que ainda roçou a trave da baliza do Sintrense.


As dimensões reduzidas do Campo da Meia Laranja, agravado pelo vento forte e irregular que se fez sentir, contribuíram para um jogo muito directo durante o primeiro tempo. Neste tipo de jogo, a equipa da casa pareceu sempre mais à vontade. No entanto, já se percebia que o jogo mais colectivo e a bola na relva eram mais do agrado dos sintrenses. E esteve aqui a chave do jogo. Apesar de entrar mais perigoso no segundo tempo, a defesa do Tojal começava a sentir algumas difculdades a lidar com os movimentos atacantes da equipa de Paulo Morgado.


Aos 58’, o técnico do Sintrense faz entrar Veludo e Rúben Braga para os lugares dos esforçados Flávio Casal e André Cacito. Dois minutos depois, Rui Barroso tem uma boa arrancada pela direita que rasga a defesa tojalense, desmarca Tiago Antunes na esquerda e este cruza para o desvio de Veludo para as redes da baliza de Ginja.

Dez minutos depois, o guardião do Tojal teve um momento de infelicidade ao repôr de forma deficiente uma bola que foi bem aproveitada por Rui Barroso que desmarcou Rúben Braga para o segundo golo do Sintrense. Apesar de Joaquim Oliveira ter terminado com 3 avançados, o estreante Tojal acabou por não criar grande perigo para a defesa do Sintrense, que acabou por ser uma agradável surpresa.

No Tojal, destaque para o extremo Sandro (ex-Tires), jogador com um pique merecedor de um terreno com outras dimensões e para Maia (ex-Futebol Benfica), um avançado combativo mas sem espaços para as suas desmarcações. No Sintrense, o elemento decisivo acabou por ser Rui Barroso. No entanto, demonstrou ser um conjunto bem equilibrado em termos das capacidades individuais dos seus jovens elementos.


Russo, lateral-esquerdo que não coube no Carregado que João Sousa acabou por preparar para a Liga Vitalis, oferece segurança, raça e experiência, apesar de ainda não ter completado 28 anos.


Nota final para o facto das duas equipas serem bastante jovens. Exceptuando José Carlos (capitão do Tojal), o jogador mais “velho” em campo tinha 28 anos! Se nos lembrarmos que alguns destes atletas são formados em clubes como Belenenses, Benfica, Sporting ou Estoril, entre outros, é caso para perguntar em que escalão poderiam estar a actuar, se este nosso futebol fosse outro. Mas isso é outra conversa.

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