segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Oriental-Eléctrico - Não houve Taça em Marvila



ORIENTAL-Mota; Tiago Rosa, Tozé, Toni e Marcelo Henrique; Ségio Mendonça, Samarra, Serginho (Taroco 69’) e Valdo (Mané 90+5’); Pedro Andrade e Santiago (Vítor Gomes 79’)

Não utilizados-Bruno Costa, Daniel, Cissé e Kikas


ELÉCTRICO-Passarinho; Telmo, Vinícius, Da Silva e Carlos Santos (João Neves 67’); Edgar, Ibraime (Joca 79’), Cristiano e Vasco Campos (Galacho 62’); Rui Gomes e Wilson

Não utilizados-Sérgio e Hugo


Sempre que visito o Campo Eng. Carlos Salema (terreno do Clube Oriental de Lisboa) tenho sensações mistas entre o fascínio e a desolação. Fascínio pela História que se respira naquelas velhas bancadas. Desolação pela degradação do espaço. A maior parte dos espectadores presentes terão com toda a certeza imensas histórias para contar, desde os tempos em que o Oriental jogava na 1ªDivisão. Nos últimos anos, os adeptos do clube vão vivendo o clube entre as 2ª e 3ªDivisões.


Neste Domingo, jogava-se a 2ª eliminatória da Taça de Portugal e o adversário era o Eléctrico FC. O mesmo que, em 2006/07, também se jogava a 2ªEliminatória, veio a Marvila eliminar o Oriental no desempate por pontapés da marca de grande penalidade. Foi a única ocasião em que os dois clubes se defrontaram para a Taça.


Treinados por antigos internacionais do futebol português (Carlos Manuel e Francisco Barão), Oriental e Eléctrico disputaram um jogo típico da 2ªDivisão Naconal, escalão que ambos disputam, embora em zonas diferentes.


Equilibrado mas com algum domínio da equipa da casa, não foi um jogo com muitas oportunidades de golo. A primeira surgiria ao quarto de hora de jogo, quando Pedro Andrade cabeceou à trave, na sequência de um cruzamento de Valdo (o “Adebayor” do Oriental passou por Vialonga, Sesimbra, Abrantes, Juventude de Évora, Omonia Aradippou (Chipre) e Ac.Viseu). Acabou por ser um prenúncio do que aconteceria quatro minutos depois, quando o mesmo Pedro Andrade, à entrada da área, dominou uma bola no peito, rematando de imediato, não dando qualquer hipótese a Passarinho, guardião do Eléctrico. Aos 26 anos, Pedro Andrade jogou no Cacém e no Carregado. Está no Oriental desde Dezembro de 2007.



De forma surpreendente, o Eléctrico empatou na jogada seguinte. Na sequência de uma incursão pela esquerda, Wilson ganha espaço na área orientalista e remata cruzado à saída de Mota, fazendo o empate. A velocidade do avançado de 26 anos (ex-Pescadores) que não ficou no Moura por motivos físicos e que foi recebido num clube de escalão superior, onde tem sido figura de destaque neste início de época, foi determinante. No entanto, as oportunidades de aplicar a sua mais-valia não surgiram e a primeira parte concluíu-se sem notas de relevo. O cenário manteve-se até aos 21 minutos da segunda parte, quando Santiago (avançado de 28 anos com passagens pelo Futebol Benfica, Cacém, Malveira, Amora, Mafra e U.Micaelense) replicou a acção de Wilson no 1-1, colocando o Oriental em vantagem.

Em desvantagem, o Eléctrico procurou tomar conta do jogo. No entanto, só nos últimos minutos da partida teve duas oportunidades para empatar. No primeiro lance, o recém entrado Joca desvia ao lado, depois de “furar” bem entre os centrais do Oriental. No segundo, a velocidade de Wilson voltou a aparecer, mas a finalização foi deficiente. Até ao apito final, destaque para uma entrada mais ríspida de Toni, em que o filho homónimo do antigo jogador e treinador do Benfica, viu o vermelho directo.


Pouco depois, num lance clássico de contra-ataque, Taroco fecha o marcador e a eliminatória após driblar Passarinho e rematar para as redes desertas. O Oriental estava na 3ªEliminatória, onde já jogarão os clubes da Liga Sagres.

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