23/9/2012-3ªDivisão Nacional – Série E –
2ªJornada
URD TIRES-REAL SC 1-0
Arb: Nuno Mira (AF Lisboa)
TIRES-André Santos; Rigueiro, Pedro
Conceição (cap.), Tomás Jorge e Taveira; Ilmo, Herman e Nildo; Patrick, Ricardo
Nunes e André Lopes
Tr. Rui Sousa
REAL-André Martins; David Rosa (cap.), Araújo,
Jibril e Rui Loures; Paulinho, Ladeiras e Bernardo; Sérgio, Tino e Kifuta
Tr. João Silva
O Parque de Jogos Dr. Santos Neves assistia
ao primeiro jogo a contar para a 3ªDivisão Nacional desde 2006. A derrota
pesada em Ponte de Sôr (0-3) na primeira jornada colocava algumas dúvidas
quanto à valia desta equipa do Tires. O jogo de domingo passado viria a
dissipar essas dúvidas. A equipa da URD Tires surgiu bem orientada, com um
futebol agradável de seguir, nada condizente com o estereótipo associado à
3ªDivisão. Como a equipa do Real apresenta muita juventude talentosa, o jogo
foi bem disputado, apesar de nem sempre bem jogado.
Apesar da toada de equilíbrio que pontuou
toda a partida, a equipa da casa pareceu sempre uns furos acima do adversário. A
meio da primeira parte, o médio Ilmo foi forçado a sair por lesão. O momento em
que a equipa podia ressentir-se acabou por se tornar num domínio mais acentuado
que durou até ao intervalo. Aos 26’, livre apontado por Patrick, Rigueiro
coloca na área mas André Martins antecipa-se a Nildo. Na sequência do lance, e
apesar de alguns pormenores técnicos de Tino, a bola é recuperada pela equipa
da casa. Ricardo Nunes isola-se saindo de fora-de-jogo mas remata ao lado
perante André Martins. O intervalo chegava sem que se tivessem registado lances
de perigo, com excepção para o lance mencionado.
Para a segunda metade, João Silva trocou Sérgio
e Bernardo por Miguel Santos e Caramelo. O técnico do Real dava mostras de
querer mexer na partida e vencê-la. Aos 52’, o central Araújo vê o primeiro
amarelo. Quatro minutos depois, o jogo assistia a uma das melhores jogadas do
Real, com a bola a passar por vários jogadores, da esquerda para a direita,
terminando com o cruzamento de Paulinho para Kifuta desviar mas com André Santos
a defender. O Tires responde com um cabeceamento de Ricardo Nunes por cima e
com um remate de Patrick à entrada da área. Aos 63’, Rigueiro salta com Caramelo
dentro da área e o avançado do Real cai. O árbitro Nuno Mira deixa seguir num
lance que deixa muitas dúvidas.
Sete minutos depois, o jogo voltava a
ficar desequilibrado a favor do Tires. Ricardo Nunes e Araújo disputam um lance
em que o avançado do Tires faz falta primeiro mas é a segunda infracção que é assinalada,
resultando no segundo amarelo para o central do Real. Em superioridade numérica,
Rui Sousa retira Herman e Nildo por Dani e Pedro Belo. No minuto seguinte, Mota
(entrara para o lugar de Tino pouco antes da expulsão de Araújo) está perto do
0-1. Rui Loures cruza para a área, Caramelo não chega mas a bola sobra para
Mota colocar ao lado. Pouco depois, ficou um penalty por assinalar
contra o Tires por mão da barreira num livre marcado por Mota. No contra-ataque
que se seguiu, André Lopes entra na área e remata mas a bola é desviada para
canto por Jibril. Aos 80’, um ressalto de bola na área do Real coloca a bola à disposição
de Ricardo Nunes que volta a desperdiçar. Depois de vinte minutos agitados, o
jogo parece entrar numa toada tranquila a fazer adivinhar o nulo no resultado
final.
No entanto, aos 86’, Patrick aponta um
canto para a finalização de Viegas ao segundo poste, numa falha de marcação. Nos
cantos, não há inferioridade numérica mesmo se se joga com dez. O Tires, para
além de não se ter ressentido com a lesão de Ilmo, ainda chegou à vitória com
um golo da autoria do jogador que entrara aos 21’ para o lugar de... Ilmo.
+
Herman Diogo
Ladeiras
Paulinho
Tomás Jorge
-
Lembro-me de assistir há uns anos a um
jogo em Ponte de Rol, com uma chuva diluviana e o árbitro Nuno Mira a conseguir
manter o equilíbrio emocional nas quatro linhas num Ponterrolense-Pero
Pinheiro. Em Tires, voltei a observar um árbitro que transmite imensa
tranquilidade, característica que aprecio em geral e nos árbitros em
particular. No entanto, a sua actuação ficou marcada por alguns lances em que o
Real saíu prejudicado, como já referi. Dias melhores virão.