sábado, 29 de setembro de 2012

Real sai derrotado de Tires


23/9/2012-3ªDivisão Nacional – Série E – 2ªJornada
URD TIRES-REAL SC 1-0
Arb: Nuno Mira (AF Lisboa)
TIRES-André Santos; Rigueiro, Pedro Conceição (cap.), Tomás Jorge e Taveira; Ilmo, Herman e Nildo; Patrick, Ricardo Nunes e André Lopes
Tr. Rui Sousa
REAL-André Martins; David Rosa (cap.), Araújo, Jibril e Rui Loures; Paulinho, Ladeiras e Bernardo; Sérgio, Tino e Kifuta
Tr. João Silva

O Parque de Jogos Dr. Santos Neves assistia ao primeiro jogo a contar para a 3ªDivisão Nacional desde 2006. A derrota pesada em Ponte de Sôr (0-3) na primeira jornada colocava algumas dúvidas quanto à valia desta equipa do Tires. O jogo de domingo passado viria a dissipar essas dúvidas. A equipa da URD Tires surgiu bem orientada, com um futebol agradável de seguir, nada condizente com o estereótipo associado à 3ªDivisão. Como a equipa do Real apresenta muita juventude talentosa, o jogo foi bem disputado, apesar de nem sempre bem jogado.

Apesar da toada de equilíbrio que pontuou toda a partida, a equipa da casa pareceu sempre uns furos acima do adversário. A meio da primeira parte, o médio Ilmo foi forçado a sair por lesão. O momento em que a equipa podia ressentir-se acabou por se tornar num domínio mais acentuado que durou até ao intervalo. Aos 26’, livre apontado por Patrick, Rigueiro coloca na área mas André Martins antecipa-se a Nildo. Na sequência do lance, e apesar de alguns pormenores técnicos de Tino, a bola é recuperada pela equipa da casa. Ricardo Nunes isola-se saindo de fora-de-jogo mas remata ao lado perante André Martins. O intervalo chegava sem que se tivessem registado lances de perigo, com excepção para o lance mencionado.


Para a segunda metade, João Silva trocou Sérgio e Bernardo por Miguel Santos e Caramelo. O técnico do Real dava mostras de querer mexer na partida e vencê-la. Aos 52’, o central Araújo vê o primeiro amarelo. Quatro minutos depois, o jogo assistia a uma das melhores jogadas do Real, com a bola a passar por vários jogadores, da esquerda para a direita, terminando com o cruzamento de Paulinho para Kifuta desviar mas com André Santos a defender. O Tires responde com um cabeceamento de Ricardo Nunes por cima e com um remate de Patrick à entrada da área. Aos 63’, Rigueiro salta com Caramelo dentro da área e o avançado do Real cai. O árbitro Nuno Mira deixa seguir num lance que deixa muitas dúvidas.

Sete minutos depois, o jogo voltava a ficar desequilibrado a favor do Tires. Ricardo Nunes e Araújo disputam um lance em que o avançado do Tires faz falta primeiro mas é a segunda infracção que é assinalada, resultando no segundo amarelo para o central do Real. Em superioridade numérica, Rui Sousa retira Herman e Nildo por Dani e Pedro Belo. No minuto seguinte, Mota (entrara para o lugar de Tino pouco antes da expulsão de Araújo) está perto do 0-1. Rui Loures cruza para a área, Caramelo não chega mas a bola sobra para Mota colocar ao lado. Pouco depois, ficou um penalty por assinalar contra o Tires por mão da barreira num livre marcado por Mota. No contra-ataque que se seguiu, André Lopes entra na área e remata mas a bola é desviada para canto por Jibril. Aos 80’, um ressalto de bola na área do Real coloca a bola à disposição de Ricardo Nunes que volta a desperdiçar. Depois de vinte minutos agitados, o jogo parece entrar numa toada tranquila a fazer adivinhar o nulo no resultado final.

No entanto, aos 86’, Patrick aponta um canto para a finalização de Viegas ao segundo poste, numa falha de marcação. Nos cantos, não há inferioridade numérica mesmo se se joga com dez. O Tires, para além de não se ter ressentido com a lesão de Ilmo, ainda chegou à vitória com um golo da autoria do jogador que entrara aos 21’ para o lugar de... Ilmo.

+
Herman Diogo
Ladeiras
Paulinho
Tomás Jorge

-
Lembro-me de assistir há uns anos a um jogo em Ponte de Rol, com uma chuva diluviana e o árbitro Nuno Mira a conseguir manter o equilíbrio emocional nas quatro linhas num Ponterrolense-Pero Pinheiro. Em Tires, voltei a observar um árbitro que transmite imensa tranquilidade, característica que aprecio em geral e nos árbitros em particular. No entanto, a sua actuação ficou marcada por alguns lances em que o Real saíu prejudicado, como já referi. Dias melhores virão.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Empatas

A primeira jornada da Série E da 3ªDivisão colocou frente a frente duas equipas que se encontraram na última ronda da época passada.

2/9/2012
Arb: Sandro Soares (AF Leiria)
REAL SC-João Ascenso; David Rosa (cap.), Jibril, Araújo e Rui Loures; Bernardo, Paulinho e Ladeiras; Mota, Tino e Caramelo
Tr. João Silva

CA PERO PINHEIRO-Pescadinha; Fábio Graça, Cláudio Jerónimo, Darry e César; Aguiar (cap.), Saramago e Fernandes; Diogo, Geraldino e Abiud
Tr. Hélder Ferreira

A equipa visitante foi a primeira a chegar à frente, tendo conquistado dois cantos nos primeiros momentos de jogo. O primeiro quarto de hora foi francamente fraco de parte a parte. Aos 26', Mota remata por cima. O Pero Pinheiro respondeu por Saramago e Geraldino mas sem criar perigo para João Ascenso. Ainda assim, o Pero Pinheiro estava mais tempo no meio campo do Real. Aos 35', o central Cláudio Jerónimo desvia de cabeça ao lado um livre apontado por César.
Para o segundo tempo, nenhum dos técnicos fez qualquer substituição. O jogo foi mantendo a mesma toada, valendo essencialmente pelos últimos quinze minutos. Aos 72', Ventura aponta um canto em que a bola ainda bate no poste para, na resposta, o Pero Pinheiro levar algum perigo à outra área. Três minutos depois,  Saramago assiste de cabeça para a marca de grande penalidade, onde surge Geraldino que não perdoa. O empate que se ajustava esta desfeito e constituía um desafio à jovem equipa do Real. Esta respondeu bem e, cinco minutos depois, Jibril coloca a bola nas redes numa bola cruzada já depois de ultrapassada a linha de fundo. O empate surgiria já em cima do último minuto do tempo regulamentar. Primeiro, Pratas cabeceou à barra. Do canto que se seguiu, a bola cruzada por Rui Loures vai ter com o jovem ex-Sacavenense que fez o empate. O resultado final foi o empate a um golo, num jogo fraco em que a melhor equipa em campo foi chefiada pelo árbitro Sandro Soares (AF Leiria).

Para além do árbitro, destaco pela positiva o miolo do Pero Pinheiro, em que os experientes Aguiar e Saramago deram muito trabalho a Bernardo e Paulinho. Da parte do Real, o processo ofensivo depende muito da criatividade de Ladeiras. Tino mostra pormenores que justificam ter andado por clubes com maiores aspirações do que o Real actual.