sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Podiam ter sido mais


28/10/2012-3ªDivisão Nacional – Série E – 6ªJornada
GD PENICHE-REAL SC 0-3
Arb: Rui Soares (AF Santarém)
Peniche-Alemão; André (cap.), Rui Roque, Fernando e Jonathan; Edilson (cap.), Emanuel Caneco e Luís Pinto; Moitinha, #9 e #11
Tr. Vasco Oliveira
Real-João Ascenso; David Rosa (cap.), Jibril, Araújo e Liangxuan; Bernardo, Paulinho e Ladeiras; Tomás, Kifuta e Pratas
Tr. João Silva

A história do jogo resume-se aos golos marcados e, ainda mais, aos golos desperdiçados pelo Real. Tal foi a diferença patenteada pelas duas equipas em campo. Logo aos 7’, após um canto apontado por Ladeiras, Pratas remata ao lado. No minuto seguinte surgiria a primeira perdida de Kifuta num lance em que remata para a baliza mas permite o corte do lateral-esquerdo da equipa da casa, Jonathan. Aos 17’, cruzamento para a área, o central Rui Roque alivia mas a bola sobra para Ladeiras que remata cruzado e ligeiramente ao lado. Um minuto volvido, Paulinho rouba a bola a Edilson no miolo e com um passe perfeito, coloca Kifuta na face do guardião do Peniche, mas o avançado do Real permite a defesa. Do canto que se seguiu surgiria o primeiro golo da partida. Ladeiras aponta, Kifuta falha o cabeceamento mas a bola sobra para Araújo que desfere forte remate sem hipóteses para Alemão. Aos 32’, o lateral direito do Peniche derruba Pratas quando este se isolava e vê apenas o amarelo. Travava assim um lance em que a bola passou por Kifuta e Tomás que, de calcanhar, desmarcou Pratas. Da marcação do livre resulta um pontapé de Ladeiras que embate na trave. Aos 35’ assistiu-se ao primeiro lance do Peniche na área do Real. Boa incursão de Jonathan pela esquerda, cruzamento para o #9 falhar o cabeceamento na área. Seis minutos depois, novamente Jonathan a colocar a bola no camisa 9 local que trabalha bem fora da área mas remata muito por cima. O intervalo chegaria após dois cantos consecutivos a favor do Real mas sem criar perigo.

A segunda parte começou na mesma toada. Aos 47’, David Rosa desce pela direita e cruza para a cabeça de Kifuta que volta a falhar o alvo, fazendo a bola sair por cima da trave. Quatro minutos depois, grande lance de Pratas que acaba por colocar Tomás frente a Alemão, com o jovem guardião do Peniche a evitar o segundo golo do Real. No minuto seguinte, Paulinho progride pelo miolo e assiste Pratas, mas o remate do avançado do Real sai fraco e à figura de Alemão. Ao minuto 54, mais um excelente cruzamento de David Rosa a servir Tomás que cabeceia por cima. O segundo golo tardava mas chegaria seis minutos depois. David Rosa coloca a bola para a entrada de rompante de Pratas que cabeceia para a baliza. Nove minutos depois, Tomás remata de pé esquerdo por cima. O jogo entrou numa toada mais pausada, para que contribuiram também as substituições verificadas dos dois lados. Aos 83’, canto de Ladeiras com Caramelo a subir bem mas a cabecear por cima. Seis minutos depois, o Peniche cria um lance de perigo relativo quando um remate frontal de Edilson sai sobre a barra da baliza à guarda de João Ascenso. No minuto seguinte surgiria o terceiro golo visitante. Moitinha perde a bola no meio campo do Real, David Rosa coloca em Ventura que desmarca Caramelo. O avançado formado no Benfica passa por Alemão e remata para a baliza. Estava feito o resultado final. O árbitro Rui Soares deu três minutos de compensação e ainda haveria tempo para mais um desperdício Real. Incursão de Caramelo pela esquerda com o avançado a cruzar para a entrada ao segundo poste de Ventura que falha o 0-4. Pouco depois soaria o apito final.

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A jovem e frágil equipa do Peniche teve, na minha opinião, em Jonathan (lateral-esquerdo) o melhor elemento. Rápído, teve algumas incursões durante os 71’ em que esteve em campo.

Apesar de Jonathan, David Rosa esteve muito bem, não só defensivamente como na participação no ataque, sector em que colaborou directamente em dois dos golos, para além de ter assistido os seus colegas em lances que seriam desperdiçados.

Com o golo marcado em Peniche (o terceiro esta época), o central Araújo passou a ser o melhor marcador da equipa. A dupla que vai construindo com Jibril parece cada vez mais sólida.

O acesso à bancada é feito por um hall onde estão expostas algumas fotografias históricas do Peniche. Nesta pode ver-se o jovem Jorge Jesus.

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De regresso ao Real, Kifuta tem estado bastante perdulário, apesar de muito activo no ataque. Dá a sensação que quando o primeiro golo surgir, outros se seguirão com naturalidade.

Julgo que foi a primeira vez que saí de um jogo dos Nacionais sem conseguir identificar alguns dos intervenientes. O Grupo Desportivo de Peniche tem no seu historial presenças de destaque na antiga 2ªDivisão Nacional, chegando mesmo a disputar o acesso ao escalão principal do nosso futebol. Hoje em dia, a sua presença nos media (internet incluída) é quase nula. Por outro lado, o estádio não tem instalação sonora em funcionamento, pelo que a constituição das equipas não foi anunciada. Finalmente, os poucos adeptos presentes não permitiram sequer identificar os atletas locais pelos costumeiros incentivos verbais. Sinal dos tempos que o final da 3ªDivisão poderá acentuar.

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