28/10/2012-3ªDivisão Nacional – Série E – 6ªJornada
GD PENICHE-REAL SC 0-3
Arb: Rui Soares (AF Santarém)
Peniche-Alemão; André (cap.), Rui Roque,
Fernando e Jonathan; Edilson (cap.), Emanuel Caneco e Luís Pinto; Moitinha, #9
e #11
Tr. Vasco Oliveira
Real-João Ascenso; David Rosa (cap.), Jibril,
Araújo e Liangxuan; Bernardo, Paulinho e Ladeiras; Tomás, Kifuta e Pratas
Tr. João Silva
A história do jogo resume-se aos golos
marcados e, ainda mais, aos golos desperdiçados pelo Real. Tal foi a diferença
patenteada pelas duas equipas em campo. Logo aos 7’, após um canto apontado por
Ladeiras, Pratas remata ao lado. No minuto seguinte surgiria a primeira perdida
de Kifuta num lance em que remata para a baliza mas permite o corte do lateral-esquerdo
da equipa da casa, Jonathan. Aos 17’, cruzamento para a área, o central Rui
Roque alivia mas a bola sobra para Ladeiras que remata cruzado e ligeiramente
ao lado. Um minuto volvido, Paulinho rouba a bola a Edilson no miolo e com um
passe perfeito, coloca Kifuta na face do guardião do Peniche, mas o avançado do
Real permite a defesa. Do canto que se seguiu surgiria o primeiro golo da
partida. Ladeiras aponta, Kifuta falha o cabeceamento mas a bola sobra para Araújo
que desfere forte remate sem hipóteses para Alemão. Aos 32’, o lateral direito do
Peniche derruba Pratas quando este se isolava e vê apenas o amarelo. Travava
assim um lance em que a bola passou por Kifuta e Tomás que, de calcanhar,
desmarcou Pratas. Da marcação do livre resulta um pontapé de Ladeiras que
embate na trave. Aos 35’ assistiu-se ao primeiro lance do Peniche na área do
Real. Boa incursão de Jonathan pela esquerda, cruzamento para o #9 falhar o cabeceamento
na área. Seis minutos depois, novamente Jonathan a colocar a bola no camisa 9 local
que trabalha bem fora da área mas remata muito por cima. O intervalo chegaria
após dois cantos consecutivos a favor do Real mas sem criar perigo.
A segunda parte começou na mesma toada.
Aos 47’, David Rosa desce pela direita e cruza para a cabeça de Kifuta que
volta a falhar o alvo, fazendo a bola sair por cima da trave. Quatro minutos
depois, grande lance de Pratas que acaba por colocar Tomás frente a Alemão, com
o jovem guardião do Peniche a evitar o segundo golo do Real. No minuto
seguinte, Paulinho progride pelo miolo e assiste Pratas, mas o remate do avançado
do Real sai fraco e à figura de Alemão. Ao minuto 54, mais um excelente
cruzamento de David Rosa a servir Tomás que cabeceia por cima. O segundo golo
tardava mas chegaria seis minutos depois. David Rosa coloca a bola para a
entrada de rompante de Pratas que cabeceia para a baliza. Nove minutos depois, Tomás
remata de pé esquerdo por cima. O jogo entrou numa toada mais pausada, para que
contribuiram também as substituições verificadas dos dois lados. Aos 83’, canto
de Ladeiras com Caramelo a subir bem mas a cabecear por cima. Seis minutos
depois, o Peniche cria um lance de perigo relativo quando um remate frontal de
Edilson sai sobre a barra da baliza à guarda de João Ascenso. No minuto
seguinte surgiria o terceiro golo visitante. Moitinha perde a bola no meio
campo do Real, David Rosa coloca em Ventura que desmarca Caramelo. O avançado
formado no Benfica passa por Alemão e remata para a baliza. Estava feito o resultado
final. O árbitro Rui Soares deu três minutos de compensação e ainda haveria
tempo para mais um desperdício Real. Incursão de Caramelo pela esquerda com o
avançado a cruzar para a entrada ao segundo poste de Ventura que falha o 0-4. Pouco
depois soaria o apito final.
+
A jovem e frágil equipa do Peniche teve,
na minha opinião, em Jonathan (lateral-esquerdo) o melhor elemento. Rápído,
teve algumas incursões durante os 71’ em que esteve em campo.
Apesar de Jonathan, David Rosa esteve
muito bem, não só defensivamente como na participação no ataque, sector em que colaborou
directamente em dois dos golos, para além de ter assistido os seus colegas em
lances que seriam desperdiçados.
Com o golo marcado em Peniche (o terceiro
esta época), o central Araújo passou a ser o melhor marcador da equipa. A dupla
que vai construindo com Jibril parece cada vez mais sólida.
O acesso à bancada é feito por um hall
onde estão expostas algumas fotografias históricas do Peniche. Nesta pode ver-se o jovem Jorge Jesus.
-
De regresso ao Real, Kifuta tem estado
bastante perdulário, apesar de muito activo no ataque. Dá a sensação que quando
o primeiro golo surgir, outros se seguirão com naturalidade.
Julgo que foi a primeira vez que saí de um
jogo dos Nacionais sem conseguir identificar alguns dos intervenientes. O Grupo
Desportivo de Peniche tem no seu historial presenças de destaque na antiga
2ªDivisão Nacional, chegando mesmo a disputar o acesso ao escalão principal do
nosso futebol. Hoje em dia, a sua presença nos media (internet incluída)
é quase nula. Por outro lado, o estádio não tem instalação sonora em
funcionamento, pelo que a constituição das equipas não foi anunciada.
Finalmente, os poucos adeptos presentes não permitiram sequer identificar os
atletas locais pelos costumeiros incentivos verbais. Sinal dos tempos que o
final da 3ªDivisão poderá acentuar.
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