Arb: Luís Estrela
REAL-André Martins; Miguel Gonçalves, Dino (cap.), Bruno Lourenço e Wilson; Kikas, Amar, Ladeiras e Michael; Alcides e Hélder Monteiro. Tr. José Marcos
FUTEBOL BENFICA-Formiga; Naia, Didi, Gerson e Vital (cap.); Batista, Diogo e Fayad (?); Pedro Silva, Adilson e Frutuoso. Tr. Pedro Barroca
A última vez que o Fofó se deslocara ao campo do Real foi derrotado por quatro bolas sem resposta, única derrota sofrida frente ao clube que resultou da fusão entre o Queluz e o Massamá. Esse jogo foi disputado a 4 de Março de 2000. Desde então, os dois clubes estiveram sempre desencontrados. No passado Domingo voltaram a encontrar-se e a partilhar o resultado que já acontecera em 11 de Abril de 1998 – 1-1.
O Real entrou melhor no jogo, assumindo o seu papel de visitante. Apesar do domínio do jogo por parte do Real, não se verificaram lances de verdadeiro perigo para as redes de Formiga. Ao invés, o Fofó marcou na primeira vez que rematou à baliza do Real. Num contra-ataque aos 29’, Adilson cruza para Frutuoso que faz o 0-1. Após o golo do Fofó, o Real deixou de trocar a bola como bem sabe e passou a alinhar num futebol mais directo que só dava vantagem ao adversário. O jogo entrou assim numa fase mais equilibrada. Aos 34’, Amar surge solto na área mas o remate é travado por um defesa do Fofó. Na resposta, Pedro Silva isola-se mas acaba por ser batido pela recuperação da defesa do Real. Em cima do intervalo, volta a acontecer uma situação de parada e resposta. Primeiro é Hélder Monteiro a cabecear à barra para, logo de seguida, Frutuoso fazer o mesmo. Ao intervalo, Barroca faz sair Fayad (?) para entrar Baldé. A perder, o Real voltou a entrar pressionante no segundo tempo. Aos 49’, Miguel Gonçalves tem uma chance num livre frontal mas Formiga faz uma grande defesa. Sete minutos depois, a bola cruza toda a área do Fofó sem que ninguém lhe toque. Aos 61’, Dino cabeceia ao lado num canto. Quatro minutos depois, é a vez do Fofó cabecear ao lado, pelo antigo capitão do Real, Diogo. Entretanto, já José Marcos refrescara a equipa, fazendo entrar os jovens Mota e Rodrigo para os lugares de Amar e Ladeiras. Aos 72’, Rodrigo tem um lance individual pelo lado direito que finaliza por cima. No minuto seguinte, Alcides faz o golo do empate após passe de Hélder Monteiro. O duo da frente de ataque a ser determinante. Até ao final da partida, o lance mais perigoso até acabou por ser do Fofó, através do inevitável Frutuoso. O remate saíu um pouco por cima.
No cômputo geral, o empate aceita-se. A arbitragem de Luís Estrela esteve em geral bem. No entanto, o número de faltas assinaladas a Dino (muitas delas discutíveis), deveriam ter dado lugar à amostragem do segundo cartão ao capitão do Real. Diga-se que o árbitro pareceu evitar qualquer expulsão, dada a demora na amostragem dos amarelos, nomeadamente no lance em que admoestou Gerson no final da partida, parecendo assegurar-se de que o jogador ainda não vira qualquer cartão.
O equilíbrio no resultado final explica-se pela diferença entre uma equipa jovem e uma equipa experiente. Os onzes iniciais apresentaram médias etárias bem distintas. 29,5 anos para a equipa do Fofó e apenas 23,8 para a do Real. Isto significa que, em média, cada um dos onze jogadores que iniciaram a partida com a camisola do Fofó tinham mais quase 6 épocas de futebol nas pernas do que cada um dos seus homólogos no Real. Arrisco dizer que foi esse factor que equilibrou uma partida muito interessante de seguir.
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