domingo, 26 de outubro de 2008

E depois há Braga



O jogador que aparenta mais do que os 25 anos que completou em Junho, jogou 4 épocas nas Escolas do FC Porto. A primeira época como Iniciado já é passada em Paranhos, iniciando um percurso de 9 épocas de vermelho Salgueiros vestido.

Este período culmina com a passagem a sénior em duas épocas na Liga de Honra. Alinhou num total de 27 jogos mas sem marcar ou dar nas vistas. A época 2004/05 começa com os problemas que se conhecem para os lados do Vidal Pinheiro e Braga viu-se sem clube até à reabertura do mercado.

Janeiro de 2005 marca o regresso de Braga ao futebol via Tirsense. À época na 3ªDivisão, os jesuítas viram saír o médio portuense para a sua primeira experiência num clube matosinhense. Estava-se em 2006 e Braga foi jogar para o Leça, também na 3ªDivisão. Ajuda os leceiros na subida e é figura de destaque na época passada. Apesar da descida do Leça, os jogos e os golos de Braga chamaram a atenção dos vizinhos do Leixões, em construção do plantel de José Mota.

Estas primeiras jornadas já mostraram o que alguns já sabiam mas poucos haviam observado. O primeiro ciclo de crescimento fechou-se no Dragão, recinto do clube que Braga começou por representar. As ironias do futebol não deixam de surpreender.

A proeza leixonense


Num País em que apenas 5 clubes se sagraram Campeões, chegar ao 1º lugar da tabela sem se ser um deles, é uma proeza em si mesma.

O centenário Leixões conseguiu-o ontem à noite. Independentemente do que venha a acontecer daqui para a frente, já fica para a História. Valha o que vier a valer porque a memória no futebol é muito curta.

Os antigos bebés de Matosinhos têm nestes herdeiros do século XXI motivo de orgulho. O futebol português não costuma ter grande respeito por grupos de trabalho que conduzem os seus clubes aos patamares mais elevados do futebol. Ao contrário do que ocorre noutras paragens, é raro ver-se um clube que passa, em poucas épocas, da antiga 2ªB à 1ª, manter atletas das épocas passadas nos escalões secundários.

Ora, o Leixões sempre privilegiou as suas escolas e, das 23 presenças no escalão maior do futebol português, foi mantendo uma estrutura forte que assentava em jogadores formados no clube. Dois dos habituais titulares desta época (Bruno China e Nuno Silva) eram já titulares em 2002/03, quando o clube regressou à Liga de Honra.

Comparativamente, o Trofense tem também dois jogadores do plantel da subida à Liga de Honra no grupo desta que é a época de estreia na 1ªDivisão. No entanto, nenhum deles é titular e a subida à Honra foi há apenas 3 épocas...

domingo, 19 de outubro de 2008

Taça da AF Lisboa - Agualva vs Sacavenense


Um dos últimos clubes formados no Portugal dos Reis, o Sacavenense está a cerca de ano e meio de celebrar o 100º aniversário. Desde a década de 50 que não estava tanto tempo afastado das competições nacionais. Esta é a quinta época consecutiva nos Distritais, segunda na 1ªDivisão da AF Lisboa (AFL).

No passado Domingo, sofreu a primeira derrota da época na deslocação ao campo do Ginásio 1ºMaio da Agualva, tendo regressado a Sacavém com três golos na bagagem. Quis o sorteio da Taça da AFL que se voltassem a encontrar, no mesmo recinto, uma semana depois. O técnico Nuno Lopes escalou o onze inicial visível na foto.



Da esquerda para a direita, Cobra, André, Perdigão, António, Paulo Jorge, Jorginho, Alhinho, Bandeira, Estrela, Tiago Gomes e o Capitão Armindo.

A equipa apresentava uma média etária de 24 anos, onde não pontificava o experiente Tino que, aos 37 anos, depois de alinhar com a camisola do rubra e negra em quatro escalões diferentes, ainda marca presença no plantel do “seu” Sacavenense.

Não assisti ao jogo da semana passada. No entanto, o desta tarde foi totalmente dominado pelos de Sacavém que, aos 25 minutos de jogo já tinham igualado o marcador do jogo anterior, mas a seu favor. No final, o resultado foi 5-1.

Destaques para o tridente ofensivo composto por António, Bandeira e Alhinho, assim como para os sempre perigosos lançamentos laterais “à Binya” de Cobra e Perdigão. A jogar à frente dos centrais, o experiente Jorginho foi pendular.

A rever:

O central ANDRÉ (20 anos) veio a época passada dos Juniores do Casa Pia e parece um jogador com capacidade para outros palcos.

ALHINHO (19 anos), cujo nome de baptismo até é Valdo, apresentou técnica, apesar de algum individualismo na segunda metade do jogo. Fez dois golos, ambos em lances de bola parada. No primeiro, marcou da marca de grande penalidade, O segundo foi de livre directo, fazendo a bola entrar no canto inferior direito da baliza do Agualva.

Autor do primeiro golo, o pequeno BANDEIRA (segunda época no clube, proveniente do Palmense) foi sempre um jogador muito móvel, capaz de fazer mossa na defensiva adversária, o que até culminou na sua expulsão, num lance típico do nosso futebol. Reteve a bola com o jogo já interrompido e foi empurrado por um adversário. O árbitro correu para amarelar o defesa do Agualva mas também o avançado sacavenense que terá dito algo que fez o árbitro mostrar novo cartão. A verdade é que o Sacavenense foi superior, mesmo com 10 jogadores.

Olhando para a sua história, o lugar do Sacavenense é outro bem diferente do que agora ocupa. Este início de época promete algo de positivo. Neste caso, só pode passar pela subida ao escalão maior da AFL.