terça-feira, 8 de março de 2011

Pero Pinheiro não passa no Cacém



Há equipas que, pela mais-valia dos seus plantéis, deveriam dominar os campeonatos sem sombra para dúvidas. Deveria ser o caso do Pero Pinheiro mas não é. Composto por jogadores com experiência nos campeonatos nacionais, o Pero Pinheiro deslocou-se ao Cacém no passado Sábado, para defrontar a jovem equipa do Atlético local.


Os onzes:

CACÉM-Pedro Silva; Fogeiro, Ricardão, Sousa, João Correia; Diogo Nogueira, Tiago Nogueira, Seminário; Taveira, Franclim e Abiud


PERO PINHEIRO-Ferro; Rochinha, Runa, Filipe Martins e Cadu; Afonso, Aguiar e Rui Janota; Hélder Costa, Mix e Cláudio Oeiras


Momentos:


8’ – Franclim cruza da direita para o desvio de Abiud, ao lado da baliza de Ferro. Era o primeiro sinal de perigo do Cacém.


13’ – Mix salta mais alto do que os centrais locais e faz o 0-1.


21’ – Livre da direita, marcado por Seminário, com a bola a cruzar a pequena área sem que ninguém lhe toque.


25’ – Ricardão remata de fora da área. Ferro efectua uma defesa de recurso.


33’ – Mais uma jogada pela direita, com Taveira a desviar para a baliza o cruzamento de Fogeiro (1-1).


57’ – Contra-ataque do Cacém concluído por Taveira com um remate em arco por cima da baliza de Ferro.


61’ – Excelente remate em rotação de Abiud. É de fora da área que o Cacém vira o marcador (2-1).


74’ – Livre de Mix à base do poste esquerdo da baliza de Pedro Silva.


86’ – No mesmo lance, Runa e Cláudio Oeiras acertam na trave.

89’ – Runa iguala num pontapé de ressaca de fora da área (2-2).

90’+1 – Cláudio Oeiras coloca a bola na baliza, mas o lance é anulado por fora-de-jogo. Aparentemente mal. '>Veja o vídeo.


90’+4 – Cissé isola-se, sendo travado por Cadu, que recebe ordem de expulsão. Na marcação do livre, Ricardão põe à prova Ferro que responde à altura.


O jogo terminou com um empate a duas bolas e com os jogadores do Pero Pinheiro a pedir satisfações à equipa de arbitragem. A reduzida presença das autoridades (contei três elementos da PSP) levou ao pedido de reforços. Decisão aceitável, considerando os protestos veementes dos visitantes. Inesperado foi o que se assistiu minutos depois. Em ritmo acelerado, deram entrada no Campo Joaquim Vieira três viaturas da PSP, entre as quais uma carrinha, de onde saíram elementos do SIR, de shotguns em punho! Foram chamados a “repôr a ordem pública” como me referiu o agente que interpelei. Se a ordem pública é ter uma dúzia de agentes policiais armados até aos dentes a proteger uma equipa de arbitragem das “bocas” de uma equipa de futebol. Enfim...


Voltando ao jogo, o Pero Pinheiro queixa-se da arbitragem mas deveria queixar-se de si mesmo. Uma equipa com jogadores da qualidade de Filipe Martins, Cláudio Oeiras, Mix e ca. deveria fazer bem melhor. É verdade que a segunda parte foi dominada pelos homens de vermelho e branco. Mas assistir aos jogos desta equipa do Pero Pinheiro fico sempre com a sensação de que os jogadores alinham com alguma sobranceria, cientes da sua superioridade. Mas esta nem sempre se reflecte no reusltado, como foi o caso.


Sem comentários: