REAL – PERO PINHEIRO 1-1
Arb: Aurélio Afonso (AF Lisboa)
REAL SC – André Martins; Miguel Gonçalves, Dino, Job e Wilson; Amar, Kikas e Michael; Hugo Dias, Luís Carlos e Hélder Monteiro
Tr. José Marcos
CA PERO PINHEIRO – Marco Pinto; Cadu, Runa, Topê e Serginho; Geraldino, Aguiar, Micael e Rui Janota; Nuno Almeida e Carolo
Tr. Rui Janota
A jornada inaugural da Série da 3ªDivisão agendou a deslocação do promovido Pero Pinheiro ao terreno do despromovido Real. A equipa da casa, muito renovada, entrou em campo com cinco reforços, um ex-júnior e o regressado Miguel Gonçalves. O Real entrou forte no jogo e podia ter marcado nos primeiros minutos, nomeadamente num lance em que Hugo Dias cruza para Luís Carlos cabecear ao poste.
Ao oitavo minuto de jogo, a equipa do Real chegava ao golo com alguma naturalidade, através de Amar. O Pero Pinheiro demorava a entrar no jogo e o seu primeiro remate surgiu apenas aos 16’. Pouco depois, Marco Pinto defendeu à segunda um livre apontado pelo capitão Dino. Os vinte minutos seguintes só registarm a amostragem de três cartões amarelos a jogadores da equipa da casa, com o árbitro a começar a apresentar uma indisfarçável dualidade de critérios. No minuto 42’, uma mão assinalada a Hélder Monteiro coloca Rui Janota para a marcação do livre. Do cruzamento para a área resulta o empate por Nuno Almeida. O avançado ex-Ass.Charneca que já jogou no Real, roda bem na área e bate André Martins, após saír de posição duvidosa.
Ao intervalo, Rui Janota trocou Micael por Luís Vaz. O Real voltou a entrar melhor no segundo tempo. Logo aos 47’, Miguel Gonçalves conclui um bom lance de ataque rematando para defesa de Marco Pinto. Sete minutos depois, José Marcos troca Hugo Dias por Mota. A toada do jogo estava então dividida, mas sem haver perigo nas áreas. Aos 58’, André Martins defende um livre marcado por Cadu.
Entretanto, o árbitro teve tempo para mostrar mais três cartões a jogadores do Real. Aos 66’, após bom lance de Hélder Monteiro, Amar remata por cima. Sai para entrar Rodrigo. A técnica do jovem Rodrigo mexeu um pouco no jogo, mesmo quando o Real se viu reduzido a dez após Wilson ver o segundo amarelo aos 85’.
A jovem equipa do Real buscou sempre a vitória que esteve perto de alcançar. Aos 87’, Marco Pinto abalroa Rodrigo na área, não deixando alternativa ao árbitro senão assinalar a marca de grande penalidade.
Chamado a marcar, Kikas permite a defesa de Marco Pinto.
Já em período de compensação, o árbitro deixou passar outro lance para castigo máximo. A bola é colocada na área do Pero Pinheiro onde Alcides procura recepcionar sendo derrubado por Luís Vaz. O árbitro mandou seguir.
Num jogo que o Real poderia e deveria ter ganho, o árbitro Aurélio Afonso (AF Lisboa) conseguiu mostrar sete cartões amarelos a jogadores do Real até aos 76’ de jogo. No mesmo período, nenhum jogador do Pero Pinheiro foi admoestado! É obra. Confesso que não me lembro de alguma vez ter assistido a algo assim, mesmo em jogos marcados por um desequilíbrio evidente, o que nem foi o caso desta partida. Não quero retirar daqui quaisquer ilacções mas que foi bizarro, isso foi. Neste contexto, a expulsão de algum dos jogadores do Real era expectável. Acabou por ser Wilson. Isso não impediu o Real de continuar a lutar pela vitória. Só não o conseguiu devido à ineficiência de Kikas na marcação do penalty e do próprio árbitro por fazer vista grossa a outro lance merecedor do mesmo castigo. Quanto à equipa do Pero Pinheiro, diga-se que manteve a espinha dorsal da época passada, apesar da perda das torres da frente. Cláudio Oeiras e Mix saíram e deram lugar a Carolo e Nuno Almeida, jogadores bem diferentes das duas torres. Em teoria, para o futebol jogado na 3ªDivisão, talvez fizesse mais sentido ter mantido uma das duas torres. Carolo e Nuno Almeida são dois jogadores muito parecidos, daí que pouco complementares. A ver vamos como corre a época de regresso do Pero Pinheiro aos Nacionais.
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