Domingo passado, pela primeira vez desde Dezembro de 2004, Sintrense e Real defrontaram-se num jogo oficial no relvado da Portela. A equipa da casa, orientada por Luís Loureiro, apresentou um onze experiente que regista uma média etária acima dos 27 anos – Tiago; Manuel Liz, Ricardo, Sérgio Brás e Rui Loures; Emanuel, Bobó e Tiago Lemos; Paulo Sérgio, Telmo e Nimés. Ao invés, a equipa do Real apresentou-se em Sintra com um onze inicial com uma média etária abaixo dos 23 anos e que contava com dois jogadores com idade de júnior – Mota e Rodrigo. O onze inicial alinhado por José Marcos foi André Martins na baliza, o ex-júnior Paulinho à direita, Dino e Job (outro ex-júnior) como centrais e o regressado Miguel Gonçalves à esquerda. Kikas, Amar e o capitão Dino compunham o meio-campo, deixando as posições mais ofensivas para Rodrigo, Mota e o ponta-de-lança Hélder Monteiro. O jogo foi muito disputado a meio campo durante a primeira meia hora sem registo de lances de perigo para qualquer das balizas. Aos 35’, Telmo fura pela esquerda do ataque sintrense e cruza para Paulo Sérgio rematar de primeira ao lado do poste. Telmo saíria lesionado deste lance, acabando por ser substituído pelo jovem ex-Monte Agraço Queiny. Quatro minutos depois, Rodrigo responde com um lance individual que acaba por finalizar fraco e à figura de Tiago. O jogo chegaria ao intervalo com o nulo que se justificava. Jogava-se o quarto minuto da segunda parte quando o Sintrense chegou ao golo. Um livre colocado na área deixa Sérgio Brás na cara de André Martins. Tal como sucedera no jogo da ronda anterior, a defesa do Real voltou a ser batida num livre.
O Real reagiu bem ao golo e esteve perto da igualdade apenas três minutos volvidos. Numa jogada ensaiada, Dino marca um livre colocando a bola em Miguel que remata para defesa de Tiago.
Cinco minutos depois, novo livre de Dino, com Hélder Monteiro a desviar a bola com a mão.
O jogo voltava a estar repartido sem que surgissem lances de perigo. Entretanto, José Marcos fez saír Amar e Rodrigo para que entrassem Luís Carlos e o ex-júnior Laveiras. No Sintrense, Luís Loureiro trocava o estreante Nimés por Nélson. Com o Sintrense já mais preocupado em defender o resultado, o Real esteve perto do empate aos 77’, com Luís Carlos a rematar às redes laterais da baliza de Tiago.
Não empatou o Real, marcou o Sintrense no minuto seguinte. A defesa do Real voltou a demonstrar alguma passividade e o veterano Paulo Sérgio aumenta a vantagem do Sintrense para 2-0.
O Real volta a reagir bem e Hélder Monteiro, desmarcado pelo capitão Dino, remata às malhas laterais. Dois minutos depois, nova oportunidade desperdiçada por Hélder Monteiro que falha a conclusão a um cruzamento de Luís Carlos.
Já com Alcides no lugar de Miguel Gonçalves, o Real chegaria ao golo. Aos 84’, o central Ricardo deixa a bola passar-lhe sobre a cabeça e Dino não desperdiça, reduzindo para 2-1. Quando se esperava que o Real fosse em busca do empate, o Sintrense voltou a marcar no minuto seguinte. Ainda antes da linha de meio campo, Manuel Liz faz um chapéu de abas largas a André Martins que se encontrava adiantado. Aos 87’, nova desmarcação de Dino, com Mota a rematar para defesa de Tiago. Aos 89’, é Dino que salta solto na área mas a cabeçada sai à figura de Tiago. No início do período de compensação, o auxiliar Vítor Simões assinala uma falta que até surpreende Queiny...
Ainda haveria tempo para novo perdida do desinspirado Hélder Monteiro e para uma tentativa de Job para nova defesa de Tiago.
Numa partida equilibrada, o resultado foi definido pela capacidade do Sintrense concretizar as suas oportunidades, ao contrário do que aconteceu com a jovem equipa do Real. As duas equipas sintrenses terão de melhorar bastante se quiserem atingir os primeiros lugares da tabela. A arbitragem de Pedro Silva, apesar de não isenta de erros e de nem sempre bem auxiliada, esteve bem.
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