sábado, 26 de janeiro de 2013

Chuva chegou a equilibrar

20/1/2013
REAL SC-SL CARTAXO 3-0
Arb:José Gorjão (AF Beja)
Real-André Martins; David Rosa, Jibril (Cap.), Araújo e Rui Loures; Bernaro, Paulinho e Ladeiras; Tomás, Mota e Pratas
Tr.João Silva
Cartaxo-Calvin; Kiko, Ruas (Cap.), D.Costa e Serginho; Barata, Tiago Montez e Sérgio Vieira; João Costa, Pedro Soares e Sacramento
Tr.João Barroca

O temporal que se sentiu durante toda a partida tornou o jogo mais equilibrado do que seria de esperar. O terreno encharcado não facilitava a circulação da bola e a capacidade de adaptação ao terreno de jogo seria determinante. Habituada a jogar um futebol apoiado, a equipa do Real não passou por dificuldades defensivas mas teve problemas em chegar ao golo, apesar do resultado final parecer indicar o contrário.

Ao oitavo minuto de jogo, o Real esteve perto de inaugurar o marcador. Tomás foge pela esquerda, ganha a linha e cruza para Mota rematar para defesa de Calvin com o pé direito. Apesar do domínio evidente, o Real teve muitas dificuldades em criar situações de golo. Ao minuto 24, Tomás cabeceia por cima. Cinco minutos depois, Paulinho e Pratas criam algum perigo mas o golo ía sendo adiado. Perto do intervalo, um choque entre Mota e o lateral direito Kiko deixa o jogador do Cartaxo lesionado. É com Kiko a receber assistência que o Real chega ao primeiro golo. David Rosa coloca em Tomás do lado direito. Tomás passa por Diogo Costa, progride no terreno e cruza para a entrada de Mota para o 1-0. Ainda antes do apito para o intervalo, há um remate de Rui Loures de fora da área que Calvin defende com alguma dificuldade.

Para a segunda metade, o técnico do Cartaxo troca o lesionado Kiko por Batista e Tiago Montez por Tito, um dos jovens juniores que os visitantes tiveram de utilizar neste jogo. Jogava-se o minuto 55 quando Bernardo puxou Sacramento à entrada da área, vendo amarelo. Do livre apontado por Sérgio Vieira resultaria defesa eficaz de André Martins, num dos raros lances em que teve de intervir. Onze minutos volvidos surgiria um lance similar na área contrária.

Amarelo a Batista por mão na bola à entrada da área. Na marcação, Ladeiras atira para golo mas Calvin impede o segundo do Real. Aos 70', troca de juniores na equipa do Real, com Mota a sair para a entrada de Miguel Cardoso. Na primeira intervenção, e após um bom lance individual, Miguel Cardoso remata por cima. Pouco depois, nova alteração na equipa do Real, com a saída de Tomás para a entrada de Milton. No minuto seguinte, Pratas remata por cima após cruzamento de Paulinho. No minuto 81, o técnico visitante fazia a última alteração, fazendo sair João Costa para entrar o júnior João Ferreira.

Se a intenção de João Barroca era chegar ao empate, três minutos foram suficientes para deixar cair essa ideia. Rui Loures aponta o canto e Jibril faz o segundo golo, cabeceando solto na pequena área. O jogo parecia agora decidido. O Real estava a coberto de algum lance esporádico que poderia trazer dissabores frente a uma equipa que só não perdeu um dos jogos que disputou até ao momento. Pouco antes de ser concedido o tempo adicional a disputar, João Silva fez sair Bernardo e entrar Tiago Morgado.

Foi já no segundo dos três minutos de compensação concedidos que o Real chegou ao 3-0 final. Calvin repõe a bola em jogo mas o jovem Tito perde para David Rosa que coloca na esquerda em Miguel Cardoso. Este ganha a linha de fundo e cruza para a finalização de Pratas.

O jogo terminaria pouco depois com a vitória indiscutível da melhor equipa em campo. Num jogo em que a chuva forte procurou equilibrar a contenda, a jovem equipa do Real deu uma resposta cabal das suas capacidades de superação.

O jogo foi tão exigente que opto por não fazer destaques individuais. Ainda assim, registe-se uma das melhores arbitragens a que assisti esta época. Por outro lado, a equipa do Cartaxo merece elogios. Apesar da situação terrível que atravessa, não faz anti-jogo, procura jogar a bola sem entrar em picardias desnecessárias. Se tudo isto é merecedor de elogios, é ainda mais quando falamos de uma equipa que veio jogar com o Real com um registo de 0 vitórias, 1 empate e 13 derrotas.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Difícil, suado e justo

13/1/2013
Estádio Municipal da Lourinhã
SC LOURINHANENSE-REAL SC 0-1
Arb:Nuno Croino (AF Évora)
Lourinhanense-Dário; Diogo Bento, Edgar Garcia, Marco Ramos (Cap.) e José Carlos; Bruno Antunes, João Ferreira e Paulo Inácio; Paulinho, Ricardinho e Pedro Fonseca
Tr.Alberto Bastos Lopes
Real-André Martins; Romano, Jibril (Cap.), Araújo e Rui Loures; Bernardo, Paulinho e Ladeiras; Tomás, Mota e Pratas
Tr.João Silva

O Real conquistou os três pontos na deslocação à Lourinhã, numa partida muito disputado mas nem sempre bem jogada. Ainda assim, o Real teve o jogo quase sempre controlado e criou mais chances de golo.

A primeira oportunidade de golo surgiu ao minuto nove num lance de que só tenho imagens da parte final. Pratas passa para Mota que surge entre os centrais do Lourinhanense mas remata à figura de Dario. A resposta da equipa da casa surgiria três minutos depois. Paulinho cruza para a área onde Pedro Fonseca surge nas costas da defesa do Real mas cabeceia ao lado, desperdiçando um tipo de lance em que não costuma perdoar. Aos 21', bom lance individual de Mota sobre José Carlos, com o jogador do Real a flectir para o meio, mas a rematar muito por cima. Três minutos depois, o Real voltava a estar perto do golo. Tomás deixa Edgar Garcia para trás e cruza para a área, onde Mota volta a colocar por cima.

O Lourinhanense só criou algum perigo aos 28'. Ricardinho aponta um livre junto ao banco do Real. A bola ganha um efeito estranho e acaba prensada entre a mão direita de André Martins e a barra, perdendo-se o lance. Pouco depois, Diogo Bento cruza para a área, Romano precipita-se no salto e a bola sobra para remate de Ricardinho que é desviado por Araújo. Ao minuto 33', cruzamento de Ricardinho, Jibril falha a intercepção naquele que terá sido o único erro durante todo o jogo, e a bola sobra para Edgar Garcia que, à 
segunda, remata à base do poste. Dois minutos volvidos, João Ferreira foge a Bernardo mas o remate sai muito por cima. No minuto 37, Ladeiras consegue fugir às marcações cerradas no miolo e remata mas a bola sai muito por cima. Próximo do intervalo, na sequência de um livre, a bola sobra para Mota que, à entrada da área, remata muito fraco e ao lado.

O início do segundo tempo ficou marcado por um lance incrível. Pratas foge à marcação de Edgar Garcia ainda antes da linha de meio campo e dispara em direcção à área do Lourinhanense, onde é derrubado por Bruno Antunes. O árbitro eborense teve uma leitura diferente que até os defesas da casa surpreendeu. Não só não assinalou a grande penalidade, como admoestou Pratas com o cartão amarelo.

No minuto 51, a bola esteve perto das duas balizas. Primeiro foi Paulinho a rematar de fora da área e Dário a desviar com dificuldade. Na resposta, o Paulinho do Lourinhanense isolou Ricardinho que rematou para boa defesa de André Martins. Cinco minutos decorridos, dois cantos consecutivos favoráveis à equipa da casa levam a bola para perto da baliza do Real. Pouco depois, Pedro Fonseca sai da área e cruza para João Ferreira que, após rodar sobre Araújo, remata por cima, desperdiçando boa chance de marcar.

Ao minuto 63, livre apontado por Mota que Tomás está perto de desviar já na pequena área. Dois minutos depois, excelente passe de Ladeiras isola Tomás que remata muito por cima. Jogava-se o minuto 67 quando surgiu o único golo da partida. Contra-ataque conduzido por Mota que Edgar Garcia procura cortar mas a bola sobra para Paulinho que não perdoa frente a Dário. O Real estava na frente do marcador. Bastos Lopes mexe na equipa, fazendo sair Edgar Garcia e Paulinho para as entradas de Daniel e Paulo Ricardo.

No minuto seguinte, o árbitro assinala falta duvidosa à entrada da área do Real. Chamado a marcar, José Carlos remata forte de pé esquerdo mas ao lado. Aos 76', João Silva substitui Ladeiras pelo estreante Milton, jogador experiente com passagem marcante pelo Casa Pia e que esteve no Loures até Dezembro.

Três minutos depois, Paulinho recupera a bola, passa para Mota que coloca Tomás frente a Dário. No entanto, o remate sai fraco e à figura. Os técnicos voltam a mexer nas equipas. No Lourinhanense, saíu Bruno Antunes para a entrada do avançado brasileiro Fabrício. No Real, saíu Paulinho para entrar Miguel Santos.

No minuto 83, Diogo Bento cruza para área onde Ricardinho roda sobre Romano e remata ao poste, naquela que foi a melhor chance de golo do Lourinhanense em toda a segunda parte. Seria também a última oportunidade da equipa da casa. Dois minutos depois, Pratas passa para Tomás e procura desmarcar-se. Tomás isola o colega de ataque mas Dário faz a mancha e evita o segundo golo do Real.

A três minutos do fim do tempo regulamentar, Tomás coloca a bola na área onde Milton ganha a dianteira a João Ferreira e tenta desviar para a baliza com a bola a sair ao lado, num lance de finalização de dificuldade elevada. David Cardoso entrou para o lugar de Tomás e o árbitro concederia três minutos de compensação, período em que nada de registo se verificou.

O Real soube sofrer quando teve de sofrer, característica fundamental para uma equipa que quer subir na tabela.

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Ladeiras já mostrou alguns dos pergaminhos que o tornaram uma esperança.

Apesar de ter visto o amarelo muito cedo, Paulinho foi sempre muito activo e ainda apontou o golo que deu os três pontos ao Real.

Jibril tem vindo a assumir-se como o patrão da defesa do Real. Esteve perto da perfeição.

Mota tem uma capacidade técnica tremenda. Quando dominar os tempos de jogo, decidindo melhor aos lances, poderá tornar-se um caso sério.

Rui Loures regressou à lateral esquerda e esteve muito bem, principalmente quando a defensiva do Real foi posta à prova por um Lourinhanense em busca do empate.

Após o lance em que Ricardinho atira ao poste, Milton esbracejou e gritou para os seus colegas. Algo que fazia falta no Real desta época.

No Lourinhanense, a capacidade técnica de Ricardinho e Paulinho não tem o acompanhamento merecido.

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O árbitro eborense esteve mal em termos técnicos, sendo o lance em que acaba por mostrar o amarelo a Pratas o mais sintomático.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Empate ajustado

6/1/2013
REAL SC-URD TIRES 1-1
Arb:Pedro Ramalho (AF Évora)
Real-André Martins; Romano, Miguel Santos, Araújo e Gong; Bernardo, Paulinho (Cap.) e David Cardoso; Tomás, Ventura e Pratas
Tr.João Silva
Tires-Pedro Carvalho; Pedro Conceição (Cap.), Viegas, Tiago Basílio e Zé Pedro; Rocha, Herman Diogo e Pedro Bello; Patrick, Nildo e André Lopes
Tr.Rui Sousa

O primeiro quarto de hora foi marcado pelos dois golos do jogo. Aos 4', Ventura aponta o canto, Bernardo salta ao primeiro poste mas a bola é desviada por um defesa do Tires para a entrada de cabeça de Pratas. Onze minutos depois, Paulinho derruba Pedro Bello. Do livre resultaria o golo do Tires que faria o resultado final. Patrick aponta de pé esquerdo, a bola bate na parte interior do poste e entra na baliza à guarda de André Martins que parece mal batido. O jogo que começava praticamente empatado a um golo para cada lado continuaria a ser interessante de seguir. Dois minutos após o empate do Tires, Tomás aponta um livre, Gong salta com Basílio e a bola sai muito perto do poste. Seria canto mas o árbitro assinala pontapé de baliza, num de vários erros de análise cometidos ao longo da partida. Na reposição, Pedro Carvalho coloca a bola no meio campo do Real, onde Nildo, de cabeça, coloca em André Lopes. Entre os defesas do Real, o avançado do Tires remata muito torto quando poderia isolar-se. Aos 25', bom lance de Herman pela esquerda que termina com remate cruzado para defesa de André Martins. Pouco depois, em mais uma reposição de bola de Pedro Carvalho, a bola sobra para André Lopes que, com um excelente passe, isola Patrick. Frente a Andre Martins, este coloca por cima. O Tires voltava a dispôr de uma chance para se adiantar no marcador. Até ao intervalo, o jogo foi sendo muito disputado e equilibrado mas sem que lances de perigo surgissem. No minuto 45, Tiago Basílio vê amarelo num lance em que confronta Ventura por lance  
disputado com Viegas, sem que se perceba exactamente o que terá ocorrido. Pouco depois, bom pormenor técnico de Bernardo que depois coloca em Tomás. Este acaba tocado por Zé Pedro que vê o primeiro amarelo. O livre apontado por Tomás sai à figura de Pedro Carvalho, Araújo cai na área em lance com Nildo mas o árbitro nada vê. De imediato, apita para o intervalo.

Para a segunda metade, não se registaram alterações nos onze. Ao minuto 49, Viegas derruba Tomás e vê amarelo. Do livre quase surge auto-golo de um defesa do Tires. Dois minutos depois, David Cardoso cruza para Tomás que tenta finalizar com um toque de habilidade, mas a bola é desviada por um defesa do Tires.

Ao minuto 55 assiste-se a um lance absurdo. Paulinho corta a bola num lance em que Patrick acaba no chão. O lance prossegue e a bola passa por Pedro Bello que a perde pouco depois. Bernardo acaba por rematar de muito longe e fraco. De imediato, Pedro Bello aborda o médio do Real de forma despropositada. Em mais uma demonstração de falta de categoria, o árbitro admoesta ambos.

O jogo passava então por uma fase menos atraente e muito faltoso. Aos 58', Romano é derrubado por Herman que vê amarelo. Três minutos depois, já com cartão amarelo, Zé Pedro entra de forma precipitada sobre Pratas e deixa a sua equipa reduzida a dez jogadores. Em superioridade numérica, esperava-se que o Real tomasse conta da partida e chegasse à vitória mas isso não viria a acontecer.

Aos 65', Rui Sousa mexeu na equipa, fazendo sair Pedro Bello e Patrick para a entrada de João Simões e Ricardo Nunes. No Real, foi o estreante David Cardoso a sair para a entrada de Ladeiras. Três minutos volvidos, bom lance do recém entrado Ricardo Nunes pela esquerda. O avançado do Tires cruza para a área, onde Araújo desvia de forma incompleta. A bola acaba por ir parar aos pés de Nildo mas Gong salva o Real. No minuto seguinte, novo lance de algum perigo do Tires. Ricardo Nunes isola Herman na esquerda que remata cruzado mas à figura de André Martins. Logo depois, Ricardo Nunes cabeceia para defesa de André Martins após um lance em que parecia ser o Tires a ter superioridade numérica. Passados dois minutos, nova alteração no Real, com João Silva a trocar Ventura por Guilherme, antigo jogador do Vilafranquense. No minuto 79, Tiago Basílio coloca a bola na área na marcação de um livre onde André Lopes sobe mais alto que Gong e cabeceia para defesa apertada de André Martins. A cinco minutos do fim do tempo regulamentar, Bernardo foi substituído por Tiago Morgado. Quatro minutos depois, Tiago Morgado cruza após incursão pela esquerda mas Tomás desvia de cabeça ao lado. Era a melhor chance de golo do Real no segundo tempo. Ainda antes do árbitro assistente mostrar os minutos de compensação concedidos, o Tires fez a última substituição, saindo André Lopes para a entrada de Pedro Teixeira. Os três minutos de compensação foram passados quase por completo no meio campo defensivo do Tires mas sem que o Real conseguisse criar perigo.

O resultado final parece ajustar-se, considerando as oportunidades de golo de cada uma das equipas. Ainda assim, num jogo equilibrado, foram mais os períodos em que o Tires esteve por cima do Real do que o inverso, mesmo quando em inferioridade numérica. 

+
Já no jogo da primeira volta havia ficado com uma boa impressão da equipa do Tires. Bem organizada por Rui Sousa, tem em comum com o Real o facto de possuir um plantel jovem. Curiosamente, é a única equipa que perdeu pontos com o Cartaxo.

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O árbitro da AF Évora demonstrou pouca segurança no controlo da partida, teve diversos erros técnicos e a sua actuação não agradou a ninguém.

Ladeiras tarda a reencontrar-se após lesão contraída em Ponte de Sôr. Muita falta faz ao onze do Real.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Para recordar


29/12/12
Campo Pardal Monteiro
CA PÊRO PINHEIRO-REAL SC 3-2
Arb:Sérgio Pita (AF Portalegre)
P.Pinheiro-Ady; Maruca, Darry, Cláudio Jerónimo e João Domingos; Aguiar (Cap.), Saramago e Tununo; Diogo, Geraldino e Kiko
Tr.Hélder Ferreira
Real-André Martins; David Rosa, Jibril (Cap.), Miguel Santos e Liangxuan Gong; Bernardo, Paulinho e Sérgio; Tomás, Ventura e Pratas
Tr.João Silva

Logo a abrir, Tununo derruba Tomás que, de livre, remata colocado para boa defesa de Ady. O Real entrou no jogo em grande, conquistando vários cantos e obrigando Ady a mostrar-se. A primeira vez que o Pêro Pinheiro foi lá à frente, o central Darry desvia de cabeça à entrada da área, com a bola a sair muito ao lado (8'). Dois minutos depois, de um livre apontado por David Rosa, surgiu o primeiro golo do Real, apontado por Jibril, que desvia para as redes. A perder, a equipa da casa procura reagir. Aos 14', há um remate de Tununo muito por cima. No minuto seguinte, um lance insólito em que, após cinco toques de cabeça de cinco jogadores difrentes, a bola encontra Kiko que remata à barra. O jogo entrou então numa fase sem lances dignos de registo até que, entre os 24' e 27', cantos favoráveis ao Pêro Pinheiro originam alguma confusão na área do Real que a defesa forasteira acaba por resolver. Na resposta, dois lances consecutivos em que Ventura bate Maruca mas falha o cruzamento. Ao minuto 35, Jibril vê amarelo por jogo perigoso sobre Kiko. Até ao intervalo, o golo esteve perto de acontecer para o Real.

Aos 34', Ady salva o Pêro Pinheiro de sofrer o segundo golo num lance que começa numa perda de bola de Darry no miolo e que termina com um remate de Tomás para grande defesa do guardião da casa. Em cima do apito do árbitro para o intervalo, Darry derruba Tomás num lance semelhante ao que viu Jibril ser amarelado, mas o árbitro da AF Portalegre não foi da mesma opinião. Da marcação do livre resulta mais um milagre de Ady ao defender um remate de Tomás para o poste.

Para a segunda metade da partida, Hélder Ferreira opera duas alterações na sua equipa, trocando Cláudio Jerónimo e Diogo por Maniche e André. Logo a abrir, Kiko ganha algum espaço na área e tenta rematar à meia volta mas o remate sai ao lado. Este lance parecia demonstrar que a equipa da casa iria em busca do empate mas o Real não deixou e tinha o jogo controlado. No entanto, aos 56', o árbitro assinala a primeira das duas grandes penalidades a favor do Pêro Pinheiro.

As imagens não esclarecem e o árbitro até parece dirigir-se primeiro a Darry. Acaba por mostrar o cartão a Jibril e assinalar a marca de grande penalidade. O Real ficava com dez e poderia sofrer o golo do empate. Chamado a marcar, Saramago coloca do lado direito de André Martins que impede o empate.

João Silva é forçado a recompor a defesa. Para tal, troca Sérgio por Araújo. O futebol directo do Pêro Pinheiro acentuava-se cada vez mais. De um canto, surgiu perigo para a baliza do Real. Primeiro, num remate parado por David Rosa perto da linha de golo. Depois num cabeceamento de Darry que saíu por cima. Em novo lance de bola parada, André Martins não permite o desvio de Kiko na pequena área. Ao minuto 66, nova substituição na equipa da casa, com a saída de Aguiar para a entrada de Abiud. Seis minutos depois, era o Real a aumentar a vantagem. Excelente passe de David Rosa que isola Tomás. Este, perante a saída de Ady, coloca para as redes fazendo o 0-2.

Pouco depois do reatamento, Ventura sai para a entrada de Ladeiras. A intenção seria a de privilegiar a posse de bola. Quanto menos posse de bola tivesse o Pêro Pinheiro, menos bolas bombeadas seriam colocadas na área do Real. Nada disto aconteceu.

Ainda assim, os dois golos de vantagem do Real persistiram até ao minuto 83. Maruca cai num lance com Tomás em que não parece existir falta e, do livre resulta o primeiro golo do Pêro Pinheiro, com Darry a cabecear sem oposição. Cinco minutos depois, João Silva opera a última alteração, trocando Tomás por Rui Loures. No recomeço partida surge o 2-2, num lance bem exemplificativo da forma de jogar do Pêro Pinheiro.

Saramago recebe a bola de Ady e progride sem qualquer oposição. Ultrapassa a linha que divide as duas metades do terreno de jogo e coloca a bola na área onde Darry chega à bola antes de André Martins e faz o empate.

Sérgio Pita concede 4' de compensação. No recomeço (novamente...), Saramago cruza para a área e a bola bate no braço direito de Bernardo Ribolhos. Como há muito se sabe, estes lances estão cada vez mais dependentes do critério do árbitro. Coerente com as decisões caseiras do segundo tempo, Sérgio Pita volta a apontar a marca de grande penalidade. Kiko aponta para o lado esquerdo de André Martins e coloca o Pêro Pinheiro em vantagem no marcador.

A partir daí, só houve tempo para os jogadores da casa perderem... tempo. Mesmo antes do apito final, Pratas ainda fura à entrada da área mas remata fraco e à figura do guardião da casa.

O Real acaba por sair derrotado de um jogo em que esteve a vencer durante 79 minutos. Os livros dizem que isso não pode simplesmente acontecer, mas os livros são os livros. Uma coisa é certa, há algumas equipas da Série E que jogam um futebol bem característico dos Distritais, usando e abusando do futebol directo. Por outro lado, a gestão dos tempos de jogo quando em vantagem é dos livros. O Pêro Pinheiro é exemplo evidente desse tipo de jogo. Goste-se ou não, é mesmo assim. Na verdade, não há muitas equipas assim. Até as equipas do Cartaxo e do Peniche procuram jogar um futebol mais trabalhado. Pessoalmente, sou daqueles que prefere perder sem manha do que vencer com manha, perder a tratar bem a bola do que ganhar a maltratar a coitada. Cabe a cada equipa perceber que preferências tem a este nível e assumi-las dentro de campo.

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André Martins - é verdade que o jovem guardião formado no Sporting já comprometeu em alguns jogos desde que representa o Real. Daí que não surpreenda alguma intranquilidade que, de quando em vez, apresenta. Não só por isso, mas também por isso, destaco a sua exibição no passado sábado. Muito para além do penalty que defendeu, revelou segurança mesmo quando a sua área foi atingida de forma intensiva pela artilharia pesada do Pêro Pinheiro. O lance do 2-2 não retira brilho à exibição. A manter.

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Uma arbitragem de nível bem aceitável no primeiro tempo transformou-se após o intervalo. A partir daí, saíu tudo à casa. Mesmo em termos disciplinares. Até as arbitragens se vão ajustando à realidade do futebol português 2013/14. Oxalá me engane.