SG SACAVENENSE-REAL SC 2-0
Arb:Eugénio Arez (AF Algarve)
Sacavenense-Hugo; Beto, Runa (Cap.), Alassane e Bebé; Manuel, Neio e Serginho; Leo, Beirão e Leo
Tr.Nuno Carvalho
Real-André Martins; David Rosa, Jibril (Cap.), Araújo e Paulinho; Milton, Ladeiras e Tiago Morgado; Tomás, Miguel Cardoso e Pratas
Tr.João Silva
Sacavenense e Real encontraram-se no passado domingo sabendo que a equipa que saísse derrotada desceria de divisão. Para o Real isso era seguro, para o Sacavenense era muito provável. A vitória do Sacavenense revelar-se-ia fundamental para o apuramento do clube da casa para a disputa da subida de divisão. Uma vitória do Real não teria alterado o seu destino, dado que o Pero Pinheiro conseguiu sair de Ponte de Sôr com os três pontos.
Foi o Real a primeira equipa a criar perigo quando, aos 7', após a marcação de um canto, Pratas desviou de cabeça ao lado. Mas o jogo foi desde muito cedo pautado por disputas no meio campo e sem grandes rasgos de perigo de parte a parte. Foi num lance algo confuso que o Sacavenense chegou à vantagem. Ao minuto 18, a bola sobra para Beirão que bate André Martins.
Num jogo em que a vitória era obrigatória e até poderia ser insuficiente, o Real não conseguiu reagir ao golo sofrido. Até ao intervalo, para além da entrada do experiente Pedro Neves (antigo jogador do Alverca de 1ª) para o lugar de Neio, registo apenas para dois remates. Primeiro foi David Rosa a rematar ao lado. Depois foi Serginho.
Para a segunda parte, João Silva deixa Milton e Ladeiras no balneário e faz entrar Ventura e Caramelo. Voltaria a ser o Real a primeira equipa a criar perigo. Aos 48', excelente remate de fora da área de Miguel Cardoso ao poste. A bola ainda sobra para Tomás, que cruza para cabeceamento perigoso de Pratas ao lado. A fazer companhia a Pratas na frente de ataque, Caramelo começava a ganhar algumas bolas nas alturas, mas os lances não resultavam em perigo para as redes do Sacavenense.
Aos 56', Elvis coloca em Leo que fura entre David Rosa e Araújo. O pequeno avançado do Sacavenense fica frente a André Martins mas não consegue ultrapassar o guardião do Real. Três minutos depois, Elvis sai para a entrada de Maurício. À passagem do minuto 64, Tomás surge em posição de remate do lado direito mas o canhoto hesita e o lance perde-se. Quatro minutos depois, contra-ataque sacavenense volta a colocar Leo face a André Martins. O avançado ultrapassa o guarda-redes mas David Rosa recupera a tempo de impedir o segundo golo do Sacavenense. Aos 72', João Silva esgota as alterações, trocando Pratas por Sérgio. No minuto seguinte, Pedro Neves cabeceia para o segundo golo respondendo a um cruzamento da direita. Numa altura algo morta da partida e em que o Sacavenense estava há muito numa postura de contenção, o Real ficava a três golos da vitória na partida.
Quatro minutos depois, Serginho sai para a entrada de Moita. Durante o tempo regulamentar, destaque para novo remate de Miguel Cardoso de fora da área para defesa de recurso de Hugo. Nos cinco minutos de compensação concedidos pelo árbitro Eugénio Arez, entre os amarelos a Maurício e Alassane por demora na reposição da bola em jogo, destaque apenas para um lance do Real. Paulinho ganhou a linha de fundo, cruzou para a área mas Sérgio falhou o desvio para golo.
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Alassane - após o apito final, o central senegalês aproximou-se de Pratas e confortou o seu antigo colega de equipa.
Paulinho - o único jogador do Real que deixou lágrimas e suor no relvado do Sacavenense. Paulinho foi muito provavelmente o jogador mais regular em toda a época. É, portanto, dos que menos merecia este destino. Numa altura em que é prematuro falar da próxima época, aqui fica uma palavra de conforto a Paulinho e extensível ao plantel. Vocês têm muita qualidade mas a sorte não quis nada convosco esta época. Não desistam.
Sacavenense - à semelhança do Real, o centenário clube de Sacavém apostou numa equipa muito jovem para disputar a última edição de sempre da 3ªDivisão. As dificuldades eram previsíveis mas acabaram por garantir o apuramento. Seria bonito se conseguissem subir.
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Serginho - o médio do Sacavenense tem tanto de bom jogador como de "malandro". Sistematicamente em busca de confronto, só mesmo uma arbitragem fraquinha o livrou de ver o amarelo durante os 77' em que esteve em campo.
Sacavenense - considerando os resultados que se verificavam nas restantes partidas, a vitória era fundamental. Mas a gestão de tempo foi muito exagerada. Começou logo após a marcação do primeiro golo e acentuou-se com o aproximar do fim do jogo, apesar da vantagem no marcador ter duplicado aos 73'. Risco zero, portanto.
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