sábado, 9 de março de 2013

Nulo penalizador

3/3/2013
REAL SC-ElÉCTRICO FC 0-0
Arb:André Narciso (AF Setúbal)
Real-André Martins; David Rosa, Jibril (Cap.), Miguel Santos e Paulinho; Milton, Tiago Morgado e Ladeiras; Miguel Cardoso, Tomás e Mota
Tr.João Silva
Eléctrico-Tiago Marinheiro; Balela, Carlos Carneiro, Jojó e Nivaldo; André Dias, David Nunes, Rui Costa e Crisanto; Billy e Yoruba
Tr.Américo Rosa

O nulo final penaliza a falta de capacidade das duas equipas em criar oportunidades de golo. Ainda assim, a haver um vencedor, este só poderia ter sido o Real, a equipa que mais fez por conquistar os três pontos. Pontos que tanta falta fazem para concretizar os objectivos do clube.

Logo ao minuto 3, bom lance pela direita que termina com Ladeiras a rematar de uma posição frontal mas por cima. O Real era a única equipa que atacava mas sem criar perigo. Aos 16', cruzamento de Tomás para cabeceamento fraco e à figura de Miguel Cardoso. Pouco depois, num lance praticamente igual, foi Mota a cabecear ao lado.

Apesar da iniciativa de jogo continuar a pertencer ao Real, a equipa não conseguiu criar chances para marcar. Entre os minutos 35 e 37, assistiu-se a algumas entradas mais duras de jogadores alentejanos, que resultaram em amarelos para Rui Costa e Billy.

À passagem do minuto 43, surgiu a grande chance de golo da primeira parte.  Canto apontado por Tomás e cabeceamento de Miguel Santos que passa pouco ao lado. Antes do apito para o intervalo, Jibril e Yoruba protagonizaram algumas picardias desnecessárias que o árbitro deixou passar sem mostrar cartões.

Para a segunda parte, João Silva substituiu o seu capitão por Araújo. Aos 48', um cruzamento de Miguel Cardoso leva a bola a beijar a barra da baliza à guarda de Tiago Marinheiro. Nove minutos depois, remate de Mota de fora da área que está perto de surpreender o gigante que ocupa a baliza da equipa de Ponte de Sôr.

A resposta alentejana era escassa. David Nunes remata torto e a bola sai mesmo pela linha lateral. Pouco depois, Yoruba remata à entrada da área à figura de André Martins. No minuto 67, amarelo a Crisanto que, já com com o cartão na mão do árbitro, atira a bola para longe em sinal de desagrado. Não percebo porque é que, em lances destes, os árbitros não admoestam o jogador a dobrar. Um jogador que atira a bola para longe com o jogo parado é amarelado, pelo que faria todo o sentido.

Na marcação do livre que se seguiu, apontado por Tomás, Milton cabeceia, Tiago Marinheiro defende e Miguel Santos recarga para o fundo das redes. O árbitro assistente assinala fora-de-jogo e as imagens parecem dar-lhe razão.

João Silva opta por colocar um ponta-de-lança e troca Miguel Cardoso por Caramelo. No Eléctrico, Américo Rosa faz sair André Dias para a entrada de Paéco.

Três minutos depois, Rui Costa vê o segundo amarelo num lance em que Tomás cai. Parece algo exagerado pois o médio do Eléctrico até procura evitar o contacto. No minuto 78, na sequência de um canto, a bola sobra para Mota que remata colocado ligeiramente por cima, num lance em que o guardião do Eléctrico estava batido. No minuto seguinte, Tiago Morgado combina com Paulinho no flanco esquerdo, o cruzamento é parado pelo guarda-redes do Eléctrico mas a bola sobra para Tomás que remata contra o corpo de Tiago Marinheiro. O Real continuava por cima mas não marcava.

Aos 80', sai Mota para entrar Pratas e Billy para a entrada de Alberto. Cinco minutos depois, Yoruba falha cabeceamento num dos raros lances que levaram perigo relativo à área do Real. Pouco depois, a bola passa pela pequena área defensiva do Real sem que surja o desvio.

Ainda antes dos 90', Araújo coloca a bola na área onde Caramelo recebe de costas para a baliza mas não consegue virar quando estava numa posição privilegiada. Nos cinco minutos de compensação concedidos pelo árbitro, para lá da última substituição do Eléctrico (Yoruba por Serginho) e de um amarelo por perda de tempo para o guardião alentejano, nota para um bom lance do Real. A bola passa por David Rosa, Pratas e Tomás antes da finalização de pé esquerdo de Paulinho por cima.

O resultado final penaliza bem mais o Real que continua a lutar por um lugar nos seis que disputarão a subida. Amanhã, o jogo frente ao Sacavenense é decisivo. Para o Real, apenas a vitória interessa. Mas se o Pero Pinheiro vencer em Ponte de Sôr, uma vitória do Real não só não servirá os seus intuitos como poderá relegar o Sacavenense. Pede-se concentração e controlo emocional.

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Lucílio Batista assistiu à prestação do árbitro André Narciso que se saíu bem na generalidade dos lances.

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