O Benfica saíu do National Arena de Bucareste com os três pontos. No entanto, o jogo deixou a sensação de que o Benfica não tinha necessidade de terminar a partida em aflição. Mas, para que tal não tivesse ocorrido, teria sido necessário uma equipa que assumisse o favoritismo e consequente controlo da partida desde o seu início. Quem sabe se ainda recordado de jogos em que foi acusado de ser demasiado ousado, Jesus parece passar por um período mais cauteloso. Se os cuidados no jogo frente ao United se aceitam, o técnico do Benfica terá perdido uma oportunidade de derrotar o Porto na Sexta-Feira anterior no Dragão, num jogo em que a equipa acabou mesmo por se ver na necessidade de recuperar de duas situações de desvantagem no marcador. Desta feita, o adversário era o modesto Otelul Galati, campeão romeno na época passada 'à Boavista' e que ocupa actualmente um lugar a meio da tabela na liga romena. Era por demais evidente que o favoritismo era dos encarnados e, se dúvidas houvesse, os primeiros minutos da partida, tê-las-iam dissipado. Mas o Benfica não foi 'mandão' como, tudo o indica, poderia ter sido. Porquê?
A hipótese que me parece mais plausível tem na pergunta parte da resposta. Consciente da superioridade da equipa, Jesus 'sabia' que o golo (os golos...) acabaria por surgir sem que fosse necessário impôr um ritmo extra-treino. Esta discrepância entre o 'deixa andar' e o 'não arrisco' afasta o Benfica de ter uma consistência exibicional que traduza em campo uma filosofia de jogo própria. Jogar 'à Benfica' já não se sabe bem o que é há vários anos. Até é compreensível que não se possa jogar com qualquer adversário alterando apenas pequenas nuances tácticas mas julgo ser o objectivo. Isso iria contribuir para o fortalecimento do tal 'jogar à Benfica'. O trabalho nos treinos deveria servir para o aprofundamento diário dessa filosofia de jogo. Durante cada partida, a equipa técnica teria como missão principal os ajustes necessários a cada momento do jogo. Nada de novo. Foi assim com o Ajax, é assim com o Barcelona.
A hipótese que me parece mais plausível tem na pergunta parte da resposta. Consciente da superioridade da equipa, Jesus 'sabia' que o golo (os golos...) acabaria por surgir sem que fosse necessário impôr um ritmo extra-treino. Esta discrepância entre o 'deixa andar' e o 'não arrisco' afasta o Benfica de ter uma consistência exibicional que traduza em campo uma filosofia de jogo própria. Jogar 'à Benfica' já não se sabe bem o que é há vários anos. Até é compreensível que não se possa jogar com qualquer adversário alterando apenas pequenas nuances tácticas mas julgo ser o objectivo. Isso iria contribuir para o fortalecimento do tal 'jogar à Benfica'. O trabalho nos treinos deveria servir para o aprofundamento diário dessa filosofia de jogo. Durante cada partida, a equipa técnica teria como missão principal os ajustes necessários a cada momento do jogo. Nada de novo. Foi assim com o Ajax, é assim com o Barcelona.
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