16/12/2012
3ªDivisão - Série E - 11ªJornada
REAL SC-SG SACAVENENSE 3-1
Arb:Nuno Alvo (AF Algarve)
Real-André Martins; David Rosa, Jibril (Cap.), Miguel Santos e Liangxuan Gong; Bernardo, Paulinho, Ventura e Tomás; Caramelo e Pratas
Tr. João Silva
Sacavenense-Carlos Gomes; Duarte, Runa (Cap.), Papa e Bebé; Neio, Serginho e Carlos Moita; Soca, Leandro e Peter
Tr. Nuno Carvalho
Até ao jogo de domingo passado, os jogos entre Real e Sacavenense resultavam num empate total. Três vitórias para cada clube, seis empates e 10-10 em golos. Desta feita, o Sacavenense deslocava-se ao campo do Real como líder da Série E. Como vem acontecendo nesta época, as duas equipas apresentaram onzes sub-21, com médias etárias praticamente iguais - 20,5 (Real) e 20,9 (Sacavenense). O que se assistiu não desiludiu quem gosta de futebol.
Foi o Sacavenense a entrar melhor na partida, demonstrando o porquê de liderar a prova. Ao quarto minuto, Soca é autor do primeiro remate mas a bola sai por cima. Três minutos depois, Peter roda sobre Miguel Santos e remata mas a bola sai à figura de André Martins. Pouco depois, Ventura recupera a bola no miolo e lança um ataque perigoso em que a bola passa por Caramelo e Tomás, que procura assistir Pratas. O avançado que defrontou os seus antigos colegas deixou-se antecipar por Bebé. Aos 13', Carlos Moita ganha a bola perante dois defesas do Real mas André Martins sai rapidamente da baliza e faz a mancha. Seis minutos volvidos, bom lance do Real pela esquerda. A bola passa por Pratas e Ventura, que cruza para remate de Tomás por cima. Pouco depois, Caramelo desmarca Tomás, o guardião sacavenense sai e derruba o jogador do Real. O árbitro aponta para a marca de grande penalidade e mostra amarelo a Carlos Gomes. Na cobrança, Tomás remata rasteiro para o lado direito de Carlos Gomes e inaugura o marcador. Ao minuto 24, Runa vê cartão amarelo por derrubar Pratas.
O Sacavenense procurava o empate mas sem criar perigo. Viria a conseguir o seu objectivo num lance manifestamente infeliz para o capitão do Real. Bom lance de envolvimento do Sacavenense, com Neio a descobrir a entrada de Serginho pela esquerda. Ao cruzamento de Serginho não chega Peter mas Jibril desvia para as redes para infelicidade da equipa da casa. Pouco depois de marcar num lance extremamente feliz, o Sacavenense esteve perto de sofrer um golo num lance fortuito. Jibril marca um livre ainda antes da linha de meio campo, a bola bate no solo à entrada da área e Pratas quase desvia antes da bola chegar às mãos de Carlos Gomes.
A cinco minutos do intervalo, Ventura coloca em Pratas que tenta isolar-se mas é derrubado por Runa. O central e capitão do Sacavenense foi expulso por acumulação de amarelos. A braçadeira passou para Carlos Moita e a bola ficou à disposição do pé esquerdo de Tomás. O livre saíu para cima do guarda-redes que não evitou o segundo golo do Real. No mesmo minuto, o Sacavenense via-se a jogar em inferioridade numérica e em desvantagem no marcador. Para reequilibrar a sua linha defensiva, Nuno Carvalho trocou Leandro por Luís Dias.
No segundo tempo, o primeiro lance digno de nota registou-se aos 50' quando Soca voltou a colocar a bola na pequena área sem que alguém a desviasse. Três minutos depois, João Silva substitui Caramelo por Araújo. A iniciativa de jogo cabia ao Sacavenense que iria abrir espaços que poderiam ser aproveitados pelos jogadores mais móveis do Real.
O Sacavenense não conseguia criar perigo e Nuno Carvalho voltaria a mexer na equipa, trocando Soca por Fábio Horta. No entanto, apenas dois minutos depois, Neio falha a intercepção ao passe de Tomás para Pratas, que remata para boa defesa de Carlos Gomes. Na recarga, Ventura faz o terceiro golo, saindo de posição legal, apesar das dúvidas que surgiram no campo. O marcador estava agora em 3-1 e dava razão à estratégia de João Silva, muito criticado aquando da troca de Caramelo por Araújo.
A perder por dois golos de diferença, Nuno Carvalho arrisca ainda mais, ao trocar Bebé por Fábio Zacarias. No minuto seguinte, este risco só não resultou no quarto golo do Real porque Tomás desperdiçou o que seria um hat trick, após lance bem construído com Paulinho. Este lance marcaria o final da partida para o Real. A partir daquele momento, só daria Sacavenense.
Aos 76', Mota renderia ventura mas não conseguiria ser o jogador perigoso que se conhece. Três minutos depois, um bom lance de Fábio Horta é travado por Jibril à entrada da área. O Capitão do Real vê amarelo.
Ao minuto 82, a capacidade técnica de Fábio Zacarias esteve em evidência num lance em que Gong vê amarelo por parar o antigo colega de Jibril e David Rosa nos Juniores do Real (2007/08). O Sacavenense não permitia ao Real sair em contra-ataque mas também não encontrava argumentos para bater a defensiva do Real. Pouco depois, o árbitro mostrava ter aprendido a aplicar a lei da vantagem, depois do Real-Oeiras da época passada.
Aos 87', o Sacavenense cria algum perigo num livre em que Papa salta mais alto na área mas a bola sai por cima da trave. Logo depois, no Real, Paulinho sai para a entrada de Tiago Morgado.
No último minuto do tempo regulamentar, Fábio Zacarias coloca em Peter que remata cruzado e ao lado da baliza do Real. Nos três minutos de compensação, nota apenas para o amarelo a Serginho. Conflituoso, o jogador do Sacavenense escapou ao amarelo até derrubar Mota. O apito final surgiria logo após um livre frontal apontado por Luís Dias e que saíu muito torto.
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Pode parecer exagerado dizê-lo, principalmente se considerarmos a posição do Real na tabela classificativa. Ainda assim, a meu ver, Real e Sacavenense são, tecnicamente, as duas melhores equipas da Série E.
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Talvez surpreendidos pelas dificuldades que foram sentindo ao longo da partida, alguns jogadores do Sacavenense passaram todo o jogo a reclamar. Neste particular, o destaque vai para o lateral direito Duarte Rico.
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