Taça da Liga
Estádio José Gomes
Arb: André Gralha
ATLÉTICO – Botelho; Luís Dias, Rolão (cap.), Vítor Bastos e Leandro Pimenta; João Meira, Marcelo e Coelho; Filipe Ferreira, Bruno Carvalho e Tiago Caeiro
Tr. João de Deus
FREAMUNDE – Assis; João Amorim, Luís Pedro (cap.), Sérgio Nunes e Serginho; Nana K, Bruno Magalhães e Luciano; Tarcísio, Marco Matias e Bock
Tr. Nicolau Vaqueiro
Naquela que foi a estreia do Atlético na Taça da Liga, a equipa de Alcântara recebeu o Freamunde no Estádio José Gomes, na Reboleira. Após uma entrada forte do Atlético, com Coelho em evidencia, o Freamunde começou a equilibrar a partida. Aos 9’, praticamente na primeira vez que chegou à baliza do Atlético, o Freamunde coloca a bola nas redes à guarda de Botelho. Bock estaria fora-de-jogo. Três minutos depois, novo lance na área do Atlético. A bola sobra para Nana K que não consegue melhor do que rematar à figura de Botelho. Pouco depois, Coelho cruza para a cabeça de Filipe Ferreira mas Assis defende. Aos 23’, remate forte de Serginho às malhas laterais das redes à guarda de Botelho. De seguida, Bock remata cruzado ao lado. O Atlético passava por maus momentos. Aos 27’, Coelho perde a bola a meio-campo, provocando algum perigo para os seus colegas da defesa. A cena voltaria a repetir-se duas vezes, num decréscimo evidente na prestação do jovem cedido pelo Benfica.
A partir da meia-hora de jogo, a partida entrou numa toada mais morna que durou até ao intervalo, sem que surgissem mais lances de perigo. João de Deus e Nicolau Vaqueiro não efectuaram mexidas nas equipas ao intervalo. Ao contrário do que acontecera na primeira, o Freamunde entrou mais forte na segunda parte, chegando ao golo aos 50’. Marco Matias desmarca-se nas costas de Rolão e remata cruzado sem hipóteses para Botelho. Depois do golo sofrido, João de Deus troca Filipe Ferreira por Ailton, colocando o ponta-de-lança internacional pela Guiné Bissau encostado ao flanco esquerdo do ataque do Atlético. Aos 61’, Bock está perto do segundo golo na sequência de um canto.
João de Deus volta a mexer na equipa. Retira Coelho e coloca Laurindo em campo. O médio formado no Est.Amadora impôs um ritmo novo na partida, visível pouco depois (65’), numa jogada em que combinou com o lateral Luís Dias. A jogada culminou com um cruzamento para a área, onde Ailton rematou mas a bola rechaçou num defesa do Freamunde. Na sequência deste lance, Nicolau Vaqueiro trocou Luciano por João Rodrigues. Seis minutos depois, João Meira (jogo fraco a meio-campo) foi rendido por Saramago. O jogo estava algo partido, sucedendo-se jogadas de um lado e do outro. Aos 78’, Bock não consegue evitar uma boa defesa de Botelho que evitava assim o 0-2, numa jogada de contra-ataque. Dois minutos depois, Nicolau Vaqueiro faz duas substituições, fazendo entrar Hélder Sousa e Pedro Henrique para os lugares de Tarcísio e Marco Matias. Aos 84’, na marcação de um livre, Leandro Pimenta remata ao lado da baliza de Assis. Em mais um contra-ataque, o recém entrado Pedro Henrique remata cruzado ao lado da baliza do Atlético. O jogo aproximava-se do fim e o último lance digno de registo ocorreu já em período de compensação quando Ailton remata forte para uma grande defesa de Assis, que garantia assim os três pontos do Freamunde.
Observações:
- A adaptação de Leandro Pimenta a lateral esquerdo foi muito prejudicial para o Atlético. O jovem médio cedido pelo Benfica, antigo capitão dos Juniores da equipa encarnada, nunca conseguiu adaptar-se à posição, falhando muitos passes.
- Na defesa do Atlético, nota positiva apenas para o jovem vimaranense Vítor Bastos e para o seguro lateral Luís Dias. O capitão Rolão pareceu estranhamente intranquilo.
- João Meira, Bruno Carvalho e Tiago Caeiro estiveram como que ausentes do jogo. Curiosamente, os dois últimos jogaram durante os 90’.
- Laurindo e Ailton demonstraram ser opções merecedoras do onze inicial, por aquilo que mostraram no pouco tempo em que alinharam na partida.
- Luís Pedro e Sérgio Nunes (sim, o central que chegou a jogar no Benfica) formaram uma dupla de centrais muito segura.
- Marco Matias e Bock formam uma dupla terrível. O jovem formado no Sporting e com contrato com o V.Guimarães parece ter um grande futuro à sua frente, consiga conter alguma tendência para se envolver em picardias desnecessárias. O veterano e temível Bock (melhor marcador da última edição da Liga de Honra) é daqueles jogadores que sabe tudo de futebol. Domina os tempos de jogo, “comunica” com o árbitro, ganha posição frente a defesas mais fortes e mais rápidos, remata bem e revela um oportunismo impressionante. Nunca jogou no escalão principal. Porque será ?
- O Atlético poderá e deverá retirar lições deste jogo. As competições da Liga são bem diferentes da 2ªDivisão, principalmente no ritmo de jogo, mais do que na qualidade individual dos atletas. Com a saída de Rudi e Carlitos, parece-me que mudar demasiado a equipa base que resta não trará nada de positivo. Pode ser que me engane.
- Não fiz referência a qualquer lance que envolvesse a equipa de arbitragem. Ainda bem. É muito bom sinal.
- O Estádio José Gomes já foi palco de jogos de bancadas repletas. Ver aquelas bancadas desertas é triste mas ainda mais triste é a situação em que o clube seu proprietário se encontra.
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