CARTAXO-Travessa; Praia, Gil, Tiago Pedrosa e Casimiro (cap.); Bruno Ferreira, Ruas e Ricardo; Renato, Tiago Dias e Joel. Tr. Cláudio Madruga
O jogo do passado Domingo estava marcado por alguma expectativa após a saída o avançado Hélder Monteiro para o Praiense. O Real vinha de quatro jogos consecutivos sem conhecer a derrota e a ausência do jogador guineense era um teste à forma como José Marcos preparara a equipa. Era evidente que a forma de jogar se teria de alterar um pouco pois, apesar de não ter marcado qualquer golo com a camisola do Real, Hélder Monteiro revelara-se determinante nos lances aéreos e no espaço que abria no ataque para as entradas dos seus colegas. Por outro lado, Alcides jogaria mais só na frente de ataque. No final da partida ninguém se terá lembrado de Hélder Monteiro e esse é o melhor elogio que se pode fazer a José Marcos e seus comandados.
O jogo começou com o Real a mostrar que pretendia impôr-se e conquistar os três pontos. Aos onze minutos, Hugo Dias coloca em Alcides que remata por cima. O Real estava por cima mas não criava lances de perigo real para a baliza de Travessa. Assim, foi com surpresa que a equipa do Cartaxo chegou ao golo, num lance em que o atraso de Wilson para André Martins foi bem aproveitado por Joel para abrir o marcador. Considerando a forma como o jogo decorria, não se sentiu que o golo viesse a afectar as pretensões do Real e isso confirmou-se. Logo no reatamento, Michael remata ao lado. Aos 23’, Hugo Dias isola-se mas Travessa faz bem a mancha. Pouco depois, Michael ganha lance a Tiago Pedrosa mas volta a rematar ao lado. Quatro minutos depois, é o capitão Dino que tenta o chapéu a Travessa na área mas a bola sai demasiado curta. Aos 31’, registo para um bom lance de Renato mas que é concluído com um remate muito torto. O Real viria a chegar ao empate que se justificava aos 39’, num lance em que Bruno Ferreira desvia a bola com a mão dentro da área. Chamado a converter, Luís Carlos faria o 1-1, resultado com que se chegaria ao intervalo.
Adivinhava-se uma segunda parte em que o Real iria em busca da vitória e assim foi. Logo no minuto inicial, Alcides tem um bom remate de fora da área mas ao lado. De seguida, o mesmo Alcides aproveita um lance semelhante ao que deu origem ao golo do Cartaxo para desfazer a igualdade. Aos 49’, Amar remata em arco mas a bola sai ligeiramente ao lado. O Real continuava por cima no jogo mas, aos 55’, Hugo Dias é forçado a sair por lesão. O jovem Mota entra para o seu lugar e estaria em evidência, ao marcar o terceiro golo e ao fazer o cruzamento para o quarto golo, da autoria de Ladeiras. A cerca de dez minutos do final do tempo regulamentar e a perder por 1-3, a equipa do Cartaxo ainda teve alguns lances de ataque mas que não chegaram a criar perigo para as redes à guarda de André Martins.
Num jogo em que as duas equipas apresentaram onzes jovens (média de 22,3 anos para o Real e de 25,5 para o Cartaxo), a vitória assenta bem à equipa da casa que somou o quinto jogo consecutivo sem perder. A arbitragem da equipa chefiada pelo setubalense Micael Rechena esteve à altura do jogo. Uma nota apenas para alguns dos cartões mostrados. Dada a demora na amostragem, pareceu reagir à bancada, o que é sempre negativo.