quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Real bate Cartaxo

REAL-André Martins; Paulinho, Bruno Lourenço, Dino (cap.) e Wilson; Kikas, Amar e Michael; Luís Carlos, Hugo Dias e Alcides. Tr. José Marcos



CARTAXO-Travessa; Praia, Gil, Tiago Pedrosa e Casimiro (cap.); Bruno Ferreira, Ruas e Ricardo; Renato, Tiago Dias e Joel. Tr. Cláudio Madruga




O jogo do passado Domingo estava marcado por alguma expectativa após a saída o avançado Hélder Monteiro para o Praiense. O Real vinha de quatro jogos consecutivos sem conhecer a derrota e a ausência do jogador guineense era um teste à forma como José Marcos preparara a equipa. Era evidente que a forma de jogar se teria de alterar um pouco pois, apesar de não ter marcado qualquer golo com a camisola do Real, Hélder Monteiro revelara-se determinante nos lances aéreos e no espaço que abria no ataque para as entradas dos seus colegas. Por outro lado, Alcides jogaria mais só na frente de ataque. No final da partida ninguém se terá lembrado de Hélder Monteiro e esse é o melhor elogio que se pode fazer a José Marcos e seus comandados.




O jogo começou com o Real a mostrar que pretendia impôr-se e conquistar os três pontos. Aos onze minutos, Hugo Dias coloca em Alcides que remata por cima. O Real estava por cima mas não criava lances de perigo real para a baliza de Travessa. Assim, foi com surpresa que a equipa do Cartaxo chegou ao golo, num lance em que o atraso de Wilson para André Martins foi bem aproveitado por Joel para abrir o marcador. Considerando a forma como o jogo decorria, não se sentiu que o golo viesse a afectar as pretensões do Real e isso confirmou-se. Logo no reatamento, Michael remata ao lado. Aos 23’, Hugo Dias isola-se mas Travessa faz bem a mancha. Pouco depois, Michael ganha lance a Tiago Pedrosa mas volta a rematar ao lado. Quatro minutos depois, é o capitão Dino que tenta o chapéu a Travessa na área mas a bola sai demasiado curta. Aos 31’, registo para um bom lance de Renato mas que é concluído com um remate muito torto. O Real viria a chegar ao empate que se justificava aos 39’, num lance em que Bruno Ferreira desvia a bola com a mão dentro da área. Chamado a converter, Luís Carlos faria o 1-1, resultado com que se chegaria ao intervalo.






Adivinhava-se uma segunda parte em que o Real iria em busca da vitória e assim foi. Logo no minuto inicial, Alcides tem um bom remate de fora da área mas ao lado. De seguida, o mesmo Alcides aproveita um lance semelhante ao que deu origem ao golo do Cartaxo para desfazer a igualdade. Aos 49’, Amar remata em arco mas a bola sai ligeiramente ao lado. O Real continuava por cima no jogo mas, aos 55’, Hugo Dias é forçado a sair por lesão. O jovem Mota entra para o seu lugar e estaria em evidência, ao marcar o terceiro golo e ao fazer o cruzamento para o quarto golo, da autoria de Ladeiras. A cerca de dez minutos do final do tempo regulamentar e a perder por 1-3, a equipa do Cartaxo ainda teve alguns lances de ataque mas que não chegaram a criar perigo para as redes à guarda de André Martins.




Num jogo em que as duas equipas apresentaram onzes jovens (média de 22,3 anos para o Real e de 25,5 para o Cartaxo), a vitória assenta bem à equipa da casa que somou o quinto jogo consecutivo sem perder. A arbitragem da equipa chefiada pelo setubalense Micael Rechena esteve à altura do jogo. Uma nota apenas para alguns dos cartões mostrados. Dada a demora na amostragem, pareceu reagir à bancada, o que é sempre negativo.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Portugal a laser



Aquando da deslocação da Selecção à Bósnia, foi dado destaque à perseguição a laser de que Cristiano Ronaldo foi alvo. O próprio considerou mesmo que justificava o seu gesto injustificável. Como temos tendência para copiar rapidamente os (maus) exemplos que vêm lá de fora, bastou esperar pelo jogo da segunda mão. Como a experiência foi "positiva", nada como manter a tendência e é o que se tem visto. Neste fim-de-semana, tanto no Benfica-Sporting como no Porto-Braga se viram os ditos lasers. Parece que aqui ao lado, um espectador identificado como tendo usado tal objecto, foi multado em 4.000€ e impedido de assistir a jogos de futebol durante dois anos. Ora aqui está um (bom) exemplo a seguir, não?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Brincar aos sorteios ?

Quando li que o sorteio dos Oitavos-de-Final da Taça também iria definir os Quartos-de-Final, pensei que a FPF quereria poupar um sorteio. Motivos económicos ? Talvez. Desde logo imaginei cenários em que as equipas faziam contas e percebiam que seria preferível não passar aos Quartos-de-Final. Lembre-se que o sorteio de amanhã já estava definido nestes termos e ainda havia equipas da 3ªDivisão em prova. Imaginei um Ribeira Brava-Mirandela nos Oitavos-de-Final emparelhado com o vencedor de um Nacional-Tirsense. Será que o Mirandela teria interesse em derrotar o Ribeira Brava para depois, com elevada probabilidade, voltar à Madeira para defrontar o Nacional ? Quando fiz este comentário a um colega, este disse-me que poderia ver as coisas de outro prisma. Esse prisma seria um em que o emparelhamento para os Quartos-de-Final motivaria os clubes de forma suplementar nos Oitavos. Não sei.


Uma coisa é certa. Sortear uma eliminatória de cada vez é a única forma de evitar qualquer tipo de extrapolação que ponha em causa aquilo que deve ser apenas e só uma eliminatória da prova raínha do futebol português. Fazê-lo da forma como se irá processar o sorteio de amanhã, poderá dar azo a inúmeros cenários que têm pouco de futebol e muito de calculismo de gestão dos clubes em época de tremenda austeridade. Não havia necessidade.

domingo, 20 de novembro de 2011

Sacavenense-Real deu empate

13/11/2011

SACAVENENSE-Carlos Gomes; Pedro Marques, Diogo, Vilela e Bebé; Sandro, Armindo (cap.), Amaral e Rodrigo; Godinho e Cacito. Tr. Luís Silva




REAL-André Martins; Miguel Gonçalves, Bruno Lourenço, Dino (cap.) e Wilson; Kikas, Michael, Ladeiras e Amar; Alcides e Hélder Monteiro. Tr. José Marcos






Num jogo equilibrado que não teve oportunidades de perigo durante os primeiros minutos, o Real chegou ao golo aos 19’, num lance em que a bola chega ao fundo das redes após um lançamento lateral e depois de ser cabeceada por quatro jogadores. Raro! Na resposta, Bebé marca um livre que Dino desvia para a baliza mas André Martins defende. Aos 25’, por lesão, Sandro é substituído por Salvador. Seis minutos depois, livre de Amaral e Diogo cabeceia para defesa de André Martins. O Sacavenense procurava o empate. Pouco depois, Rodrigo (Sacavenense) remata forte, mas de muito longe e ao lado. Aos 35’, Amaral remata à figura do Guarda Redes do Real. Pouco depois, o irrequieto Salvador vê o primeiro amarelo. O Real concedia a iniciativa do jogo ao Sacavenense que não criava lances de perigo. Para a segunda parte, Luís Silva troca o capitão Armindo e faz entrar o jovem Paulo Neves. Aos 50’, três cantos consecutivos favoráveis à equipa da casa. Cinco minutos depois, Salvador remata de longe à figura de André Martins. Aos 60’, José Marcos troca Amar por Tiago Gonçalves. No minuto seguinte, surge o golo do Sacavenense. Cacito antecipa-se a Wilson e faz o golo do empate que seria resultado final. Aos 65’, Godinho marca um livre por cima. Três minutos depois, uma substituição para cada equipa. No Sacavenense, sai Rodrigo para entrar Tiago Antunes e, no Real, sai Ladeiras para a entrada de Rodrigo. Aos 71’, Dino marca um livre frontal muito por cima. Pouco depois, Tiago Antunes imita o capitão do Real. No minuto seguinte, José Marcos esgota as substituições, trocando Alcides por Luís Carlos. O jogo continuava dividido mas sem surgirem lances de perigo. Aos 87’, Miguel Gonçalves vê o segundo amarelo em três minutos e é expulso. O Sacavenense apostava tudo em chegar à vitória e Diogo cai na área em dois lances com Wilson. O árbitro nada assinalou e os jogadores da casa também não protestaram. Já em período de compensação, Salvador também é expulso por acumulação de amarelos. Nos instantes finais, Bebé consegue escapar da amostragem de amarelo em duas faltas sobre Hélder Monteiro. O jogo terminaria pouco depois, com o central Vilela a jogar inferiorizado nos últimos minutos do jogo. Numa partida bem arbitrada pela equipa dirigida por José Figueiredo, o Real continua sem perder em Sacavém e a Série E da 3ªDivisão mantém o equilíbrio pontual, a duas jornadas do final da primeira volta da 1ªFase.

Noite histórica em Coimbra



Para que se tenha uma noção do carácter histórico do que ocorreu esta noite em Coimbra, refira-se que, em 72 edições da Taça de Portugal, foi apenas a sexta derrota do FC Porto por três golos sem resposta. Em 62/63, os dragões deslocaram-se ao terreno do Belenenses para jogar a segunda mão dos ¼ de Final e perderam 3-0, sendo eliminados. Em 66/67, o adversário foi o V.Setúbal e jogava-se a primeira mão das Meias-Finais. No Bonfim, três golos de Pedras deixavam os portistas com uma tarefa complicada para a segunda mão, onde acabariam por empatar a quatro bolas. Em 68/69, Benfica e Porto encontraram-se nos 1/16 de Final na Luz. Dois golos de Eusébio depois de um auto-golo de um defensor portista fizeram o resultado. Em 73/74, as Meias-Finais tiveram o primeiro Porto-Benfica pós 25 de Abril. Foi nas Antas e dois golos de Nené e um de Eusébio fizeram o resultado. A última derrota por 0-3 dos portistas na Taça até esta noite foi sofrida no António Coimbra da Mota frente ao Estoril. Jogavam-se os 1/64 de Final da edição de 78/79. Foi há quase 33 anos! Nas anteriores cinco ocasiões em que o Porto perdeu jogos por 0-3 na Taça de Portugal, os vencedores da prova foram o Sporting (2), V.Setúbal, Benfica e Boavista. Já agora, os portistas já viveram os resultado de 3-0 a seu favor em 29 jogos a contar para a Taça de Portugal, num total de 388 jogos disputados.

Do lado dos estudantes, a vitória desta noite foi a oitava por 3-0 e apenas a segunda neste século. As anteriores foram frente a V.Setúbal (43/44), Belenenses (50/51), Oriental (57/58), Oliveirense (66/67), Almada (72/73), Olhanense (78/79) e Almancilense (2004/05). Nessas épocas, a briosa chegou duas vezes à Final, uma às Meias-Finais e duas aos Quartos-de-Final. Por três vezes, foi eliminada pelo Benfica. Veremos se a História se repete ou se passará a conter novos capítulos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Real e Futebol Benfica empatam






Arb: Luís Estrela




REAL-André Martins; Miguel Gonçalves, Dino (cap.), Bruno Lourenço e Wilson; Kikas, Amar, Ladeiras e Michael; Alcides e Hélder Monteiro. Tr. José Marcos







FUTEBOL BENFICA-Formiga; Naia, Didi, Gerson e Vital (cap.); Batista, Diogo e Fayad (?); Pedro Silva, Adilson e Frutuoso. Tr. Pedro Barroca







A última vez que o Fofó se deslocara ao campo do Real foi derrotado por quatro bolas sem resposta, única derrota sofrida frente ao clube que resultou da fusão entre o Queluz e o Massamá. Esse jogo foi disputado a 4 de Março de 2000. Desde então, os dois clubes estiveram sempre desencontrados. No passado Domingo voltaram a encontrar-se e a partilhar o resultado que já acontecera em 11 de Abril de 1998 – 1-1.







O Real entrou melhor no jogo, assumindo o seu papel de visitante. Apesar do domínio do jogo por parte do Real, não se verificaram lances de verdadeiro perigo para as redes de Formiga. Ao invés, o Fofó marcou na primeira vez que rematou à baliza do Real. Num contra-ataque aos 29’, Adilson cruza para Frutuoso que faz o 0-1. Após o golo do Fofó, o Real deixou de trocar a bola como bem sabe e passou a alinhar num futebol mais directo que só dava vantagem ao adversário. O jogo entrou assim numa fase mais equilibrada. Aos 34’, Amar surge solto na área mas o remate é travado por um defesa do Fofó. Na resposta, Pedro Silva isola-se mas acaba por ser batido pela recuperação da defesa do Real. Em cima do intervalo, volta a acontecer uma situação de parada e resposta. Primeiro é Hélder Monteiro a cabecear à barra para, logo de seguida, Frutuoso fazer o mesmo. Ao intervalo, Barroca faz sair Fayad (?) para entrar Baldé. A perder, o Real voltou a entrar pressionante no segundo tempo. Aos 49’, Miguel Gonçalves tem uma chance num livre frontal mas Formiga faz uma grande defesa. Sete minutos depois, a bola cruza toda a área do Fofó sem que ninguém lhe toque. Aos 61’, Dino cabeceia ao lado num canto. Quatro minutos depois, é a vez do Fofó cabecear ao lado, pelo antigo capitão do Real, Diogo. Entretanto, já José Marcos refrescara a equipa, fazendo entrar os jovens Mota e Rodrigo para os lugares de Amar e Ladeiras. Aos 72’, Rodrigo tem um lance individual pelo lado direito que finaliza por cima. No minuto seguinte, Alcides faz o golo do empate após passe de Hélder Monteiro. O duo da frente de ataque a ser determinante. Até ao final da partida, o lance mais perigoso até acabou por ser do Fofó, através do inevitável Frutuoso. O remate saíu um pouco por cima.







No cômputo geral, o empate aceita-se. A arbitragem de Luís Estrela esteve em geral bem. No entanto, o número de faltas assinaladas a Dino (muitas delas discutíveis), deveriam ter dado lugar à amostragem do segundo cartão ao capitão do Real. Diga-se que o árbitro pareceu evitar qualquer expulsão, dada a demora na amostragem dos amarelos, nomeadamente no lance em que admoestou Gerson no final da partida, parecendo assegurar-se de que o jogador ainda não vira qualquer cartão.







O equilíbrio no resultado final explica-se pela diferença entre uma equipa jovem e uma equipa experiente. Os onzes iniciais apresentaram médias etárias bem distintas. 29,5 anos para a equipa do Fofó e apenas 23,8 para a do Real. Isto significa que, em média, cada um dos onze jogadores que iniciaram a partida com a camisola do Fofó tinham mais quase 6 épocas de futebol nas pernas do que cada um dos seus homólogos no Real. Arrisco dizer que foi esse factor que equilibrou uma partida muito interessante de seguir.