1. Problemas vários impediram-me de escrever ontem. Se o cinismo inglês tivesse superado até o histórico recente da Inglaterra nos desempates por penalties, nem teria energias para escrever nada. Assim, aqui vai.
2. Às sete da manhã de ontem já estava em Montbau. Esperava-me uma viagem de metro até à estação de Les Sants. São 15 estações. Calha mesmo bem sair de Barcelona na véspera do S.João e no dia de um Espanha-França.
3. As noites mal dormidas em Barcelona começavam a deixar mossa. Em Bilbau está mais fresco que em Barcelona, o que é simpático para quem anda pelas ruas. O Hotel fica melhor localizado do que esperava. San Anton Eliza é mesmo aqui em baixo e o Casco Viejo é logo a seguir.
4. Bilbau é uma cidade ainda mais interessante do que esperava. A relação do espaço urbano com o rio e as montanhas é impressionante. No dia do Espanha-França, não vi uma única camisola ou bandeira espanholas. Mas vi imensas camisolas do Athletic e uma da selecção de Euskal Herria. Sintomático. Durante a transmissão da Tele 5, não foi por acaso que as únicas alusões às origens dos jogadores tenham tido por alvo os jogadores canários. Quando saíu Silva para entrar Pedro, ouviu-se "Canário por canário".
5. Hoje, para me recompor do cansaço tremendo, só deixei o hotel por volta da uma da tarde. Como ontem já dera a volta à cidade, o plano passava por subir a Artxanda depois de ir até Begoña. Numa loja de produtos bascos, lancei a inevitável questão "Portugal-Espanha?". A resposta não foi diferente da que teria em Madrid ou Sevilha... Como planeava ir a Portugalete, perguntei pela origem do topónimo. Explicou-me que o sufixo "ete" significa pequeno, o que faria de Portugalete um "pequeno Portugal". Ainda me disse que teria havido muitos portugueses a trabalhar na zona do porto de Bilbau, mas isso não faria sentido, a não ser que Portugalete fosse relativamente recente ou que tivesse mudado de nome. Nenhum dos cenários se confirmariam.
6. A caminho da Basilica de Begoña, arrisquei dizer uma palavra em basco. Quando a rapariga me disse o preço da garrafa de água, disse-lhe "larogei". Significa oitenta e lê-se como se existisse um "u" entre o "g" e o "e".
7. À volta da Basilica de Begoña, estão alguns dos 200 hectares de áreas verdes que existem dentro dos limites da cidade. A subida a Artxanda não pôde ser feita pelo funicular, em obras até ao final do mês. À disposição está um autocarro que, por 90 cêntimos, faz um percurso longo mas com o mesmo destino - a melhor vista sobre a cidade.
8. De regresso a Bilbau, o destino era Portugalete, com paragens em duas estações de metro peculiares. Uma delas, Urbinaga, fica numa ponte e tem uma parte a céu aberto. Enquanto fumava, apercebo-me de uma bandeira portuguesa numa janela. Não há bandeiras de Espanha mas há de Portugal!
9. Apesar de não haver referência alguma a Portugal, não foi preciso estar muito tempo em Portugalete para me sentir em casa. Logo à saída do metro, pisei os restos de uma pastilha elástica! Depois, comecei a ouvir o que parecia ( era mesmo) um bailarico. Enquanto seguia o som, passei por um monumento a Salazar que, felizmente, não se trata do Dr. de Santa Comba.
10. De volta ao jogo desta noite, os bilbaínos no restaurante em que jantei estavam a torcer por Inglaterra. Não percebi porquê mas não tentei saber. Devem ter pensado que sou italiano e está noite fui.
2. Às sete da manhã de ontem já estava em Montbau. Esperava-me uma viagem de metro até à estação de Les Sants. São 15 estações. Calha mesmo bem sair de Barcelona na véspera do S.João e no dia de um Espanha-França.
3. As noites mal dormidas em Barcelona começavam a deixar mossa. Em Bilbau está mais fresco que em Barcelona, o que é simpático para quem anda pelas ruas. O Hotel fica melhor localizado do que esperava. San Anton Eliza é mesmo aqui em baixo e o Casco Viejo é logo a seguir.
4. Bilbau é uma cidade ainda mais interessante do que esperava. A relação do espaço urbano com o rio e as montanhas é impressionante. No dia do Espanha-França, não vi uma única camisola ou bandeira espanholas. Mas vi imensas camisolas do Athletic e uma da selecção de Euskal Herria. Sintomático. Durante a transmissão da Tele 5, não foi por acaso que as únicas alusões às origens dos jogadores tenham tido por alvo os jogadores canários. Quando saíu Silva para entrar Pedro, ouviu-se "Canário por canário".
5. Hoje, para me recompor do cansaço tremendo, só deixei o hotel por volta da uma da tarde. Como ontem já dera a volta à cidade, o plano passava por subir a Artxanda depois de ir até Begoña. Numa loja de produtos bascos, lancei a inevitável questão "Portugal-Espanha?". A resposta não foi diferente da que teria em Madrid ou Sevilha... Como planeava ir a Portugalete, perguntei pela origem do topónimo. Explicou-me que o sufixo "ete" significa pequeno, o que faria de Portugalete um "pequeno Portugal". Ainda me disse que teria havido muitos portugueses a trabalhar na zona do porto de Bilbau, mas isso não faria sentido, a não ser que Portugalete fosse relativamente recente ou que tivesse mudado de nome. Nenhum dos cenários se confirmariam.
6. A caminho da Basilica de Begoña, arrisquei dizer uma palavra em basco. Quando a rapariga me disse o preço da garrafa de água, disse-lhe "larogei". Significa oitenta e lê-se como se existisse um "u" entre o "g" e o "e".
7. À volta da Basilica de Begoña, estão alguns dos 200 hectares de áreas verdes que existem dentro dos limites da cidade. A subida a Artxanda não pôde ser feita pelo funicular, em obras até ao final do mês. À disposição está um autocarro que, por 90 cêntimos, faz um percurso longo mas com o mesmo destino - a melhor vista sobre a cidade.
8. De regresso a Bilbau, o destino era Portugalete, com paragens em duas estações de metro peculiares. Uma delas, Urbinaga, fica numa ponte e tem uma parte a céu aberto. Enquanto fumava, apercebo-me de uma bandeira portuguesa numa janela. Não há bandeiras de Espanha mas há de Portugal!
9. Apesar de não haver referência alguma a Portugal, não foi preciso estar muito tempo em Portugalete para me sentir em casa. Logo à saída do metro, pisei os restos de uma pastilha elástica! Depois, comecei a ouvir o que parecia ( era mesmo) um bailarico. Enquanto seguia o som, passei por um monumento a Salazar que, felizmente, não se trata do Dr. de Santa Comba.
10. De volta ao jogo desta noite, os bilbaínos no restaurante em que jantei estavam a torcer por Inglaterra. Não percebi porquê mas não tentei saber. Devem ter pensado que sou italiano e está noite fui.
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