Nunca o Real havia perdido seis jogos consecutivos. Desde que recebeu e venceu o Pinhalnovense (3-0), soma seis derrotas em seis jogos, tendo sofrido onze golos e marcado apenas um. Este período negro teve início no Carregado (0-3), prosseguiu com a derrota caseira frente ao Atlético (0-1), a visita ao Pina Manique (1-2), outra derrota caseira com o Mafra (0-1), a visita a Reguengos (0-2) e a recepção desta tarde ao Louletano (0-2).
domingo, 12 de dezembro de 2010
Seis para a História
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Jorge Gabriel Preciado
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Lotaria vai para Mafra
O jogo que marcava também os regressos de Nuno Gomes, Kifuta, Tuga e Jorge Paixão ao clube de Queluz-Massamá foi dominado pela intempérie. Não me recordo de assistir a um jogo em que, apesar de iniciado pelas 15 horas, houvesse a necessidade de recorrer à iluminação artificial durante a primeira parte!
A lotaria acabou por sorrir ao Mafra, fruto de um golo marcado por Kifuta a meio da segunda parte. Futebol houve muito pouco. Após o golo, a entrada de João Afonso acabou com o pouco que restava. O experiente central de Torres Vedras foi colocado em campo para reforçar o centro da defesa com Samuel e Diogo e não perdeu uma oportunidade para parar o jogo. Os 4 minutos dados pelo árbitro algarvio foram um absurdo. Acabou por ser um pormenor numa arbitragem de bom nível.
O registo negativo vai para mais uma derrota do Real, a quarta consecutiva, que leva a equipa para um lugar de descida à 3ªDivisão. Decorrido um terço do campeonato, julgo ser altura de fazer um pequeno balanço.
MAIS – Bruno Fernandes, Eduardo Simões e Hugo Rosa são os únicos jogadores que alinharam nas dez primeira partidas do campeonato. Não surpreende. São claramente os jogadores indiscutíveis do plantel. Cada um deles merecedor de palcos mais mediáticos, emprestam qualidade à equipa. Dino e Diogo continuam a pautar as suas actuações com a regularidade já (re)conhecida, enquanto que os reforços Sabino, Kikas e Tiago Conceição já mostraram ser mais-valias para o plantel, apesar de Sabino parecer ainda procurar a sua melhor forma. Apesar das prestações globalmente positivas, os reforços Dani, Ivanir e Arroja têm demonstrado alguma irregularidade.
MENOS – seis expulsões em dez jogos não são um registo positivo. Se nos lembrarmos que uma foi por palavras (Ivanir), outra por incúria (Dani) e a de Friday por manifesta e inadmissível falta de controlo emocional, então a foto fica ainda mais negra. Jorge Amaral tem uma palavra a dizer (também) nesta vertente. Pela trajectória futebolística, esperar-se-ia bem mais de David Nuñez e Tiago Rente. Outra das desilusões tem sido Tigas. O criativo esquerdino tem sido pouco utiliazdo, apesar de ter alinhado em nove das dez partidas. No entanto parece desmotivado e lento. A propósito de lentidão, que dizer de Godinho, o jovem que tanto elogiei na época passada, ao serviço do Sacavenense. É certo que a 2ªDivisão não é a Divisão de Honra da AF Lisboa, mas quem viu Godinho a época passada, dificilmente o reconhece no jogador que parece sem vontade nem velocidade. Problemas físicos ? Certo é que as oportunidades se vão esgotando. Finalmente, os nigerianos Michael e Friday. Apesar de demonstrarem algumas características fundamentais para a prática da modalidade, parece faltar-lhes sentido posicional. As dificuldades de comunicação são ainda mais relevantes quato maior a necessidade do técnico intervir para corrigir posições.
A REVER – os jovens Henrique Gomes (cedido pelo Sporting) e Luizinho já demonstraram qualidades que merecem ser revistas.
Jorge Amaral terá de provar ter capacidade para orientar uma equipa com graves lacunas no centro do ataque. Por outro lado, terá de definir a sua linha defensiva, em que apenas Eduardo Simões e Tiago Conceição parecem indiscutíveis. No entanto, seria conveniente assumir se este joga no meio, ao lado de Eduardo Simões, ou na esquerda.
A minha aposta para o onze-base é:
Bruno Fernandes – Sabino, Eduardo Simões, Tiago Conceição, Ivanir – Dino, Diogo, Kikas e Tigas – Hugo Rosa e David Nuñez
sábado, 15 de maio de 2010
Vergonha
Zidane foi um dos grandes do Futebol Mundial. O último lance que disputou num relvado resultou numa cabeçada no peito de um adversário. Jogava-se a Final do Campeonato do Mundo. Foi um momento. Irreparável como só os momentos são. No passado dia 25 de Abril, em Sesimbra, recordei Zidane. Mas Rodrigues, guarda-redes do Olímpico, não merece essa recordação. Nem me refiro às diferenças óbvias de qualidade desportiva ou nível competitivo. Se assim fosse, não teria sequer recordado Zidane. O que torna a 'performance' de Rodrigues incomparável é o seu carácter arruaceiro e a premeditação da violência. A história tem tanto de triste como de simples. O Olímpico deslocava-se a Sesimbra sabendo que apenas a vitória lhe permitiria subir aos Nacionais. Um empate consagraria o Sesimbra como vencedor da 1ª Divisão da AF Setúbal, a uma jornada do fim. As centenas de espectadores faziam a festa muito antes do jogo começar. Apesar da forte presença da GNR, não se verificaram motivos para tal. O jogo foi equilibrado, sem lances de perigo junto das balizas.
Reduzido a dez unidades e a precisar de vencer, o jogo e a época do Olímpico terminava ali. Após o reatar da partida, ainda houve tempo para o golaço de Luís Silva e para o tento de honra do Olímpico, já em tempo de compensação. No dia em que se celebra a Liberdade, um só indivíduo conseguiu estragar uma festa, para não falar do trabalho dos seus colegas durante uma época. A não esquecer.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Em primeiro
Sacavenense-Ginja; Tiago, Rogério, André (Pina 45') e Perdigão; Armindo, Jorginho e Marocas; Baptista (Vilela 45'), Godinho (Bandeira 89') e Cláudio (Tera 89')
Tr. Luís Silva
Pero Pinheiro-Ferro; Maruca, Nascimento (Kiko 72'), Américo e João Anjos; Aguiar, Adilson (Ricardo Bento 57'), Rodrigo e Rui Figueiredo (Serrinha 57'); Marcos e Mix
Tr. Paulinho
Há anos que não ía ao Estádio do Sacavenense. Perante o bilhete 'Geral', perguntaram-me se tinha algo a 'ver com o Sacavenense'. Respondi que não era de nenhum dos clubes, pelo que me deixaram entrar para junto dos adeptos da casa. O adversário era a sempre complicada equipa do Pero Pinheiro. Colocada a meio da tabela, a matemática ainda permitia aos visitantes sonhar. O jogo até começou melhor para o P.Pinheiro que, aos 23 minutos, protagonizou a primeira jogada com relativo perigo. Após contra-ataque conduzido por Mix, Marcos desviou por cima. A partir daqui, os lances perigosos pertenceram por inteiro ao Sacavenense.
Aos 33’, Armindo quase surpreendeu Ferro num remate de fora da área. Sete minutos depois, Baptista falhou o chapéu a Ferro, quando estava isolado. A dois minutos do intervalo, Nascimento (central do Pero Pinheiro) viu o cartão amarelo num lance em que atinge Godinho na face. Nos lances disputados com Godinho, o central teve sempre uma postura intimidatória. No minuto seguinte, Marocas foi expulso por acumulação de amarelos. Num jogo em que o Pero Pinheiro jogava ainda a hipótese de se aproximar do duo da frente, tudo parecia conjugar-se nesse sentido. No entanto, a equipa do Sacavenense regressou do intervalo fortalecida pelo sonho da subida. As oportunidades foram surgindo. Aos 56’, Cláudio desperdiça, cabeceando ao lado após cruzamento de Rogério do lado esquerdo. Aos 60’, Cláudio volta a cabecear sem acerto. Cinco minutos depois, Tiago faz o único golo do jogo num remate de ressaca à entrada da área.
sábado, 10 de abril de 2010
Lourel e/ou Sacavenense
Esta época assisti a dois jogos do Lourel e a dois jogos do Sacavenense. Um deles foi o Lourel-Sacavenense de dia 21 de Março. Mas comecemos pelo início. Assisti à visita do Sacavenense ao Francisco Lázaro. Apesar de derrotados, saí de Benfica com a sensação de que o Sacavenense apresentara maior consistência. O Lourel assumiu a liderança da prova desde cedo. Aquando da visita do vizinho Pero Pinheiro, então em último, fui até Lourel assistir ao derby. Coincidência ou não, a equipa da casa voltou a estar desinspirada. Desinspirada foi a ilacção que retirei naquela altura e que foi sendo reiterada pela manutenção da liderança, jornada após jornada, dos sportinguistas de Lourel. Quando, no dia 21, e apesar da chuva, me desloquei a Lourel, aguardava-me um jogo entre os dois primeiros classificados do escalão principal da AF Lisboa.
Tal como acontecera da última vez que os vira jogar, o Lourel voltou a perder em casa. Num jogo em que o Sacavenense foi quase sempre superior, o Lourel voltou a não (me) mostrar porque segue na liderança da prova. É verdade que a diferença que fez o resultado (1-3) se justifica, em parte, pelos erros defensivos que foram determinantes em dois golos sacavenenses. Mas não justifica tudo. Em termos ofensivos, o Lourel foi pouco mais que inofensivo, apostando muito num futebol directo sem resultados. O Sacavenense, para além de defender de forma acertada, mostrou maior capacidade ofensiva. Cláudio e Godinho foram artistas à solta na sombra da Serra. Quem nunca assistiu a jogos dos escalões inferiores pode achar exagero usar a expressão 'artistas', mas não é. Há excelentes valores nos Distritais que, por vários motivos, não ocupam lugares em escalões superiores. É um tema a que regressarei em breve. Voltando ao jogo, o jovem Tiago, guardião do Lourel, foi protagonista por bons e maus motivos. Defendeu um penalty marcado por Jorginho, mas viria a ser mal batido no lance do 1-3. Este Domingo, o Lourel recebe o Alta de Lisboa, enquanto que o Sacavenense visita a Malveira. Até ao fim, o Lourel ainda receberá o Venda do Pinheiro, o Futebol Benfica e o Encarnacense, visitando Ponte de Rol, Vialonga, Linda-a-Velha e Cacém. Por sua vez, o Sacavenense receberá o Pero Pinheiro, o Freiria e o Alta de Lisboa, tendo deslocações aos campos de Charneca, Tires, Talaíde e Ponte de Rol. Em teoria, o calendário do Sacavenense apresenta maior grau de dificuldade. Ainda assim, não me surpreenderia que o clube que celebra o primeiro centenário cumprisse o desejo de regressar aos Nacionais. A repetir-se o cenário da época passada, quem sabe se não é acompanhado pelo Lourel.