A época 2011/12 começou oficialmente para Sacavenense e Porto da Cruz no passado Domingo, com a disputa da 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. O Sacavenense nunca nunca recebera uma equipa madeirense para jogos da Taça. Por outro lado, o Porto da Cruz viajava pela primeira vez ao Continente para disputar um jogo oficial. À partida, esperava-se um jogo desequilibrado. O início pareceu confirmá-lo...
SACAVENENSE – Carlos; Ricardo, Vilela, Bebé e Beto; Armindo (cap.), Tiago Antunes e Tiago Figueiredo; Barroso, Godinho e Tiago Cabral
Não utilizados – Fins, Teixeira, Baptista e Paulo Neves
Tr. Luís Silva
AD PORTO da CRUZ – Egídio; Libónio (cap.), Igor, Nuno e Leonardo Ornelas; Careca, Milhupa e Miguel Alves; Filipe Sousa, Hélder Rodrigues e César
Não utilizados – Paulo, Nélio e Bruno
Tr. Leonel Morais
Logo no minuto inicial, um bom lance de Barroso pela direita e cruzamento para Tiago Cabral rematar com Egídio a fazer aquela que seria a primeira de muitas defesas de recurso. Aos 5’, Egídio coloca a bola nos pés de Tiago Cabral que, deslumbrado com o brinde, passa para Godinho que remata fraco. O jogo só dava Sacavenense e, aos 12’, surgiu o primeiro golo num livre marcado por Tiago Figueiredo para a cabeçada certeira de Vilela.
A toada do jogo manteve-se favorável à equipa de casa. Já passara a primeira meia hora de jogo quando o Porto da Cruz conquistou o primeiro canto, por Filipe Sousa. Na sequência do canto, boa defesa de Carlos que coloca a bola para o contra-ataque. O lance é interrompido e César acaba por ver o segundo amarelo, abandonando o campo com gestos ofensivos para o público.
A equipa do Porto da Cruz até reagiu bem à inferioridade numérica e, aos 43’, viu-se o melhor lance da equipa madeirense. A bola termina na baliza do Sacavenense mas a jogada é anulada por fora-de-jogo. No entanto, em cima do intervalo, Tiago Cabral finaliza um lance construído pelo lado direito, respondendo bem a um cruzamento de Godinho.
Confortados pela vantagem de dois golos, a equipa do Sacavenense acabou por ser surpreendida pela reacção do opositor. Durante a segunda metade, a equipa do Porto da Cruz provou não ser tão fraca como a primeira parte pareceu provar. Aos 53’, Careca, um dos melhor elementos dos inslares, remata por cima. Os minutos que se seguiram foram muito irregulares devido às várias substituições efectuadas. Aos 59’, no Sacavenense, sai Beto para entrar Rodrigo. Três minutos depois, no Porto da Cruz, sai Miguel Alves e entra o jovem Tiago que mexeu no jogo.
Aos 66’, dupla substituição na equipa da casa. Saem Barroso e Tiago Cabral para entrar Amaral e Cacito. Quatro minutos depois, o Porto da Cruz reduz. Bom lance com a bola a passar por Filipe Sousa, Milhupa e Hélder Rodrigues, sendo Nuno a finalizar. O Porto da Cruz persistiu na procura do empate mas não mais voltou a criar perigo para as redes defendidas pelo jovem Carlos. Em contra-ataque, aos 76’, Amaral foge do fora-de-jogo mas não vence a mancha feita por Egídio. Dois minutos depois, Leonel Morais troca Leonardo Ornelas por Sérgio. Pouco depois, as equipas ficam em igualdade numérica, após Vilela ver o segundo amarelo. Aos 88’, assiste-se à melhor oportunidade do Sacavenense no segundo tempo com Cacito a rematar cruzado junto ao poste. Já em período de compensação (90’+4), o Guarda-Redes Egídio vê o vermelho directo na sequência de mais uma entrada violenta, desta vez fora da área. Com o jogo a terminar, Leonel Morais não coloca Paulo em campo, terminando Filipe Sousa na baliza.
Paulo Rodrigues apitou uma partida relativamente simples com critério apertado em termos disciplinares, mas esteve bem.
Destaque para a reacção do Porto da Cruz perante a superioridade evidenciada pelo Sacavenense. A equipa treinada por Luís Silva não poderá facilitar nos jogos a contar para a Série E da 3ªDivisão que se aproximam. Na equipa do Porto da Cruz, para além dos já destacados Careca e Tiago, nota de realce para Filipe Sousa (Jogou no Caniçal e Machico) que provou ser um jogador acima da média dos restantes colegas. Refira-se que a equipa do Porto da Cruz apresentou no banco duas figuras com nome no futebol português. O técnico principal é um antigo lateral, hoje com 42 anos, que jogou no escalão maior pela U.Leiria, Chaves, Braga e Campomaiorense, tendo pendurado as chuteiras ao serviço do Câmara de Lobos, no final da época 2005/06. A seu lado, sentou-se o “massagista” Marco Freitas (39 anos completados nesta 2ªFeira), antigo médio que chegou a jogar no Benfica treinado por Juup Heynckes, em 1999/00. Depois de dar os primeiros pontapés ao serviço do Machico, terminou a formação no Nacional. Após uma época cedido ao Machico na estreia como sénior, regressou para três épocas no Nacional a jogar na Liga de Honra. Destacou-se o suficiente para ser contratado pelo V.Guimarães, onde jogou três épocas. Depois de uma época no Benfica em que pouco jogou, representou ainda Alverca, Salgueiros, Felgueiras, Pontassolense e terminou no Machico, onde começara. Totalizou 112 jogos e 6 golos na 1ªDivisão e 98 jogos e 6 golos na Liga de Honra.