quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sacavenense apurado na Taça de Portugal








A época 2011/12 começou oficialmente para Sacavenense e Porto da Cruz no passado Domingo, com a disputa da 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. O Sacavenense nunca nunca recebera uma equipa madeirense para jogos da Taça. Por outro lado, o Porto da Cruz viajava pela primeira vez ao Continente para disputar um jogo oficial. À partida, esperava-se um jogo desequilibrado. O início pareceu confirmá-lo...



SACAVENENSE – Carlos; Ricardo, Vilela, Bebé e Beto; Armindo (cap.), Tiago Antunes e Tiago Figueiredo; Barroso, Godinho e Tiago Cabral


Não utilizados – Fins, Teixeira, Baptista e Paulo Neves


Tr. Luís Silva



AD PORTO da CRUZ – Egídio; Libónio (cap.), Igor, Nuno e Leonardo Ornelas; Careca, Milhupa e Miguel Alves; Filipe Sousa, Hélder Rodrigues e César


Não utilizados – Paulo, Nélio e Bruno


Tr. Leonel Morais



Logo no minuto inicial, um bom lance de Barroso pela direita e cruzamento para Tiago Cabral rematar com Egídio a fazer aquela que seria a primeira de muitas defesas de recurso. Aos 5’, Egídio coloca a bola nos pés de Tiago Cabral que, deslumbrado com o brinde, passa para Godinho que remata fraco. O jogo só dava Sacavenense e, aos 12’, surgiu o primeiro golo num livre marcado por Tiago Figueiredo para a cabeçada certeira de Vilela.




A toada do jogo manteve-se favorável à equipa de casa. Já passara a primeira meia hora de jogo quando o Porto da Cruz conquistou o primeiro canto, por Filipe Sousa. Na sequência do canto, boa defesa de Carlos que coloca a bola para o contra-ataque. O lance é interrompido e César acaba por ver o segundo amarelo, abandonando o campo com gestos ofensivos para o público.





A equipa do Porto da Cruz até reagiu bem à inferioridade numérica e, aos 43’, viu-se o melhor lance da equipa madeirense. A bola termina na baliza do Sacavenense mas a jogada é anulada por fora-de-jogo. No entanto, em cima do intervalo, Tiago Cabral finaliza um lance construído pelo lado direito, respondendo bem a um cruzamento de Godinho.





Confortados pela vantagem de dois golos, a equipa do Sacavenense acabou por ser surpreendida pela reacção do opositor. Durante a segunda metade, a equipa do Porto da Cruz provou não ser tão fraca como a primeira parte pareceu provar. Aos 53’, Careca, um dos melhor elementos dos inslares, remata por cima. Os minutos que se seguiram foram muito irregulares devido às várias substituições efectuadas. Aos 59’, no Sacavenense, sai Beto para entrar Rodrigo. Três minutos depois, no Porto da Cruz, sai Miguel Alves e entra o jovem Tiago que mexeu no jogo.





Aos 66’, dupla substituição na equipa da casa. Saem Barroso e Tiago Cabral para entrar Amaral e Cacito. Quatro minutos depois, o Porto da Cruz reduz. Bom lance com a bola a passar por Filipe Sousa, Milhupa e Hélder Rodrigues, sendo Nuno a finalizar. O Porto da Cruz persistiu na procura do empate mas não mais voltou a criar perigo para as redes defendidas pelo jovem Carlos. Em contra-ataque, aos 76’, Amaral foge do fora-de-jogo mas não vence a mancha feita por Egídio. Dois minutos depois, Leonel Morais troca Leonardo Ornelas por Sérgio. Pouco depois, as equipas ficam em igualdade numérica, após Vilela ver o segundo amarelo. Aos 88’, assiste-se à melhor oportunidade do Sacavenense no segundo tempo com Cacito a rematar cruzado junto ao poste. Já em período de compensação (90’+4), o Guarda-Redes Egídio vê o vermelho directo na sequência de mais uma entrada violenta, desta vez fora da área. Com o jogo a terminar, Leonel Morais não coloca Paulo em campo, terminando Filipe Sousa na baliza.





Paulo Rodrigues apitou uma partida relativamente simples com critério apertado em termos disciplinares, mas esteve bem.




Destaque para a reacção do Porto da Cruz perante a superioridade evidenciada pelo Sacavenense. A equipa treinada por Luís Silva não poderá facilitar nos jogos a contar para a Série E da 3ªDivisão que se aproximam. Na equipa do Porto da Cruz, para além dos já destacados Careca e Tiago, nota de realce para Filipe Sousa (Jogou no Caniçal e Machico) que provou ser um jogador acima da média dos restantes colegas. Refira-se que a equipa do Porto da Cruz apresentou no banco duas figuras com nome no futebol português. O técnico principal é um antigo lateral, hoje com 42 anos, que jogou no escalão maior pela U.Leiria, Chaves, Braga e Campomaiorense, tendo pendurado as chuteiras ao serviço do Câmara de Lobos, no final da época 2005/06. A seu lado, sentou-se o “massagista” Marco Freitas (39 anos completados nesta 2ªFeira), antigo médio que chegou a jogar no Benfica treinado por Juup Heynckes, em 1999/00. Depois de dar os primeiros pontapés ao serviço do Machico, terminou a formação no Nacional. Após uma época cedido ao Machico na estreia como sénior, regressou para três épocas no Nacional a jogar na Liga de Honra. Destacou-se o suficiente para ser contratado pelo V.Guimarães, onde jogou três épocas. Depois de uma época no Benfica em que pouco jogou, representou ainda Alverca, Salgueiros, Felgueiras, Pontassolense e terminou no Machico, onde começara. Totalizou 112 jogos e 6 golos na 1ªDivisão e 98 jogos e 6 golos na Liga de Honra.







sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Capitão Diogo

A época 2011/12 do Real SC começará este Domingo, com a 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. A deslocação a S.Mamede de Infesta marca o início da época que será jogada na 3ªDivisão após seis épocas consecutivas na 2ª. Do grupo dos 50 jogadores mais utilizados durante as últimas seis épocas, apenas quatro farão parte do plantel desta época – Dino, Kikas, David Rosa e Alcides. Destes, apenas o capitão Dino faz parte do Top 20. Com mais jogos disputados do que Dino, apenas o ex-capitão Diogo Calheiros.



Nascido a 31 de Maio de 1980, Diogo Pinheiro Calheiros foi inscrito pela primeira vez na época 1989/90, pelas escolinhas do Futebol Benfica, onde fez toda a Formação e iniciou a sua carreira sénior, onde esteve entre 1999 e 2002, todas jogadas na 3ªDivisão Nacional. Em 2002, mudou-se para o Casa Pia, onde esteve durante três épocas e meia, tendo chegado a capitão da equipa dos gansos. Em Dezembro de 2005, mudou-se com o técnico Jorge Paixão e alguns colegas para o Real SC, colaborando na manutenção alcançada na última jornada. A época seguinte foi bem diferente, tendo a subida à Liga de Honra falhado apenas na poule disputada com o Fátima. Em 2007/08, voltou a acompanhar Jorge Paixão na mudança de clube, desta vez para o Atlético, de onde acabou por regressar em Outubro de 2007. Depois de mais quatro épocas ao serviço do Real SC, o capitão Diogo deixou o clube, regressando aos 31 anos ao seu Fofó. Só contabilizando jogos da 2ªDivisão, alinhou em 152, tendo marcado por dez vezes, visto 45 cartões amarelos e expulso numa ocasião, num jogo disputado no Pinhal Novo a 1 de Abril de 2007. Sempre disponível, nunca dando um lance por perdido, Diogo será muito importante no regresso do Fofó aos Nacionais.


domingo, 21 de agosto de 2011

Geração Adulta




Escrevo duas horas antes das equipas de sub-20 de Portugal e Brasil entrarem em campo para disputar o título mundial da categoria. Escrevo antes porque, aconteça o que acontecer na Final, nada alterará o que pretendo dizer. Aliás, isso seria válido se o tivesse feito durante o Portugal-Argentina, independentemente do apuramento português e consequente vitória sobre a França. Porque se trata de uma questão de base. A base em que assenta esta Selecção é a da maturidade que revelam na disputa de cada lance. Cada peça parece saber sempre o papel que desempenha em cada momento do jogo, sempre em prol do colectivo.

Mika tem sido intransponível na baliza. À sua frente, Roderick e Nuno Reis parecem compôr uma dupla veterana. Os laterais Cédric, Mário Rui e mesmo Luís Martins têm sido de uma regularidade e segurança impressionantes. A dupla pivô defensiva composta por Pelé e Danilo têm merecido todos os adjectivos positivos da língua portuguesa. O sempre disponível Júlio Alves, seja para defender como para auxiliar os jogadores da frente. A técnica de Sérgio Oliveira, a velocidade de Alex e Rafa, acompanhados pela categoria de Nélson Oliveira, completam um colectivo coeso e ainda intransponível.

Esta equipa representa bem o Portugal de 2011. Composta por filhos de antigos jogadores brasileiros que actuaram em Portugal e por cá ficaram (Roderick e Júlio Alves), por filhos de emigrantes (Mika e Cédric) e de imigrantes (Pelé e Danilo), é daqueles grupos que deixa qualquer Le Pen de trazer por cá com os cabelos em pé. Na Meia-Final com a França, sorri sempre que me lembrava do chefe da extrema-direita francesa.

Aconteça o que acontecer em Bogotá, este grupo liderado por Ilídio Vale, responsável durante anos pela Formação do FC Porto, já está na História. A Geração de 1989 já tinha um histórico de glória com vitórias em Europeus, a de 1991 defendia um título Mundial em casa e tinha Figo, Rui Costa, Peixe, Jorge Costa, Rui Bento e companhia. Esta Geração a que chamam “Coragem” e a quem prefiro chamar “Adulta” foi para a Colômbia sem qualquer expectativa. Não por acaso, nenhum canal de televisão em Portugal se preocupou em transmitir algum dos jogos da Fase de Grupos. A passagem aos ¼ de Final acordou uns quantos. Que assim permaneçam por mais umas horas já não seria mau.

sábado, 20 de agosto de 2011

Belenenses-Atlético 0-0 - acompanhamento em directo


Arb: Olegário Benquerença
BELENENSES-Coelho; Duarte Machado, Pedro Ribeiro, Rafael Santos e André Pires; Fernando Ferreira, Victor Silva, Sidnei; Miguel Rosa, Victor Lemos, Camará
Tr. José Mota

ATLÉTICO-Caleb; Luís Dias, Vítor Bastos, Rolão e Stephane; Leandro Pimenta, Laurindo, Nélson Veiga; Bruno Carvalho, Hugo Lopez e Tiago Caeiro
Tr. João de Deus

O Atlético apresenta-se com um equipamento que recorda o utilizado pela selecção inglesa na década de 80.

3’ – Amarelo a Pedro Ribeiro (Belenenses);
5' - Grande remate de Victor Silva para espectacular defesa de Caleb;
10' - Mais uma falta assinalada a Pedro Ribeiro na marcação a Tiago Caeiro. O livre de Hugo López sai à figura de Coelho;
11' - Laurindo amarelado. Ouvem-se os guinchos que se condenam;
16' - Mais um canto sem perigo a favor do Belenenses;
18' - Bola colocada nas costas dos centrais do Atlético mas Caleb antecipa-se a Miguel Rosa;
20' - Ainda sem lances de perigo, a maior toada ofensiva é do Belenenses, com o Atlético a ter dificuldades na construção de jogadas de ataque;
21' - Nélson Veiga vê amarelo após travar Fernando Ferreira;
23' - Melhor lance do Atlético. Combinação do lado direito com Hugo López a cruzar para a área, onde Pedro Ribeiro fez um corte tão atabalhoado como eficiente;
25' - Canto a favor do Atlético, com os jogadores de Alcântara a colocarem-se todos junto da linha de golo, "convidando" Olegário a assinalar falta ofensiva interrompendo o lance;
27' - Nélson Veiga falha o corte, a bola sobra para Sidnei que cruza para cabeceamento ao lado de Camará;
32' - Minutos de mau futebol no Restelo;
35' - Camará é assistido após lance disputado com Rolão;
36' - Stephane cruza largo para a área e Fernando Ferreira corta a bola para a sua baliza. A bola bate no poste e sai para canto;
41' - SportTV engana-se. O último jogo para o Campeonato entre as duas equipas foi em 1982-83, aquando da primeira presença do Belenenses na antiga 2ªDivisão. Na 1ªDivisão, foi de facto em 1976-77, última presença do Atlético no escalão maior;
43' - Posse de bola: 54%/46% favorável ao Belenenses;
44' - Pressão final do Belenenses antes do intervalo após vários minutos sem se aproximar da baliza de Caleb;
45'+1 - Olegário Benquerença apita para o intervalo.

Aceita-se o nulo num jogo muito disputado mas sem grandes motivos de interesse.

INTERVALO

Começa a 2ª Parte. Os técnicos mantêm os onze.
47' - Camará faz o primeiro remate da 2ªParte. Sai por cima;
48' - Sidnei cruza para área onde surge Rafael Santos a cabecear ao lado, no lance de maior perigo belenense até ao momento;
52' - Amarelo para Leandro Pimenta;
53' - Bruno Carvalho remata de fora da área mas a bola sai muito mal do pé direito do ex-Farense;
56' - José Mota faz saír Sidnei para entrar Waldir;
60' - Tiago Caeiro continua a ganhar lances de cabeça mas não tem sequência no ataque do Atlético;
63' - Victor Lemos dribla Luís Dias na área mas remata mal em vez de cruzar;
64' - Melhor ocaisão de golo da partida. Miguel Rosa isola-se, remata mas Caleb defende com o pé;
66' - Mais uma oportunidade para Miguel Rosa, com a bola a desviar no corpo de um central do Atlético;
67' - Nélson Veiga corta em carrinho dentro da área. Muitos protestos dos adeptos da casa. Olegário deixou seguir;
68' - João de Deus mexe na equipa no melhor período do Belenenses na partida. Saem Hugo Lopez e Tiago Caeiro, para a entrada de Saramago e Ailton;
73' - O Atlético passa os últimos minutos no meio campo do Belenenses, trocando melhor a bola mas sem criar perigo para Coelho;
74' - Ailton remata muito por cima;
75' - Mota troca André Pires por Tomané, reforçando o ataque;
77' - Miguel Rosa cabeceia mas a bola sai fraca para as mãos de Caleb;
81' - João de Deus mexe na equipa pela última vez. Sai Bruno Carvalho e entra José Coelho;
82' - Mota responde com a saída de Victor Silva e a entrada de Rodrigo António;
84' - Ailton ganha mais um canto;
86' - Vítor Bastos vê amarelo;
89' - Ailton carregado em falta à entrada da área. Livre marcado por Leandro Pimenta junto da trave;
90' - O árbitro concede três minutos de compensação;
90'+2 - Remate forte de fora da área. Ailton perto do golo para o Atlético;
90'+3 - O jogo termina com a bola nas mãos de Caleb após um livre para a área. Olegário inventara uma falta a meio campo.

O Atlético começa esta aventura que será a época de estreia na Liga de Honra com um empate no Restelo. A segunda parte foi melhor que a primeira, mas o Belenenses não mostrou a mesma força atacante que mostrara no jogo frente ao Trofense para a Taça da Liga.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ele há coisas...

Juro que não sou bruxo e nem costumo ter grande sorte quando jogo no Euromilhões. Ainda assim, garanto-vos que esta história é verdadeira. Domingo passado, no Belenenses-Trofense sobre o qual já aqui escrevi, assisti a uma arbitragem que assinalou três castigos máximos que ninguém percebeu. Hoje, a caminho de casa, acompanhei os primeiros minutos do FC Porto-Gil Vicente (que ainda decorre) através da rádio. Quando ouvi o nome do árbitro (Rui Silva), pensei “Olha, é o dos penalties!”. De imediato pensei “Quanto tempo demorará a assinalar o primeiro ?”. Pois bem, demorou pouco mais de um minuto e foi contra o FC Porto. Esqueceu-se de avermelhar Otamendi, mas não se pode ter tudo, não é ? Cinco minutos depois, assim que um jogador do FC Porto caíu na área, tratou de empatar as coisas. Ainda na primeira parte, num lance em que Silvestre Varela se deixa caír na área, os comentadores da Sport TV tratam de garantir a existência de falta paa castigo máximo ! Já na segunda parte, (foi mesmo agora, garanto-vos) Sapunaru segura Hugo Vieira pelos ombros na área, impedindo este de ser virar. Rui Silva terá premiado o esforço de Sapunaru em almofadar a queda do adversário e deixou seguir. E foi agora mesmo que me lembrei de João Querido Manha. O cronista do Record chamava a atenção para os jogos arbitrados por Olegário Benquerença. Diz o cronista que, depois do penalty assinalado em Guimarães a favor do FC Porto, muito penalty Olegário irá assinalar durante a época. Caríssimo João, são 22 horas e 9 minutos, o FC Porto acaba de vencer o Gil Vicente por 3-1. Também eu aprecio imenso a ironia.


Ironias fotográficas



Assumo. Sou adepto do Barça, julgo Messi melhor jogador que Cristiano Ronaldo e que o comportamento de Mourinho está longe de ser special. Dito isto, deixo aqui duas fotos carregadas de ironia.




A da esquerda mostra Cristiano Ronaldo ajoelhado junto de Messi um momento antes deste marcar o segundo golo do Barcelona no jogo desta Quarta-Feira. É verdade que até um Príncipe se curva perante o Rei, mas o aspecto simbólico desta imagem não deixa de ser exagerado.




Na foto da direita, vê-se Mourinho a torcer a orelha ao adjunto de Guardiola. Ver um qualquer homem na casa dos 50 a comportar-se como um rufia no recreio da escola é suficientemente penoso. Se esse homem é alguém que se tem em tão grande conta, com provas dadas no seu ofício, é ainda mais lamentável. Mas dizer-se que enfiou o dado no olho de Vilanova também é demais. Isso seria digno de um rufia de rua e não de recreio de escola, honra lhe seja feita.


domingo, 14 de agosto de 2011

Belenenses garante apuramento na Taça da Liga

BELENENSES – Coelho; Zazá, Pedro Ribeiro (cap.), Rafael Santos e André Pires; Victor Silva, Fernando Ferreira e Sidnei; Vítor Lemos, Miguel Rosa e Abel Camará.


Tr. José Mota




TROFENSE – Marco; Pedro Santos, Elvis, Santos e Pedro Araújo; André Viana, João Viana, Tiago (cap.) e Edu; Moustapha e Reguila.


Tr. António Sousa




A necessitar apenas de um empate para se apurar para a Segunda Fase, o Belenenses entrou muito forte neste jogo frente ao Trofense. Logo aos 7’, Miguel Rosa marca um livre colocando a bola na barra.






Três minutos depois, o Belenenses volta a estar perto do golo. A partir daí, o Trofense equilibrou a partida que só voltaria a ver lances de algum perigo à meia hora de jogo. Miguel Rosa, desta vez de pé esquerdo, remata ao lado da baliza à guarda de Marco. Aos 35’, novamente Miguel Rosa. O jogador cedido pelo Benfica marca um livre que Marco defende para canto. Na sequência do mesmo, o árbitro Rui Silva assinala a primeira de três grandes penalidades que viria a assinalar. Em comum o facto de surpreender todos os presentes, desde jogadores a espectadores. Enfim... Na conversão, Miguel Rosa faria o 1-0.






Em cima do intervalo, veio a grande penalidade #2. Desta vez, foi Sidnei a tentar a conversão mas Marco defendeu.






Ao intervalo, António Sousa troca os jovens André Viana e João Viana, colocando em campo Moreilândia e Fábio Moura, outro ex-júnior. A equipa parecia dar mostras de ir em busca do empate. Aos 49’, Santos marca um livre à figura de Coelho. Ao contrário do que se esperava, acabou por ser o Belenenses a aumentar a vantagem. Minuto 55. Camará fura pela direita, cruza para a área onde Miguel Rosa, de costas para a baliza, passa para Vítor Lemos que, melhor colocado, não perdoa. O Trofense sentiu o golo e demorou a reagir. Aos 65’, quando o mais provável seria colocar André Carvalhas em campo, António Sousa foi forçado a trocar o lesionado Pedro Santos por Rafa. Dois minutos depois, o goleador Reguila cabeceia ao lado naquele que foi o primeiro lance de registo do avançado trofense. Aos 69’, Mota troca Victor Silva pelo avançado Tomané, passando Camará a jogar mais junto à linha. Seis minutos decorridos, Rui Silva marca o penalty #3, desta vez a favor do Trofense. Reguila não desperdiça e coloca o marcador em 2-1.






No recomeço da partida, Tomané está perto do 3-1 mas o remate sai por cima. Lesionado, André Pires dá o seu lugar a Rodrigo António. A equipa da Trofa procurava agora chegar ao empate mas não criava perigo. Em contra-ataque, o Belenenses está novamente perto do golo aos 86’, com Rafael Santos a cabecear ao lado. Acabou por ser já ao nonagésimo minuto que surgiu o golo da tranquilidade num remate de Fernando Ferreira que não deu qualquer hipótese a Marco. Estava feito o resultado final de um jogo em que o Belenenses pareceu estar de regresso aos bons jogos e o Trofense confirmou viver um momento complicado.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Estoril vence Aves e adia apuramentos


ESTORIL-Ernesto; Anderson Luís, Bruno Nascimento, Steven Vitória e Tiago Gomes; Gonçalo, João Coimbra e Carlos Eduardo; Pedro Moreira, Licá e Fabrício. Tr. Vinicius Eutrópio





AVES-Marafona; Leandro, Tiago Valente, Rafael e Romaric; Pedro Cervantes, Bruno Sousa e Vasco Matos; Pedro Pereira, Quinaz e Pires. Tr. Paulo Fonseca




No Domingo passado, a estreia do Estoril Praia nos jogos em casa da época 2011/12 começou da melhor forma. Logo aos 2', Licá aproveita um mau alívio de Marafona para fazer o 1-0. O início da partida foi dominado pelo Estoril, com Carlos Eduardo a desmarcar-se pela direita e a rematar ao lado do poste direito (14'). Três minutos depois surge o primeiro remate com algum perigo por parte do Aves, com Bruno Sousa a ganhar um canto. Aos 20', o Aves reclama penalty mas o defesa do Estoril estava muito próximo e não teve intenção. Do canto, surgiu Pires para cabecear às malhas laterais.







O Aves procurava o empate e, aos 25', num livre marcado junto à linha lateral, Quinaz coloca a bola na área e, sem que ninguém lhe tocasse, Ernesto não está longe de ser surpreendido, mas a bola acaba por saír. O Estoril sente o perigo e responde. Ainda antes do intervalo, Licá está perto de bisar e Steven Vitória chega mesmo a colocar a bola nas redes do Aves, mas vê o lance anulado por fora-de-jogo. Ao intervalo, Paulo Fonseca troca Leandro por Mamadou, que teria três quartos de hora terríveis, muito por culpa de Pedro Moreira. Ainda assim, a primeira metade do segundo tempo foi dominada pelo Aves. A equipa nortenha conseguiu empurrar o Estoril para o seu meio-campo, mas sem criar perigo para as redes à guarda de Ernesto. Aos 66', Paulo Fonseca faz saír Quinaz e entrar Ricardo Martins para, no minuto seguinte, Vinicius Eutrópio trocar Carlos Eduardo por Rodrigo Dantas. Ainda assim, foi o Estoril que voltou a estar próximo do golo. Jogava-se o minuto 73'. Aos 79', o treinador do Aves coloca Fonseca em campo, retirando Pedro Cervantes. A resposta estorilista foi refrescar o ataque, com a troca do desgastado Licá por Bruno Di Paula. Bastaram três minutos em campo para o brasileiro ex-Paços de Ferreira fazer uma excelente incursão pelo lado esquerdo (na véspera, Aimar fez algo parecido contra o Arsenal) e oferecer o segundo golo a Pedro Moreira, pressionado por Mamadou. O jovem lateral contratado ao 1ºDezembro passou por maus bocados frente à velocidade de Pedro Moreira e de Anderson Luís. O Estoril terminaria o jogo por cima, com a conquista de três cantos consecutivos sem consequências. Notas positivas para Pedro Moreira (ex-Fátima) e Licá (ex-Trofense), duas contratações que poderão ser decisivas ao longo da época. Do lado do Aves, nota negativa para o experiente Pedro Pereira, muito ausente do jogo. Uma nota final para a equipa de arbitragem chefiada pelo recém promovido Jorge Tavares. O árbitro de Aveiro apitou o Mafra-Real da época passada e deixou uma má impressão que registei. Desta feita, e apesar de ter alguma sensação para complicar a sua tarefa, acabou por ter uma actuação globalmente positiva.


sábado, 6 de agosto de 2011

Estreia de aviso

31 de Julho de 2011

Taça da Liga


Estádio José Gomes


Arb: André Gralha


ATLÉTICO – Botelho; Luís Dias, Rolão (cap.), Vítor Bastos e Leandro Pimenta; João Meira, Marcelo e Coelho; Filipe Ferreira, Bruno Carvalho e Tiago Caeiro


Tr. João de Deus




FREAMUNDE – Assis; João Amorim, Luís Pedro (cap.), Sérgio Nunes e Serginho; Nana K, Bruno Magalhães e Luciano; Tarcísio, Marco Matias e Bock


Tr. Nicolau Vaqueiro




Naquela que foi a estreia do Atlético na Taça da Liga, a equipa de Alcântara recebeu o Freamunde no Estádio José Gomes, na Reboleira. Após uma entrada forte do Atlético, com Coelho em evidencia, o Freamunde começou a equilibrar a partida. Aos 9’, praticamente na primeira vez que chegou à baliza do Atlético, o Freamunde coloca a bola nas redes à guarda de Botelho. Bock estaria fora-de-jogo. Três minutos depois, novo lance na área do Atlético. A bola sobra para Nana K que não consegue melhor do que rematar à figura de Botelho. Pouco depois, Coelho cruza para a cabeça de Filipe Ferreira mas Assis defende. Aos 23’, remate forte de Serginho às malhas laterais das redes à guarda de Botelho. De seguida, Bock remata cruzado ao lado. O Atlético passava por maus momentos. Aos 27’, Coelho perde a bola a meio-campo, provocando algum perigo para os seus colegas da defesa. A cena voltaria a repetir-se duas vezes, num decréscimo evidente na prestação do jovem cedido pelo Benfica.
A partir da meia-hora de jogo, a partida entrou numa toada mais morna que durou até ao intervalo, sem que surgissem mais lances de perigo. João de Deus e Nicolau Vaqueiro não efectuaram mexidas nas equipas ao intervalo. Ao contrário do que acontecera na primeira, o Freamunde entrou mais forte na segunda parte, chegando ao golo aos 50’. Marco Matias desmarca-se nas costas de Rolão e remata cruzado sem hipóteses para Botelho. Depois do golo sofrido, João de Deus troca Filipe Ferreira por Ailton, colocando o ponta-de-lança internacional pela Guiné Bissau encostado ao flanco esquerdo do ataque do Atlético.
Aos 61’, Bock está perto do segundo golo na sequência de um canto.

João de Deus volta a mexer na equipa. Retira Coelho e coloca Laurindo em campo. O médio formado no Est.Amadora impôs um ritmo novo na partida, visível pouco depois (65’), numa jogada em que combinou com o lateral Luís Dias. A jogada culminou com um cruzamento para a área, onde Ailton rematou mas a bola rechaçou num defesa do Freamunde. Na sequência deste lance, Nicolau Vaqueiro trocou Luciano por João Rodrigues. Seis minutos depois, João Meira (jogo fraco a meio-campo) foi rendido por Saramago. O jogo estava algo partido, sucedendo-se jogadas de um lado e do outro. Aos 78’, Bock não consegue evitar uma boa defesa de Botelho que evitava assim o 0-2, numa jogada de contra-ataque. Dois minutos depois, Nicolau Vaqueiro faz duas substituições, fazendo entrar Hélder Sousa e Pedro Henrique para os lugares de Tarcísio e Marco Matias. Aos 84’, na marcação de um livre, Leandro Pimenta remata ao lado da baliza de Assis. Em mais um contra-ataque, o recém entrado Pedro Henrique remata cruzado ao lado da baliza do Atlético. O jogo aproximava-se do fim e o último lance digno de registo ocorreu já em período de compensação quando Ailton remata forte para uma grande defesa de Assis, que garantia assim os três pontos do Freamunde.


Observações:


- A adaptação de Leandro Pimenta a lateral esquerdo foi muito prejudicial para o Atlético. O jovem médio cedido pelo Benfica, antigo capitão dos Juniores da equipa encarnada, nunca conseguiu adaptar-se à posição, falhando muitos passes.




- Na defesa do Atlético, nota positiva apenas para o jovem vimaranense Vítor Bastos e para o seguro lateral Luís Dias. O capitão Rolão pareceu estranhamente intranquilo.




- João Meira, Bruno Carvalho e Tiago Caeiro estiveram como que ausentes do jogo. Curiosamente, os dois últimos jogaram durante os 90’.




- Laurindo e Ailton demonstraram ser opções merecedoras do onze inicial, por aquilo que mostraram no pouco tempo em que alinharam na partida.




- Luís Pedro e Sérgio Nunes (sim, o central que chegou a jogar no Benfica) formaram uma dupla de centrais muito segura.




- Marco Matias e Bock formam uma dupla terrível. O jovem formado no Sporting e com contrato com o V.Guimarães parece ter um grande futuro à sua frente, consiga conter alguma tendência para se envolver em picardias desnecessárias. O veterano e temível Bock (melhor marcador da última edição da Liga de Honra) é daqueles jogadores que sabe tudo de futebol. Domina os tempos de jogo, “comunica” com o árbitro, ganha posição frente a defesas mais fortes e mais rápidos, remata bem e revela um oportunismo impressionante. Nunca jogou no escalão principal. Porque será ?




- O Atlético poderá e deverá retirar lições deste jogo. As competições da Liga são bem diferentes da 2ªDivisão, principalmente no ritmo de jogo, mais do que na qualidade individual dos atletas. Com a saída de Rudi e Carlitos, parece-me que mudar demasiado a equipa base que resta não trará nada de positivo. Pode ser que me engane.




- Não fiz referência a qualquer lance que envolvesse a equipa de arbitragem. Ainda bem. É muito bom sinal.




- O Estádio José Gomes já foi palco de jogos de bancadas repletas. Ver aquelas bancadas desertas é triste mas ainda mais triste é a situação em que o clube seu proprietário se encontra.