Arb: Pedro Pereira (AF Lisboa)
CASA PIA – Crespo; Vidal, Leandro, João Coito e Zinho (cap.); Hélder Lemos, Milton, Miguel Lourenço; Tiago Mendes, Moisés e Pedro Augusto. Tr. José Viriato
REAL – André Martins; Miguel Gonçalves, Dino (cap.), Bruno Lourenço e Wilson; Kikas, Ladeiras, Amar e Tiago Gonçalves; Alcides e Hélder Monteiro. Tr. José Marcos
Pela primeira vez, um jogo entre Casa Pia e Real disputado no Pina Manique termina com a vitória visitante. Vitória mais do que merecida pois, desde o início, o Real foi a equipa que mais fez por procurar o golo. Logo no primeiro minuto, Amar remata de pé esquerdo ao lado. Aos 9’, na sequência de um canto, Hélder Monteiro remata mas Crespo defende bem. Só havia uma equipa em campo e, aos 12’, Dino faz aquele que seria o único golo da partida na marcação de um livre directo à entrada da área. Na resposta ao golo sofrido, Moisés passa por Miguel Gonçalves mas, de ângulo impossível, remata muito por cima. Aos 17’, Tiago Gonçalves faz a bola passar por cima da barra num remate de fora da área. Três minutos depois, Hélder Monteiro vê o cartão amarelo. Com os dois avançados já admoestados pelo árbitro Pedro Pereira que mostrava uma evidente dualidade de critérios, José Marcos opta por retirar Alcides da partida, fazendo entrar Michael. Até ao intervalo, não se registaram mais lances de perigo. Para o segundo tempo, José Viriato faz duas substituições, retirando Milton e Pedro Augusto para as entradas de Pedro Carvalho e Ricardo Nunes. Este último começa por protagonizar dois lances sem grande perigo, com remates a sair muito por cima. Mas a equipa mais perigosa continuava a ser o Real. Aos 62’, Ladeiras ganha a linha de fundo pelo lado esquerdo, cruza para Michael cabecear por cima com a baliza escancarada. Dois minutos depois, Rodrigo está perto do golo num canto directo mas Crespo desvia para novo canto. No minuto seguinte, bom lance em que a bola passa por Hélder Monteiro e Rodrigo, até chegar a Michael que remata fraco e ao lado. O jogo prosseguiu sem lances junto das balizas, enquanto o árbitro continuava a amarelar os jogadores do Real. A melhor chance de golo do Casa Pia surgiria aos 83’, num lance em que a bola acaba por sobrar para Ricardo Nunes que falha o remate junto à marca de grande penalidade. Três minutos depois, Mota pressiona Crespo que perde a bola para o jovem do Real que se deslumbra e não consegue melhor do que rematar ao lado. Antes de ser mostrado o tempo de compensação, Tiago Gonçalves vê o segundo amarelo. Nos quatro minutos de compensação, nada de registo ocorreu e o Real conquistou três pontos preciosos, num jogo em que a dupla de centrais Dino-Bruno Lourenço não deram qualquer chance aos atacantes do Casa Pia. Para além da dupla de centrais, destaque para os laterais Miguel Gonçalves e Wilson, assim como o médio Kikas e o esforçado Hélder Monteiro que continua em busca do primeiro golo com a camisola do Real. Do lado do Casa Pia, destaco negativamente os “gritos” sistemáticos dos jogadores da casa em lances disputados, mesmo naqueles em que ganham os lances! Fica muito mal principalmente num clube histórico como é o Casa Pia. Pela positiva, destaco o sadino Moisés que mostrou bons pormenores. Quanto ao árbitro, conseguiu mostrar sete cartões a jogadores do Real e apenas um a jogadores do Casa Pia. Não é preciso dizer mais nada.